O impacto das Redes Sociais no Brasil será igual?

Muitos que lêem* este blog já sabem do meu envolvimento com Redes Sociais. De fato, venho me dedicando a este tema e tenho procurado ler bastante sobre o assunto.
O detalhe, porém, é que a maior parte da literatura vem dos Estados Unidos; o que faz sentido, considerando que a maior parte da tecnologia que envolve esse “movimento” vem de lá.
A pergunta é: será que o impacto será igual? Apesar das tecnologias e dos sites serem comuns, será que em termos sociais temos alguma semelhança com o “país de origem” de Facebook, Twitter, Linkedin, e outros?

Diferenças entre Brasil e EUA

Alguns itens que me ocorrem durante uma reflexão de fim de domingo são:

  • Acesso à Rede
    Por mais que os números divulgados no Brasil sejam cada vez mais empolgantes em termos de crescimento, qual é a “qualidade” desse acesso? Será que a nossa massa de Internautas tem um comportamento similar ao dos norte-americanos?
  • Tipo de Consumidor
    Nos EUA, devolver um produto e pedir o dinheiro de volta é praticamente instantâneo. Aqui não acontece nada enquanto você não falar com umas 8 pessoas da empresa, tiver batimentos cardíacos a 120, telefonar para um advogado e ameaçar chamar a Polícia e a Imprensa. Falo por experiência: recebi um carro (zero) com defeito da FORD. Só trocaram depois de 5 meses de MUITO stress… por outro com OUTRO defeito! Isso não é o que mais me choca. O que me choca é que falei com MUITAS pessoas sobre isso e TODOS me recomendaram “deixar quieto”, dizendo que no Brasil as montadoras não trocam carros! Claro!!! Se o consumidor é passivo, prá que assumir esse ônus? A diferença está nas montadoras… ou no consumidor??
  • Tipo de Consumidor II
    Hoje é comum sites de comércio eletrônico disponibilizarem espaços para “reviews” dos consumidores. Tanto aqui quanto nos EUA. Então fiz uma busca por “XBOX” na Amazon e no Submarino. Resultado: 60 reviews de consumidores lá, 1 (um) review aqui. E vejam com seus próprios olhos a qualidade dos reviews. Comparem também a descrição do produto que a loja coloca no site, os dados técnicos.
    Fica muito mais fácil ser um “bom comprador” se você tem informações sobre o produto. Porque nós não temos? Porque a loja não quer fornecer ou porque nós não demandamos? Pela quantidade de reviews dos consumidores, a resposta fica muito clara para mim…
  • O brasileiro é mais social
    Alguém tem dúvida disso? Então passe um Carnaval nos EUA. Ok, pode tentar algo que lá seja mais popular, como o Halloween. Ainda restam dúvidas?
    O brasileiro é um povo reconhecidamente social. Mas para socializar, não para agir em rede. E quando se fala em redes sociais – principalmente para quem tem alguma intenção comercial nisso – esse tipo de ação (ou sua ausência) é um fator crítico de sucesso. O efeito de discutir uma novela no Orkut pode ser bem diferente daquele de discutir quais KPI’s você pode usar para monitorar o sucesso da sua estratégia de marketing digital. Mesmo que ambas discussões tomem o mesmo número de “horas conectadas em rede”.
  • Produção x Consumo
    Não leva muito tempo para quem começa a interagir com redes sociais descobrir que existe uma parcela muito menor de geradores de conteúdo do que de consumidores de conteúdo. A tecnologia hoje permite (teoricamente) transformar todos os usuários da Internet em “prosumers” (produtores e consumidores de conteúdo), porém parece que não é a “oportunidade” gerada pelas redes sociais que define isso, mas algo muito mais relacionado às características individuais de cada um, que vão desde a vontade de compartilhar informações até a capacidade de expressão. Será que nesse quesito também não existem diferenças entre as populações?

Acabou?

Claro que não!!! Com certeza existem muitos outros pontos para discutir, mas queria ouvir sua opinião. Por favor, compartilhe-a conosco através de um comentário neste post. Considero o assunto interessante demais para acabar no fim do post 😉
* De acordo com as novas regras de ortografia, este “lêem” não é mais acentuado. Como tenho até 2012 para me acostumar, peço licença para curtir essa grafia mais um pouquinho, tudo bem? 🙂

18 comentários em “O impacto das Redes Sociais no Brasil será igual?”

  1. Olá, Palma!
    Li o post e achei muito realista e interessante.
    Já li em muitos lugares que as redes sociais nos dão oportunidade para avaliar e pesquisar a qualidade de produtos para, assim, efetuarmos uma compra melhor.
    A grande questão é que as oportunidades estão sobrando; faltam pessoas dispostas a colaborar com esse grande “mercado de informação”.
    Penso, assim como você, que esta condição se deve as características individuais do brasileiro. E não só com avaliação de produtos e compra de carros. Em quase tudo! Exemplo disso é o Congresso que é APROVADO por 60% dos brasileiros. Isso porque a mídia vem sempre batendo nessa tecla. Imagino que em outras culturas não exista tanta “aceitação”. Sei que em alguns governos, líderes políticos que enfrentam situações constrangedoras cometem suicídio. Aqui eles disputam mais eleições. Acredito que se os brasileiros são tão poucos exigentes com PESSOAS responsáveis pelo país, com produtos então, a exigência é muito menor.
    Abraço! 🙂

  2. Oi Kelly,
    De fato – e infelizmente – quando levamos a avaliação para o lado político é bastante desanimador…
    Hoje estive com um amigo que mora na Itália e discutíamos sobre isso (não que lá eles estejam muito melhor do que nós), e o ponto é que temos um legado histórico para superar. Na minha opinião, o ingrediente mais importante para esse processo é a educação. Só que para educar, não basta ter acesso à informação. É preciso ter valores e praticá-los. Exercer seus valores independentemente do fato de “ser diferente”. É muito cômodo jogar papel no chão e dizer “ah… todo mundo faz mesmo!”. Quem tem valores educa pelo exemplo. Quando você faz algo correto, pode ter certeza que quem te viu absorveu aquilo. E se no dia anterior ele ou ela não foi correto como você acabou de ser, tenha certeza que a pessoa é tomada pela vergonha (interior, mesmo que a negue) e que aquela dose de “educação” foi absorvida. Continue fazendo sua parte. Leva tempo, mas só de saber que você está fazendo parte do processo, já é recompensador.
    Aproveitando, um ótimo 2010 para você, e vamos continuar a discussão! 🙂
    []s, Luciano

    1. Sim, é de pessoas com esse conteúdo, com esses valores, que o Brasil precisa. Vamos continuar fazendo nossa parte; por mais que ela pareça mínima, porque como você disse, só de estar fazendo parte do processo, já é recompensador 🙂
      Sobre às mídias sociais, não sei se nos EUA elas apresentam muita diferença em relação ao conteúdo postado pelos usuários brasileiros. Será que lá as avaliações e os temas abordados são tão distintos dos nossos? Seria mesmo interessante saber.
      Palma, também aproveito para desejar que você tenha um 2010 muito abençoado!
      Até mais!

  3. Bom dia,
    na verdade, não seria uma questão muito mais profunda?
    Não apenas o ‘usuário de Redes Sociais’, mas o papel como consumidor em si?
    Não seria diferença num fator muito mais embrionário, que age num plano muito mais profundo, a ponto de nos referirmos a diferença entre cidadão dos EUA e do Brasil e como brasileiros aceita de modo passivo uma série de situações?
    Não há dúvida que muitas das ‘sacanagens’ que nos entristecemos ao ver que como brasileiros passamos não é culpa de quem as comete(um empresa, por exemplo) mas nós mesmos por nossa passividade…
    ..Como consumidores? Também. Mas também como eleitores que aceitamos tanta corrupção de braços cruzados, pelo voto não consciente, ou por simplesmente nos sentirmos felizes e super espertos e podermos bradar com toda força: ‘Sou brasileiro. Sempre dou um jeitinho’…

    1. Vamos olhar pelo lado otimista. Será que através das próprias redes sociais não pode haver um compartilhamento de visões e valores (e consequentemente de suas vantagens), de forma que uns aprendam com os outros, sem fronteiras?
      Sim, é um pouco utópico, mas será que não pode ajudar? 😉 😉

  4. Oi Palma
    Vejo que no Brasil, o fator mais importante para não termos tantos “produtores” é cultural. Já discutimos isso outras vezes, e minha opnião não muda. O brasileiro é “read-only”, ele vai buscar a informação, aprende o que precisa e não comenta nem dá sua opnião sobre aquilo, muito menos cria algo. Seja em um site de produto ou em uma rede social.
    O Brasil é campeão de acesso ao orkut porque?! Porque não é preciso pensar pra acessar, qualquer “macaco apertador de prego” vai lá e deixa um comentário sem sentido pra outro “macaco malabarista”. Agora inicie uma discussão de política/história/educação, serão poucos que realmente irão acrescentar algo, a maioria vai ler (se ler) e ficará por isso mesmo.
    De novo repito, nosso problema é cultural. Já que você falou em XBOX na sua busca dos comentários na Amazon e Submarino, veja isso! Nos EUA a média de idade dos jogadores de video-game é de 37 anos. Lá eles jogam X-BOX 360 e Play 3. Aqui no Brasil, a média de idade não passa dos 20 anos, e eles jogam Play 2 destravado que (pasmem!) teve seu lançamento oficial no Brasil em Novembro/2009! Os adultos daqui não tem interesse em video-games, se tem algum interesse falam que é do filho, parece que existe um tipo de vergonha em dar sua opnião e ficar taxado como “o adulto que brinca com video-games”! Imagina falar pra um pai desses que você vai trabalhar desenvolvendo games. A primeira reação é tomar um “pedala” e receber um aviso: – Vai trabalhar de verdade moleque!
    Bom, esse é um assunto que vamos conversar por eras 🙂
    Feliz 2010 pra vocês também!
    Grande abraço,
    Diego Nogare

    1. Oi Nogare. Concordo que o fato existe, mas acredito que a “força do exemplo” pode ter uma ação transformadora.
      Apesar de termos uma questão cultural, estamos passando de uma geração que ficava em frente à TV (passiva) para outra que se comunica no Orkut, mesmo com um conteúdo questionável. É um passo.
      Só a tecnologia não vai resolver tudo, precisamos de uma “estratégia educacional” (que vai além da política) para servir de base.
      Mas como todas as conquistas na vida, isso leva tempo e exige perseveraça (e suor)… 😉

    2. Olá Diego
      Realmente o contexto social, elitizado caracteriza o modelo de nossa sociedade nos seus mas diversos aspectos no entanto observo que o cerne da questão em evidencia que pude observar está ligado a satisfação do cliente e na qualidade do produto e do serviço prestado onde realmente faz a diferença num mercado competitivo e selvagem onde vale de tudo um pouco – qual é garantia de comprar um aparelho desbloqueiado embora seja mais factivel de usar CD e DVD genericos isso claro além do preço e o acesso a esses games outra ponto que você ignorou na sua critica a industria de games movimenta milhões no Brasil e se são os adultos/pais que sustentam os anseios, desejos da prole bancando o acesso a esse produto você não acha que ele vai querer o melhor seria ingenuo afirma ou responder a esse questionamento…
      Mas eu vou destacar o Sr. Doutor Roger Tavares que mantem um web site chamado de Gamecultura faça uma visita e leia o trabalho dele é muito interessante creio que você deverá ter uma visão bastante esclarecedora a respeito do assunto assim também ficara ciente da oferta e procura por profissionais tanto quanto na dificuldade na formação de mão obra qualificada para fomentar um mercado em expansão.
      Ora qualquer pequeno vendedor ou camelô de esquina não importa quem o seja sabe muito bem que se não oferecer um serviço de qualidade tão pouco não tera procura muito menos um preço bom por aquilo que oferta.
      Outro ponto que observo e quero destacar aqui é arrogância dos empreendores que representam as grandes redes e franquisas no nosso país aliado a tamanha falta de qualidade nos serviços prestados padronizados e engessados a marca não é simplesmente sinonimo de qualidade e muito menos a quantidades de pontos espalhados você não nunca chegou num lugar onde as pessoas lhe chamasse pelo seu nome e tivesse um atendimento mas acolhedor ou ainda prefere as rotinas padrões das redes previsiveis, frias e mecânicas.
      O nosso mercado precisa ser reinventado a roda caso contrário não irá durar muito tempo qualquer marca de renome estara fadado ao fracasso por melhor que seja ou conhecida a longo prazo isso é uma questão de tempo e dinheiro.
      Pense bem nisso…
      Até a proxima vez !

  5. Oi Palma.
    É um avanço muito grande nossas crianças já gostarem de video-games e computadores. Já não são mais 10horas na frente da TV, isso é realmente um grande passo! 🙂
    A questão da educação, relacionada à escola, é um ponto muito mais profundo e obscuro. Tenho alguns conhecidos que lecionam em escolas publicas, e a situação é muito precária. Tem crianças que não tem roupa ou sapato pra ir à escola. Muitas destas crianças vão à aula só pra comer. É perturbador saber disso, e não ter o que fazer.
    Estes mesmos professores que falam isso, comentam também que os responsáveis por fazer a escola estar em pé, dão de ombros quando são cobrados algum tipo de melhoria. Um exemplo recente, foi em uma escola na periferia da ZL de São Paulo que uma professora de educação física teve que chegar diretamente no pedreiro que estava reformando a quadra, pra mostrar que estava torta, uma linha de fundo estava muito menor que a outra. O diretor da escola não fez nada quando a professora o alertou, ele disse que não tinha o que fazer, que não tinham verba suficiente pra corrigir o erro do pedreiro que a prefeitura mandou e que se ela quisesse fazer algo era pra conversar com o “cara lá” (o pedreiro)! A professora não foi conversar com o pedreiro!
    Sabe, esse é um de vários exemplos que temos sobre má administração e consequentemente má educação das nossas crianças.
    Não sei se é um bom rumo pra seguir essa discussão, acho que é mais a nossa praia voltar a falar de redes-sociais com TI. 🙂
    Era esse ponto que você queria tocar dizendo da “estratégica educacional”?

    1. É Exatamente isso, Nogare!
      Um ponto que pode mudar, no entanto, é deixarmos de depender somente de ações do governo e criar ações alternativas no que estiver a nosso alcance.
      Não estou dizendo, em hipótese alguma, que devemos deixar de cobrar que o governo faça a parte dele. Isso também é nossa responsabilidade, nosso dever! E podemos fazer isso aqui mesmo – por exemplo, criticando uma escola na Zona Leste de São Paulo que é administrada com descaso. Quanto mais a informação for disseminada de forma transparente, mas difícil será manter esse tipo de administração. Há uma luz.
      Porém, enquanto essa “reforma” não acontece (o governo tomar conta direito da educação), será que não tem algo que nós mesmo possamos fazer?
      Todo mundo pode “educar” de alguma forma. Seja orientando a auxiliar doméstica com as suas finanças, seja ensinando algo que você sabe a um desconhecido sem esperar nada em troca (o pouco tempo livre que temos é sempre maior do que zero, e esse pouco pode fazer diferença para alguém).
      Muitas iniciativas que vêm surgindo em “Redes Sociais”, sejam elas na Internet ou fora dela, nos ensinam isso. Ainda esses dias vi aquela cena do chinês na frente do tanque na Praça da Paz Celestial. Era UM cara!
      O japonesinho cantando “I’m yours” no Youtube… uma ação simples, num lapso de tempo livre. E milhões de pessoas sorriram.
      Estamos em tempos de adaptação. Tem muita coisa errada? Sim, sem dúvida! Mas as ferramentas mudaram, e precisamos aprender a usá-las. Seja um vídeogame, seja um Twitter para denunciar fraudes eleitorais no Irã, seja um movimento para impactar na opinião pública e pressionar os políticos em Brasília, existem mais formas de interagir hoje do que há 100 anos. Vamos aproveitar cada uma delas, e quem sabe algum de nossos descendentes um dia envie uma mensagem para outro dizendo – “acredita que no início do século XXI ainda tinha gente que não sabia escrever e políticos que desviavam dinheiro?”
      Você acha que é ser sonhador demais? Pois o mundo de hoje foi moldado pelos sonhadores de MUITOS anos atrás…
      Com certeza demos uma “guinada” em relação ao tópico original, mas afinal, isso não é um problema, concorda? Se a discussão está produtiva, acho que vale a pena continuar. E sempre há espaço para abrir novos comentários mais específicos sobre Redes Sociais! 😉 😉 😉

      1. Bom dia Luciano, Diego, Kelly e todos os leitores (e que assim como eu acabam também se tornando produtores de conteúdo e não apenas consumidores).
        Sim, a ação individual pode fazer a diferença e é isso na verdade o grande “Insight” que o Brasil precisa. Quando se associa os problemas que temos apenas a “Entidades”(Governo, Congresso, “Brasil”) tira-se a culpa dos proprios ombros e joga-se em qualquer outro lugar. A ação é individual e depois coletiva, enquanto esperar que a ordem é contrária (Ação coletive depois individual) o brasileiro continuará a ser o “Gado”. Como diz a música de Zé Ramalho: “Ê ô ô Vida de Gado: Povo marcado e Povo feliz”.
        Mas agora eu me pergunto: Na sociedade das aparencias é legal ter um bom “Networking”, um bom “Marketing pessoal”, saber aproveitar as Redes Sociais para vender e fazer negócios. Tudo isso está muito mais relacionado com o “Eu” do que com o “Nós” que é o que interessa se nossa vontade for divulgar conhecimento, melhorar a educação, e transformar aquilo que se encontra tão mal.
        Estamos preparados?! [Isso também é problema nosso!]
        P.S.:
        Aproveitando o espaço: Luciano, obrigado pela sua participação no Podcast Pensando.Net e por ter conversado conosco sobre Redes Sociais.
        Tenha você e todos leitores (e escritores =D) do Blog um excelente 2010!
        Que DEUS ilumine a todos!

  6. Bom dia a todos.Na minha opinião “Brasileiros Acomodados”, acho que se define melhor do que passividade. Acredito que muitos brasileiros não correm atrás do seus direitos, porque tudo nesse país é burocrático, dependendo do produto, ou da situação os honorários advocatícios podem sair mais caro do que se comprar um produto novo ou seu dinheiro de volta. A maioria da população brasileira é assálariada e pedir saida do emprengo para tentar resolver determinadas situações podem ser um custo mais alto ainda pois o chefe pode querer descontar o dia que a pessoa saiu para resolver seus problemas pessoais. Pois para se pegar uma declaração no forum de pequenas causas… meu amigo é um sacrifio. Pois tanto o chefe como no próprio fórum acham que você está ali apenas para matar o tempo? Sendo que tem lugares melhores. Acho que está ai um dos motivos de tantos brasileiros não irem atrás de seus direitos.
    Agora sobre política outro assunto dificil de lidar. Não é fazendo propaganda mas o programa CQC que vai ao ar pela Band as segundas feiras, tem um quadro muito interessante que chama controle de qualidade, onde os reporteres vão atrás dos politicos no plenário para respoderem questões a respeito do próprio plenário que eles teriam a obrigação de saber. É uma catastrófe você dá muitas risadas, mas é um alerta dos muitos problemas que temos pela frente. Um ponto positivo, e um feedback do próprio apresentador Marcelo TAS, é “As pessoas que assistem o programa estão começando a se interessar mais por politica, e a prestar mais atenção nas pessoas que administram o país”. Quem sabe as próximas eleições os politicos eleitos sejam melhores do que os atuais.

  7. Boa noite a todos
    Concordo com o que o Jefferson disse sobre o aproveitamento das das midías socias terem mais a ver com o “Eu” que com o “nós”. Mesmo sob esse ponto de vista o beneficiado também é o “nós”.
    Pessoas preocupadas em melhorar seu network, fazer um bom marketing pessoal e adquirir mais conhecimento são as pessoas que acabam se tornando os “produtores” de conhecimento e formadores de opinião. Pessoas antes de mais nada comprometidas consigo mesmas e com seu bem estar que fazem boa parte das coisas pensando primeiramente em si ( incluindo as pequenas coisas que vão servir de exemplo para os outros ).
    Não acho que tudo vai funcionar muito melhor se todos fizermos tudo de forma egoísta, mas é um ângulo possível de se ver as coisas.
    Abraços a todos e um ótimo 2010.

  8. Boa noite,
    continua a falar sobre educação…
    Desse ponto de vista, o educacional, o Video Game e o Computador são estratégias educativas que precisam ser muito bem trabalhadas por professores e pais, pois o efeito negativo – o de tirar a concentração dos estudos – de passar horas e horas a fio enviando recado, postando foto e jogando são ao meu ver muito danosos.
    E, sinceramente, pondo numa balança: as oportunidades de aquisição de conhecimento versus a desconcentração e a perda de tempo. O que tem sido maior para as crianças e adolescentes?!
    É algo metalínguistico: aprender a prender. Isso tem que começar dentro de casa e dentro das escolas. Para que nós todos já cresçamos com a mentalidade: o que é e o que não é bom pra mim?!
    É difícil quando se tem 30, 40 anos e quando se entre os 5 e os 18 anos?!

  9. Daniel,
    É muito interessante seu ponto de vista. Não tinha visto até então as coisas por esse angulo.
    Mas segue um questionamento:
    Focar no “Eu” ==> Produtor de conteúdo
    Focar no “Você” ==> Consumidor de conteúdo(e apenas isso)
    E Focar no “Nós” ==> ?!

  10. Estou achando ótimos os pontos colocados aqui! Fico contente que a discussão tenha começado prá valer! Obrigado a todos por participarem 😉
    O Jefferson tocou num assunto muito interessante – o que acontece quando boas ferramentas e boas tecnologias são usadas em excesso?
    Uma tia minha costumava dizer, sabiamente: “Tudo que é demais cansa”.
    Nesse caso, pode ser até pior: Tudo em excesso pode se tornar prejudicial e mais: reverter uma ação positiva. Um exemplo simples: a mesma morfina que pode ser usada positivamente em hospitais pode destruir a vida de alguém quando usada de forma indevida (e claramente excessiva).
    Em breve levantaremos uma grande discussão relacionada a este tópico, e prometo manter todos atualizados através deste Blog. Fiquem ligados 😉 😉

  11. Creio que o “nós” seria o a junção dos dois primeiros,
    “Nós” == todas as pessoas que consomem conteúdo. Incluindo o produtor.
    Criadores de conteúdo são necessariamente comsumidores também…faz algum sentido? =P
    Só não concordo com essa parte :
    “Focar no “Você” ==> Consumidor de conteúdo(e apenas isso)”: do meu ponto de vista não tem o focar no “você”, mas talvez eu não tenha deixado passar algo vendo por esse ângulo exposto por você Jefferson.
    E achei muito interessante o ponto do abuso de tecnologias ,que , são úteis até cruzarem a linha do exagero.

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