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Ontem e anteontem publiquei os Tweets da ReTweetspectiva 2011, nas categorias Sociedade & Comportamento e Mídias Sociais.
Confira hoje os Tweets mais interessantes de 2011 na categoria Mundo Corporativo.
(Amanhã serão postados os Tweets da categoria Tecnologia & Comunidade Técnica).
- Gerenciamento baseado só em números, valorização do indivíduo e não do todo, foco só em resultado, sem causa = clima ruim e conflitos = fail (13/1)
- Quando gente fraca é premiada pela empresa, o que vc pensa primeiro? Que a empresa é fraquinha ou que ela está politizada? (15/1)
- Quando o fornecedor de serviço começa a argumentar com o contrato na mão, o relacionamento acabou. Só sobrou a transação. A última. (19/1)
- Empresas são fábricas de moer gente e criatividade – Marcos Cavalcanti, ontem, no café filosófico. #fato (24/1)
- Gerente não é quem coloca os outros para trabalhar para ele. Isso é malandro. Gerente é quem trabalha junto com os outros. (17/2)
- Dan Pink explica tudo em Drive: Bônus em $$ matam a criatividade e a motivação. Fica claro pq algumas empresas não inovam mais há tempos… (23/2)
- Empresas perceberão q estão perdendo os talentos mais criativos e mantendo os mais obedientes: uma barreira p/ a inovação. (13/3)
- Ainda bem que padaria não tem CEO. Os padeiros ficariam ricos, mas nós ficaríamos sem pão… (20/3)
- Se a 1a. reação é desqualificar o reclamante, a empresa não está interessada em resolver o problema, muito menos em aprender no processo. (21/3)
- Chega a ser cômica a ladainha “a satisfaçao dos seus clientes é o principal foco da empresa”. Se fala isso, pq não faz? #lucrolucrolucro (24/3)
- O email é o esconderijo do gerentóide. A alternativa é a sala de reuniões, com seus peixinhonetes simulando atividade… (19/4)
- Quem procura gente jovem, inteligente, dinâmica, experiente, etc por 2.000 reais, está querendo enganar ou ser enganado? (19/4)
- Empresas FALAM em humanizar suas marcas e AGEM de forma desumana. Pq assumir somente 1 característica humana (e negativa) – a hipocrisia? (27/4)
- A prisão ao presente é a maior barreira à inovação. #mundocorporativo (29/4)
- O mascarado sempre defenderá o Status Quo, porque qualquer movimento diferente poderá fazer cair a sua máscara.
- Vc tem autonomia na empresa? Calcule assim: em % do seu salário, qto $ da empresa vc pode gastar sem ter q dar satisfação a ninguém? (5/5)
- Empresas que tiram a autonomia das pessoas tornam-se lentas. Sem autonomia, as tarefas ficam paradas, aguardando aprovação (6/5)
- Vc reclama da empresa e ela responde: “Ah, mas é só vc. Temos dados q o resto gosta”. O q vc pensa?? (inclusive dos dados) (11/5)
- Gerente ruim é como câncer: se não for extirpado, toma as células vizinhas, cresce e compromete o órgão. Com o tempo, pode matar a empresa. (11/5)
- Se a empresa ainda chama seus consumidores de “audiência”, é porque ela está no tempo do Broadcast, não? #omundomudou (20/5)
- Quando uma empresa que nasce startup faz o INITIAL Public Offer, é o começo… ou o fim dela? (28/5)
- Se é sabido que as empresas pequenas são mais ágeis, porque elas insistem em crescer? #depoisnaoreclama (28/5)
- Respeito à propriedade intelectual é OK. Mas essa “mercado negro” de patentes está virando uma bola de neve ruim para o mercado. (30/5)
- Cada vez que uma empresa grande compra uma menor, eu e você, consumidores, pagamos o pato. (2/6)
- Qdo a empresa fica muito preocupada em proteger o que ela já inventou… é porque ela se tornou incapaz de inovar mais? (10/6)
- É incrível o quanto algumas pessoas, olhando só para seus umbigos, podem fazer mal às empresas em que trabalham…(13/6)
- Quer atender MAL? Peça para o cliente anotar um número de protocolo… #atendimento #fail (17/6)
- Quando você cortar custos, não tente enganar seu público dizendo que fez isso pensando nele… #transparencia (17/6)
- A falta de transparência é típica de empresas pequenas. De espírito. (20/6)
- Ñ entendo gte q se enrola em época d fechamento. Se trabalhou bem durante o ano, fechamento é só +1 processo, previsto e planejado #magestao (22/6)
- A empresa está dominada quando os bons são desvalorizados, visando evitar que levantem a barra que os protegidos já não conseguem alcançar (23/6)
- Qdo vejo 1 empresa comprando patentes p/ ganhar $ lembro do riquinho da escola, q ñ conseguia passar d ano e pagava p/ alguém fazer a prova. (28/6)
- Toda fusão implica em redução da concorrência. Toda redução de concorrência prejudica o consumidor. PdA e Carrefour estão nos lesando. (28/6)
- Dá para alguém fazer um bom trabalho de marketing sem conhecer o produto do qual faz o marketing? (29/6)
- Essa eu ouvi do RH de uma empresa q se diz inovadora: “Fulano foi demitido pq achava que as coisas tinham que ser feitas de modo diferente” (2/7)
- Clientes gostam quando você entrega mais cobrando menos. E óbvio, reclamam quando você entrega menos cobrando o mesmo. (4/7)
- Comprar patentes é o plano de aposentadoria para empresas que não conseguem mais inovar. (7/7)
- Curva forçada demonstra que o RH não considera seus gerentes competentes a ponto de lhes dar autonomia. (12/7)
- O bom profissional não é aquele que defende a empresa em que trabalha. É aquele que trabalha na empresa que defende. (12/7)
- Pior do que demitir bons funcionários por questões políticas é ficar com os ruins pela mesma razão. #gestão (13/7)
- My way or no way pode gerar transação, mas nunca relacionamento. A doença da visão de curto prazo… (13/7)
- Cada minuto olhando para uma planilha é um minuto a menos olhando para um cliente. (14/7)
- Se uma empresa/pessoa é arrogante a ponto de achar-se superior a tudo e a todos, ela limita-se a 1 caminho p/ o futuro: a descida. (23/7)
- Consultoria é construir uma solução junto com o cliente, com espaço para questionamento. Senão vira delivery. (1/8)
- A empresa esfola o funcionário. Aí c/ parte dos recursos economizados, paga palestra motivacional p/ dizer “Não tomem postura de vítima”… (4/8)
- Assumir q temos empresários extremamente gananciosos e recursos despreparados e ineficientes é um duro 1o. passo rumo ao 1o. mundo… (14/8)
- Nokia to Apple: “What if you have a great CEO and he quits?” Apple to Nokia: “And what if you have a terrible one and he stays?” (25/8)
- A “patente” de uma pessoa deve refletir o respeito que ela goza. A recíproca tem que ser consequência, e não causa. (26/8)
- O problema das hierarquias é acreditar q o poder está nos cargos/títulos, e não nas ideias das pessoas (ainda q “comuns”) (26/8)
- Dê ideias e te pedirão foco. Dê foco e te pedirão um tempo. Dê um tempo e te pedirão ideias. (28/8)
- Funcionários não pensantes e descomprometidos. Uma economia que custa clientes. (29/8)
- Quando a maior preocupação de um atendimento é fechar protocolos, vc não tem um atendimento, vc tem um fechamento. (29/8)
- Gerentóides depõem contra o RH. Se o RH não os demite, é porque está gerentoidizado também. (30/8)
- O gerentóide medíocre destrói boas equipes e rodeia-se de pelegos mediocremente obedientes. (1/9)
- Você não vende um novo produto dizendo: “Lembra o último produto que te vendi? Era uma porcaria, então compre este agora!” (13/9)
- Startup NÃO É um réplica em escala 1:1000 de organizações-mamute do século passado. Crie modelos, não copie o passado. (15/9)
- Se vc ñ pode mudar seu scorecard a qq momento, vc está proibido de inovar. Inovação ñ acontece em compasso c/ o ano fiscal (17/9)
- Delegar. Verbo usado por gerentóides p/ fazer outros trabalharem por eles. Se der errado a culpa é dos outros. Se der certo, tomam méritos (28/9)
- Quando o foco das pessoas da empresa passa a ser o seu próprio bônus, a empresa perde o foco. E o propósito. E o mercado. (28/9)
- O “cada um por si” que existe hoje dentro das empresas as corrói por dentro. E ninguém vê porque é “cada um por si”… (28/9)
- Engraçado: empresas falam tanto q valorizam as pessoas… e qdo os números caem, qual a primeira coisa q cortam? PESSOAS! (29/9)
- A empresa é correta à medida da coerência entre o seu catálogo e o manual de instruções do produto (faz o que promete). (31/10)
- O mais monótono no mundo corporativo é que ninguém assume uma posição. É o mundo do “veja bem”… (5/11)
- Porque falar é fácil… O discurso das empresas tem cada vez menos credibilidade. O abismo entre o discurso e a ação é gritante. (28/11)
- Você só consegue enxergar as pessoas se parar de olhar só para os números. Ironicamente, isso fará os números crescerem… (20/12)
- Quando o argumento contra uma mudança for “mas é assim que todo mundo faz”, conforme-se: você está num ambiente mediocrizado. (21/12)
Palmius, quero muito ler sua definição ideal de empresa. Desde a estrutura organizacional até a política de remuneração. #Curiosidade
Ou melhor, a definição da empresa ideal…. 🙂
Oi Rodolfo,
Já pensei em escrever um livro, junto com o grande amigo Celso Pagotti, com uma proposta de modelo.
Chegamos a desenhar algo, mas quando fomos pesquisar, descobrimos que já tinha gente pensando da mesma forma. Na própria Escola de Redes tem um grupo estudando a Transição Organizacional.
Basicamente, a ideia é ter “empresas em rede”, onde alguém que tem uma ideia “posta” necessidades, e quem está apto a realizar a tarefa oferece o serviço.
Desta forma, cada um estaria trabalhando no que sabe fazer melhor. O sistema seria muito mais colaborativo do que competitivo (o grande problema das empresas atuais – a competição interna) e a troca de conhecimento seria fantástica. A Empresa na Teia já está implementando este modelo.
Toda atividade seria avaliada de acordo com o resultado, de forma a identificar, na rede, o melhor recurso para cada tarefa. Não há necessidade de “patentes” e hierarquias.
Alguns podem achar o modelo utópico, mas como diz o Augusto de Franco, “a utopia só é utopia enquanto não existe”.
Acredito que o modelo corporativo precise dessa transição. O mundo pode existir com lucros menores (evitando a absurda concentração de riqueza que assistimos) e com mais colaboração.
Quem trabalha ao seu lado pode – e deve – ser um apoio para você, e não uma ameaça à sua posição.
Os MBA’s precisam ser revistos; parar de falar somente em lucro máximo, sem se preocupar com as consequências em todos os sentidos (psicológicas, ambientais, sociais, etc). Fiz um MBA (e me arrependi) onde um professor “ensinou” que um médico tem que procurar atender só convênios que pagam mais, pois isso dá mais lucro. Essa aula eu me recuso a pôr em prática. Prefiro continuar sendo chamado de idealista, utópico, sonhador, do que dormir com um luxuoso SUV na garagem e a consciência no quartinho da empregada.
(O SUV é só uma metáfora de “status symbol”, ok? Estou certo que você entendeu. Sei que tem muita gente que tem SUV e que pode por a cabeça no travesseiro).
Acho que você deveria levar adiante a sua ideia de escrever alguma coisa a respeito. Talvez não um trabalho científico, mas um artigo para o seu blog, ou para qualquer outra publicação. Nesse exercício, seria importante dar exemplos da vida real, ou seja, como um serviço/produto é concebido, comercializado, executado, mensurado e, finalmente, como seus criadores e executores são remunerados/reconhecidos.
O conceito ainda soa etéreo para mim, mas talvez porque eu não esteja conseguindo materializa-lo na dinâmica do mundo real. Entendo a preocupação coletiva, o foco desviado do lucro, mas, meu amigo, é disso que as empresas – e as pessoas que nelas trabalham – ainda vivem.
Talvez você já tenha lido, mas não custa recomendar novamente: O Banqueiro dos Pobres – Muhammad Yunus. Ele teve uma ideia absurda, mas funcionou, teve muito lucro e beneficiou uma nação inteira. Não tem muito a ver com o que você está dizendo, mas tem a ver com a “utopia é utopia até que não exista”.
abs
Oi Rodolfo. Essa discussão realmente vale aprofundamento. Vou pensar em algo.
A boa notícia é que nem todas as empresas têm foco unicamente no lucro. O conceito de L3C já é algo real. Estas empresas (Low-profit, Limited Liability Companies – mais em http://en.wikipedia.org/wiki/L3C) continuam visando lucro, mas ele não é mais o único objetivo a perseguir.
Eu acredito que dá para ir além do L3C, e trabalhar também na revisão da estrutura organizacional. Hoje (e principalmente no Brasil) temos muito cacique para pouco índio.
Tem gente saindo da faculdade e assumindo cargo de “Gerência”, só porque tem MBA ou pai rico. Isso é ruim para todos. A empresa fica inchada e vai se distanciando da realidade do [verdadeiro] mercado.
Precisamos de mais Yunus. De mais gente inconformada. De mais questionadores. Enquanto continuarmos no esquema “Cordeiros obedecendo Coronéis” nada mudará. E os Coronéis agradecerão.
Luciano, conheço uma pessoa que já escreveu sobre o assunto há mais de 20 anos.
Se quizer o livro esta a venda por mim. Pois o autor é meu pai. O livro possui o titulo :OS GERENTOIDES. A ruina das organizações.
Se interessar me contacte. Abraço.