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Num passeio pela Escola de Redes me deparei com o texto abaixo, postado pelo @augustodefranco e com créditos para Cláudia Amaral.
Se La Fontaine tivesse vivido nos dias de hoje, provavelmente teria escrito uma estória muito parecida…
Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho.
A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão.
Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.
E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos
e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.
Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.
Sensacional este texto!!! que analogia perfeita com o contexto atual do mercado de trabalho!
Palma,
Que texto maravilhoso.
Trabalhei em uma empresa integradora, que adotou essa mesma política: Um diretor, trouxe sua secretária de estimação, que tinha contatos com gestores A e B, e começou a ciclo burocrático, onde se discutiam mais sobre processos do que sobre pessoas.
E em uma reunião chegou-se a conclusão que a melhor forma de reduzir custos seria substituir os copos por canecas e o papel higiênico branco pelo rosa.
Remarkable!
Abraços,
Sem dúvida muito bom!
e como tem corujas especialistas em ganhar $ às custas de ferrar as formigas, paparicar os marimbondos e prestigiar as cigarras e baratas 😉
já vimos (e, de nossas CENTENAS de papos de cofee break com nossos treinandos, em todos esses anos, OUVIMOS sobre) esse filme TANTAS vezes, né meu amigo! já DUAS DÉCADAS e as reprises INTERMINÁVEIS…
pior, quando as corujas acabam induzindo os enchantès marimbondos a ‘trocar’ uma formiga ‘desmotivada’ ou ‘não mais lucrativa’ por algum ‘indicado seu’ então… quanta ‘ética’ (descartável)
e o carpete e cadeira nova então, nunca são problema; caro mesmo são licenças de software (afinal, meras ferramentas [pra criar + $] deviam ser de graça – assim como as furadeiras, soldas ou elevadores o são, não é?) ou contratar uma pesq. salarial ESPECIALIZADA pra resolver alto turn overs (pois claro que a culpa é sempre da formiga que não consegue ‘motivar’ sua equipe e cobrar resultados)
daria pra dar risada da ‘fábula’, se apenas assim a fosse 🙂
mas a esperança é a última que morre – sou um otimista :))