Gestão

As fronteiras voláteis

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Estou falando das fronteiras das empresas. Os novos modelos de colaboração têm tornado estes limites cada vez mais voláteis.image description
Como definir com precisão onde termina o “mundo interno” e onde começa o “mundo externo” de uma organização?
Quando você está em casa e um colega te liga pedindo ajuda para resolver um problema do trabalho, você está na empresa ou fora dela?
Quando você está no escritório e liga para encomendar um bolo para o aniversário de seu filho, está dentro ou fora da empresa?
E aquela reunião de corpo presente, que te mandaram “só para ouvir”… dentro ou fora?
Se analisarmos o comportamento de uso da Internet, notaremos que “estar na empresa” deixou de ser uma questão de localização física, mas passou a ser um estado no qual sua mente se encontra em dado momento. Num minuto posso receber um email de um colega de curso pedindo informações sobre a aula passada; segundos depois posso responder um email com uma proposta de prestação de serviços. Isso sem sair do lugar – mexendo somente os dedos.
Dando mais um passo: quando você participa de Redes Sociais, está dentro ou fora da empresa?
Se nos exemplos anteriores as respostas eram claras, agora as linhas demarcatórias ficaram definitivamente borradas… muitas vezes a resposta será: “os dois!”.
Atualizar um perfil no Facebook ou no Linkedin pode ser interessante do ponto de vista pessoal, mas é inegável que o estabelecimento de conexões de rede podem se traduzir em novos negócios. E veja só: para sua empresa!!
Poderia citar inúmeros casos de interações profissionais que nasceram em contatos via Redes (alguns com pessoas que não conheceria de outra forma), mas tenho certeza que enquanto lia esta frase, você já lembrou de dois ou três que aconteceram com você!
Nunca aconteceu? Então fica um alerta, pois para o leitor ao seu lado aconteceu. E podia ser uma oportunidade “do seu número”…
Apesar de muita gente ainda ter uma visão de Redes Sociais como algo “de moda”, ou “para jovens”, as interações nas Redes já estão amadurecendo e gerando negócios.
O mais irônico é que muitos que olham com ar de superioridade para as Redes Sociais invariavelmente se orgulham em citar o seu “Networking”! Como se fosse algo diferente!
Está na hora das empresas olharem de outra forma para seus colaboradores. Ao invés do relógio, um medidor de comprometimento seria muito mais adequado. Trocar o “corpo presente” pela efetiva interação com a empresa é o que permitirá o crescimento de uma empresa – além da tão badalada inovação.
Claro que isso requer um novo modelo de gerenciamento, incluindo liberdade de atuação e maturidade para receber críticas e novas idéias.
Não dá para fazer isso com “chefes” que não aceitam que boas ideias possam vir “de baixo” (eles usam este termo), que se baseiam em poder e controle, que precisam de relatórios de horas para demonstrar “serviço” e que acham que o mundo acontece dentro da empresa.
A transparência das redes está deixando cada dia mais claro que essa visão está simplesmente… do avesso!!!

Afinal, quando chega esse tal futuro?

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Esta semana fiquei impressionado ao ver um professor de MBA da FGV transmitindo idéias bastante progressistas* em sua aula.
Ele colocou que “chefes” e empresas que toleram termos como “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, “quem é você para dizer isso”, “você é pago para fazer, não para pensar”, “você sabe com quem você está falando?” e outras tantas pérolas do mundo corporativo, estão absolutamente arcaicos.
Falou também que a estrutura hierárquica, piramidal, burocrática, impede a livre comunicação e é uma forte repressora da criatividade (e portanto da tão badalada inovação), uma vez que as idéias precisam vencer degraus e mais degraus de hierarquia para atingir niveis com poder de decisão. Neste caminho, muitas idéias são boicotadas ou simplesmente roubadas.
“Chefes” que compõem esta estrutura tendem a criar equipes de “cordeirinhos”, obedientes e que nunca questionam, de forma a manter o Status Quo: o Poder e o Controle. Lembrei-me das sábias palavras do @vacarini: “Cara A procura cara A, cara B procura cara C”. É exatamente isso. Líderes competentes, seguros de seu potencial, procuram contratar pessoas mais inteligentes do que eles próprios. Líderes inseguros (fruto de sua incompetência) mantém uma equipe de pessoas ainda mais fracas “embaixo” deles, para garantir sua posição e seu cargo.
Pessoas escondendo-se atrás de cargos, máscaras, influência política. Tudo isso foi posto como arcaico pelo professor.
Minha pergunta é: então porque essa realidade ainda é tão forte em muitas empresas? Como estes “chefes” burocráticos, hierárquicos, politizados, enfim, arcaicos, ainda conseguem se manter no “poder”, e ainda ser muito bem remunerados pelas empresas, que precisam cada vez mais de eficiência para se manter competitivas?
Será uma questão cultural? Falamos do modelo “casa grande e senzala”, ainda enraizado na mentalidade de muitos brasileiros. Discutimos se o suporte ao modelo não vem da esperança de um dia “estar por cima”; passar de oprimido a opressor (o que, infelizmente, o professor comprovou – com fatos – no Brasil).
Porque essa passividade? Porque o complexo de vira-lata? Porque aceitar que o produto que o europeu consome como “Astra” seja consumido como “Vectra”, que o “New Fiesta” mexicanos seja 4 a 5 anos mais “New” do que o brasileiro?
Já não pagamos nossa dívida? Não declaramos independência? Estamos devendo mais alguma coisa?
Então porque não levantamos a cabeça, não questionamos as decisões, não colocamos nossas idéias na mesa e exigimos um pouco mais de respeito?
Até quando vamos ficar esperando o futuro chegar? Se nós não o fizermos chegar, será que ele virá?
Pense na sua participação neste cenário todo. Reflita se você não está sendo passivo. Crie coragem e respeite-se. Ou você vai querer viver “até o futuro chegar” num ambiente com “chefes” que mandam porque podem? Com certeza você quer mais do que “juízo para obedecer”…
Manifeste-se. Discorde. Apoie. Deixe seu comentário. Só não seja passivo. Senão – nada de futuro para nós!
* Favor não interpretar este termo da forma que ele é utilizado, indevidamente, por partidos políticos.

A formiga, a cigarra, o marimbondo, a barata, a mosca…

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Num passeio pela Escola de Redes me deparei com o texto abaixo, postado pelo @augustodefranco e com créditos para Cláudia Amaral.
Se La Fontaine tivesse vivido nos dias de hoje, provavelmente teria escrito uma estória muito parecida…

Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho.
A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão.
Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.
E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos
e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.
Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.

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Alice no País das Armadilhas

Era uma vez uma moça chamada Alice.

Um dia ela avistou um head-hunter muito simpático chamado Sr. Coniglio. Ele vestia um belo paletó e tinha um discurso convincente, então ela resolveu segui-lo no Twitter. Um dos tweets do Sr. Coniglio levou Alice a clicar em um hyperlink e cair num buraco aparentemente sem fundo.

Subitamente, ela encontrou-se em um cubículo onde mal cabiam seu corpo, um teclado e um mouse.
Alice começou a receber ordens de pessoas que nem conhecia, e as foi sempre seguindo – sem questioná-las. Isso fazia ela crescer ou diminuir no Mundo das Armadilhas.

Um belo dia, Alice percebeu que encontrava-se numa empresa gerenciada por uma tal de Regina Rossa. Ela era temida por todos, e deliciava-se com isso. Se alguém dela discordava ou exprimia um pensamento que a incomodasse, ela logo gritava: “Cortem-lhe a cabeça!”.

Regina tinha inúmeros serviçais que faziam tudo o que ela mandasse, sem questionar. Alguns por ignorância, outros por vislumbrarem oportunidades para obter um quinhão do que a Dona Rossa considerava mais importante na vida: o Controle e o Poder! Regina Rossa era insaciável; queria sempre mais!

Eis que Alice vai à palestra de um consultor americano, Mr. Hatt, que lhe apresenta a empresária mineira Uai Tequin. Uai gerencia sua empresa de forma colaborativa, ouve seus clientes e funcionários, e interessa-se pelo lado humano das pesoas.

Alice comenta que o mundo em que ela vive é muito diferente daquele, então Hatt e Tequin mostram a Alice o livro-caixa de Regina, que pode destruir seu império e enviá-la ao exílio. No entanto, Alice não se sente confortável em abrir tal livro sem consentimento da dona.

A este ponto, a ambição de Regina a leva a fazer uma hostile offer para absorver a empresa de Dona Tequin, e Alice visualiza os satisfeitos funcionários da Tequin Ltda tendo sua criatividade tolhida e sofrendo toda sorte de stress, tensão, medo e injustiças tão comuns na Rossa Inc.

Alice toma sua decisão, abre o vulnerável livro do qual saem inúmeros aliados, através de inúmeras redes, para desmascarar Regina Rossa e seus mal-intencionados braços direitos (se é que alguém pode ter mais do que um braço direito – nota infame do autor).

Os funcionários da Rossa Inc., percebendo a farsa que os fazia trabalhar sem descanso, sem motivação e sem qualidade de vida, pedem demissão e criam uma cooperativa para trabalhar em parceria com Dona Tequin.

Alice retorna, enfim, do buraco, e se depara com dois caminhos. Ela pergunta a seu coração: “E aí?”, e ele lhe responde: “Faça o que você gosta. Comece pelo porquê. Isso vai lhe levar ao verdadeiro sucesso”. Ela sorri, e vai…

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