As Eras da Tecnologia da Informação
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Podemos dividir a linha do tempo da Tecnologia da Informação Digital levando em conta alguns parâmetros. Um  deles é a centralização/descentralização do processamento da  informação: no início, o processamento era centralizado no mainframes,  depois foi distribuído com os PCs e servidores derivados da arquitetura  PC, e hoje está sendo novamente centralizada na nuvem.
No entanto existe um parâmetro menos cíclico e que mostra bem melhor a evolução da TI: a interface.
A  maneira que interagimos com os computadores mudou MUITO, a ponto das  gerações nascidas em uma era terem dificuldade para entender as  interfaces das eras anteriores.
1. A era TTY

 Nos anos 60 e 70 a IBM revolucionou a maneira como a informação era manipulada através de suas “Business Machines“.  Armazenamento em fita magnética, leitura de cartões perfurados…  interfaces nada intuitivas, até que apareceu o Terminal 2260, precursor  do famoso 3270, com uma interface muito mais humana: através de letras e  números. Uma tela com 24 linhas de 80 caracteres e um teclado igual ao  das máquinas de escrever tornou a interação com estas máquinas muito  mais confortável. TTY está para “teletype“, e até hoje os terminais que  utilizam esta interface são conhecidos por esta sigla.
Nos anos 60 e 70 a IBM revolucionou a maneira como a informação era manipulada através de suas “Business Machines“.  Armazenamento em fita magnética, leitura de cartões perfurados…  interfaces nada intuitivas, até que apareceu o Terminal 2260, precursor  do famoso 3270, com uma interface muito mais humana: através de letras e  números. Uma tela com 24 linhas de 80 caracteres e um teclado igual ao  das máquinas de escrever tornou a interação com estas máquinas muito  mais confortável. TTY está para “teletype“, e até hoje os terminais que  utilizam esta interface são conhecidos por esta sigla.
2. A era WIMP
 Em  1984, a Apple trouxe a segunda onda de inovação. A bem da verdade, quem  concebeu os conceitos dessa nova era foi a Xerox, em seus laboratórios  de pesquisa em Palo Alto, mas a Apple leva o mérito de ter trazido a  novidade do mouse e dos gráficos em computadores pessoais para o mercado  através do Macintosh.
Em  1984, a Apple trouxe a segunda onda de inovação. A bem da verdade, quem  concebeu os conceitos dessa nova era foi a Xerox, em seus laboratórios  de pesquisa em Palo Alto, mas a Apple leva o mérito de ter trazido a  novidade do mouse e dos gráficos em computadores pessoais para o mercado  através do Macintosh.
A  ideia foi seguida pela Microsoft, que dominou o mercado com seu sistema  operacional de 20 anos, o popular Windows. Estes sistemas baseiam-se em  interfaces do tipo WIMP: Windows (janelas), Ícones, Menus e Pointing  Devices (mouse ou canetas/pads). A interação é dividida entre o físico e  o virtual. O pessoal da geração X se acostumou a mexer em uma coisa (o  mouse) e ver outra (um ponteiro na tela) se movimentar de forma  equivalente. E isso passou a ser intuitivo.
3. A era MPG
 Em  2007, de novo a Apple… só que agora apostando em outro mercado. Uma  empresa de computadores decidiu vender telefones. Nem todo mundo  acreditou logo de cara, mas a Apple está colhendo até hoje os frutos  deste ousado movimento. E não dá indícios de perder a lavoura tão cedo!
Em  2007, de novo a Apple… só que agora apostando em outro mercado. Uma  empresa de computadores decidiu vender telefones. Nem todo mundo  acreditou logo de cara, mas a Apple está colhendo até hoje os frutos  deste ousado movimento. E não dá indícios de perder a lavoura tão cedo!
O  grande diferencial do iPhone era a interface do tipo MPG: Multitouch,  Physics & Gestures. Multitouch porque você toca naquilo com o que  quer interagir (o cérebro não precisa mais sincronizar o movimento da  mão com o dos olhos), e este toque não está restrito a um único ponto.  Isso permite a utilização de gestos muito mais intuitivos, e que se  tornaram marca registrada no iPhone: o abrir e fechar dos dedos para  ativar o “zoom” e o “folhear” da tela para selecionar as imagens e  ícones disponíveis. Há também a parte física envolvida, que engloba GPS,  acelerômetro e bússola, permitindo soluções impressionantes e incluindo  conceitos de Realidade Aumentada. Pegue um Android e experimente o  Google Street View apontando o aparelho para o local que você está explorando. É  surreal!
Gerações e Eras
Peque  qualquer aparelho que possua uma tela e deixe uma criança com 4 anos ou  menos interagir com ele. Imediatamente, a criança tocará a tela. Eles  nasceram neste ambiente. A @elismonteiro contou a história de seu filho,  que não entendia a necessidade de utilizar um mouse. Da mesma forma que  poucas pessoas com 20 anos digitam “firefox” para abir um browser (você  já viu alguém fazer isso?). Elas vão direto no ícone da raposa  envolvendo o mundo. Assim como quem tem menos de 40 não tem a menor  ideia do que pode estar escrito em uma pilha de cartões perfurados.
O  mundo está mudando e novas interfaces estão surgindo. Não me pergunte  qual será a próxima. Para isso existem caras visionários: Stanley  Kubrick, que em 1968 idealizou a interface do HAL-9000 (e que pode ditar  a próxima era) e Nicholas Negroponte, que nos anos 90 já previu tudo  que está acontecendo em termos de serviços na Internet.
Infelizmente, Kubrick nos deixou em 99, mas o Negroponte está na ativa. E o mundo continua procurando visionários para dar continuidade à evolução das interfaces!