Eventos e Palestras

Post sobre Palestras e Eventos dos quais participei.

Google I/O 2016

Este ano consegui realizar algo que há tempos desejava muito: participar de um Google I/O.
As expectativas mal cabiam na mala. Lá vamos nós para a Califórnia, San Francisco Bay Area, Vale do Silício…

Prólogo

Eu ainda não conhecia o Vale. Fiquei impressionado com a região!
Só como exemplo, visitei a “California Academy of Science” e os monitores do local davam um show de conhecimento e didática. O que achei muito diferente, porém, estava do outro lado. Um público extremamente interessado no conhecimento, acompanhando as explicações (nada superficiais), entendendo tudo e fazendo perguntas inteligentes.
Isso me fez lembrar do que presencio no museu “Catavento” recorrentemente (e que me deixa muito triste). Pais que levam as crianças lá como se fosse um playground. Ao invés de ler e explicar as experiências para os filhos, os deixam rodar as manivelas de forma bem pouco cuidadosa, colocando em risco não só o próprio filho, mas também a instalação do museu. Conhecimento adquirido? O mesmo de rodar um registro de água na rua…
O material humano do Vale do Silício é realmente de primeira linha. Não dá vontade de voltar, ainda mais considerando o atual momento de irracionalidade do Brasil.

O evento

Gostei do keynote. O Google apresentou o “Google Assistant“, que se propõe a utilizar toda a inteligência que a empresa tem em seu motor de busca para ajudar as pessoas a realizar atividades do dia a dia. Onde ele se diferencia do Siri ou do Cortana? Ele tem o Google por trás. Aquilo que todo mundo faz, de sacar o celular e pesquisar no Google o termo ou a informação que surgiram na discussão, o Google Assistant faz para você, com velocidade e conforto.
O “Google Home” também vai além do “echo” da Amazon. Ele é a versão em hardware do Google Assistant, e sua proposta é a integração com toda a sua casa. Nos stands do evento, foram demonstradas muitas soluções de automação residencial que podem ser controladas, por voz, através do Google Home.
Allo” vem para incomodar o Whatsapp. Muita inteligência artificial por trás dele, para que você, além de conversar com seus amigos, tenha sempre o motor do Google Assistant para ajudar durante a conversa, como um “concierge” de informações. Boa proposta, mas que vai enfrentar um degrau bastante alto para conquistar o mercado de troca de mensagens. Por outro lado, o nome Google deve ajudar.
O Android “N” não chegou a trazer novidades radicais, mas arrancou de todos uma expressão de alívio com o anúncio do fim daquele momento “otimizando aplicativo 3/96” quando você precisa usar o telefone…
Meu prognóstico para o nome? Nutella, claro!!!
Outra coisa que gostei muito foi o anúncio das “Instant Apps“. Com esse recurso, você não precisa instalar a aplicação para utilizá-la. Somente os componentes necessários são automaticamente baixados, sem a necessidade do processo de instalação. Esse recurso me fez até pensar em migrar o DESQUEBRE, que é uma aplicação híbrida, para nativa, pois ela se encaixa perfeitamente nesse conceito.
As sessões? Falarei mais tarde sobre as sessões…

A mudança

A mudança mais radical do evento foi o local. Do tradicional Moscone Center em San Francisco para o Shoreline Amphitheatre em Mountain View. O evento passou a ser ao ar livre, num clima de festival. Houve shows e música à noite, em instalações que davam um ar de “rave” ao evento.
Apesar de muito bem-vinda no conceito, essa mudança trouxe alguns problemas. Após o keynote, formaram-se filas muito, mas muito grandes para assistir às sessões. E o sol estava castigando. Os bebedouros secaram. E muita gente ficava para fora porque as salas, subdimensionadas, lotavam rapidamente. Isso impossibilitou assistir mais do que 2 ou 3 sessões por dia, o que foi um ponto extremamente negativo do evento. Frustrante, eu diria.

As sessões

Pois então. Não pude entrar em muitas, por conta das filas. Estava super ansioso para me atualizar sobre o Design Sprint e saber como ele vem sendo aplicado, mas somente quem passou muito tempo ao sol quente, na fila, conseguiu essa proeza.
Das poucas sessões que consegui assistir, o que achei interessante foi o enfoque no Firebase como solução para criar aplicativos de forma simples e rápida. O modelo “real-time” do banco de dados do Firebase é realmente interessante, e para quem quer desenvolver uma solução de chat, por exemplo, é “killer”.
Também não consegui fazer “Code Labs” porque… tinha que ficar em alguma fila se quisesse assistir alguma sessão. O Google precisa rever completamente essa questão, pois esse fator prejudicou demais o evento e seus participantes.

O networking

Fantástico. Conversei com muita gente boa sobre uma proposta que pretendemos trazer através do Google Business Group São Paulo: o Startup Journey. Vale acompanhar o meetup do GBG São Paulo se você se interessa pelo tema.
Além disso, deu para conhecer algumas pessoas e rever muitas outras, porque a um certo ponto, a galera acabava desistindo de ficar nas filas e preferia investir o tempo em socialização e networking.

A cereja [faltando] no bolo

Uma tradição do Google I/O é a distribuição de gadgets para os participantes. Ao decidir se investia ou não na minha ida ao I/O (em fase de grana curta e estabelecimento de uma empresa), o argumento de um amigo me motivou: “você recupera a grana do ingresso só pelos gadgets que eles dão”.
Pois bem… este foi o primeiro ano de Google I/O sem brindes!
Como tuitei na hora que fiquei sabendo disso: o Google I/O virou Google “o-oh”. Nada de brindes. Ninguém foi para lá só por causa dos brindes, mas todo mundo tinha essa expectativa. Grande frustração.

Epílogo

O evento foi bom, mas bastante decepcionante para mim.
Esperava conseguir participar das sessões que tinha me planejado antecipadamente e esperava conseguir absorver mais informações e conhecimento.
O sol escaldante do primeiro dia e o frio congelante do último nos expuseram a um “desafio de sobrevivência” e trouxeram desconforto e dificuldades para tirar proveito do evento.
A menos que o Google demonstre de forma muito taxativa que os problemas de logística serão resolvidos nas próximas edições, não consigo me entusiasmar em realizar o investimento necessário para participar novamente de um evento desse (os custos no Vale são muito altos), nem recomendar para meus amigos que o façam.
 

Isolamento Digital x Inclusão Social no #SMWSP

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Nesta quarta (9/2), tive a honra de participar do Social Media Week (#smwsp), num painel com a presença de Luciana Annunziata (Dobra Learning) e Tiago Dória (iG).
O tema foi “Isolamento Digital x Inclusão Social“.
É um tema bastante abrangente, e numa reunião prévia com a @luziata logo percebemos que em 1 hora não conseguiríamos cobrir todos os aspectos.
Ela sugeriu focar numa esfera “micro“, analisando o lado mais individual, ao invés de aplicar uma visão “macro“, abrangendo questões como inclusão digital, Programa Nacional de Banda Larga, etc.
Pensamos também num modelo de “ponto e contraponto“, inspirados pelo título do painel. Surgiu a ideia de criar Manchetes sobre o tema e discuti-las no palco.
Cada um de nós traria uma manchete para discussão.
Levamos tudo isso pro Tiago, que logo aceitou o desafio. As Manchetes foram:

  • Venda de gatinho aproxima Alto de Pinheiros do Itaim Paulista (@luziata)
  • Pesquisadora do MIT diz em livro que estamos “juntos, porém solitários” (@lucianopalma)
  • Estamos matando os telefonemas? (@tdoria)

A história do gatinho está descrita aqui. A Luciana procurou mostrar o potencial da Internet e das Novas Mídias para estabelecer novas conexões (o que não significa, necessariamente, relacionamento). Conexões que simplesmente não aconteceriam antes das tecnologias discutidas. Pela diferença de classes sociais, pela distância geográfica, ou até pelo preconceito por aparências, talvez as duas pessoas envolvidas na história nunca tivessem se encontrado.
Já começamos com dualidades nesse ponto. O que permitiu o encontro entre duas pessoas de mundos distintos foi justamente a característica de “despersonificação” das ferramentas utilizadas. Por não ter informação sobre elementos que possam distanciar pessoas (às vezes por conta de preconceitos), mas com um interesse comum, a conexão se estabeleceu e o objetivo de ambos foi cumprido. Em outras palavras, “cobrir os rostos” para aproximar as pessoas. No mínimo curioso…
Uma vez introduzido o elemento de Inclusão Social, foi minha vez de trazer o outro lado, o Isolamento Digital à tona. Tomei por base o lançamento do livro Alone Together, (Sherry Turkle), no qual a autora menciona a “robotização” dos relacionamentos e a substituição de relacionamentos e experiências reais por alternativas virtuais.
Levei alguns números de uma pesquisa da Retrevo, que deu origem a um infográfico que circulou nos últimos dias. O pessoal ficou impressionado com o fato de 48% dos americanos acessarem o Facebook ao acordar, com 28% dos donos de iPhone fazendo isso antes mesmo de sair da cama. O burburinho aumentou quando mencionei os números mais picantes da pesquisa: 6% das pessoas com mais de 25 anos e 11% dos mais jovens interromperiam o sexo para checar uma mensagem no celular.
E aí veio um verdadeiro choque. Falei da Simone Back. Simone suicidou-se. Só que antes, ela anunciou, no Facebook, que o faria. Ela tinha mais de 1.000 “amigos” no Facebook. Alguns moravam perto dela. E nenhum agiu para impedir a tragédia.
Sim, é a velha discussão de laços fortes e fracos nas Redes Sociais. Só que dessa vez com uma vida em jogo. E quando uma participante citou o caso da Marisa Toma, com quem ela trabalhou, foi intrigante para mim. Marisa suicidou-se em agosto de 2009, mas eu tinha falado dela no dia anterior, com o @cadre4, na porta do auditório.
Mencionei outra experiência citada no Alone together, envolvendo um Gerbil (tipo de esquilo), uma Barbie e um Furby (um brinquedo eletrônico comum nos anos 90 nos EUA, programado para fazer alguns movimentos e reproduzir algumas frases). Consistia em pedir para as pessoas mantê-los de cabeça para baixo.
O pequeno esquilo logo começava a se debater. Sensibilidadas, as pessoas o desviravam imediatamente.
Já com a Barbie – totalmente inanimada – as pessoas tinham outra reação e eram capazes de mantê-la indefinidamente de cabeça para baixo.
O mesmo deveria acontecer com o Furby (tecnicamente, tão inanimado quanto a Barbie). Só que ao ser virado, o bichinho emitia uma voz infantil: “Estou com medo!“. E as pessoas o desviravam!
O objetivo da autora: mostrar a capacidade de se apegar a seres inanimados e alertar para o uso deste fenômeno para distrair seres humanos (crianças, idosos) com aparelhos eletrônicos. No fundo, nada muito diferente dos pais que deixam o filho por horas em frente à TV para se dedicar a outras coisas…
Onde eu queria chegar? Neste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=PDa1Ek3LVlc.
Uma mensagem que chega a ser forte, mas que reflete uma realidade já tuitada: a tecnologia está aproximando os distantes e distanciando os próximos.
Sherry cita em seu livro que as crianças hoje competem pela atenção de seus pais… com os smartphones!
Um tempo atrás discuti isso com a @rizzomiranda: as pessoas andam olhando para baixo, para uma tela de 3″, ao invés de olhar para o olho das pessoas à sua volta.
No afã de estar conectado com o “amigo” no Canadá, perde-se a chance de abraçar o amigo que está a dois passos.
E falando em telefones, mencionei mais uma constatação do livro: as crianças estão evitando o telefone (da forma que o conhecemos, analógica) e passando a usar tecnologias com menos “contato direto”: mensagens de texto, tweets, emails. O contato está ficando mais digital do que real.
Foi quando o Tiago introduziu sua manchete. Estamos matando os telefonemas?
Seja por razões econômicas (no Brasil, pode ser mais barato enviar um SMS do que falar ao celular) ou comportamentais (responder quando for mais conveniente, ou preparar-se melhor antes de reagir), os jovens estão optando mais pelo SMS do que pela voz.
Tiago comentou que a propaganda precisa se ajustar aos meios de comunicação utilizados. Enquanto consideramos normal uma interrupção num filme para apresentar os comerciais, seria muito estranho ter sua conversa interrompida para ouvir uma mensagem publicitária.
A discussão levantou a questão do “intervalo de atenção”, recurso finito e cada vez mais escasso. A dificuldade em sincronizar estes intervalos na vida moderna pode ser um fator para as interações estarem acontecendo de forma mais assíncrona. A comunicação deixa de ser “Real Time” e respostas passam a ser “quando der“. Cômodo e prático, mas decerto menos natural.
Tiago levantou também a questão do cyberativismo e de sua eventual não conversão em ativismo real. Ele comentou que é muito simples (e fácil) dar um Like em uma página ou engajar virtualmente em uma causa, mas a transformação disso numa ação equivalente no mundo real nem sempre acontece.
Foi um grande orgulho participar de um evento como este.
Agradeço ao Lucas, ao Patrick e ao Bob (SixPix) pelo convite! E que venha a #SMWSP2012!!! 😉
Ah, os slides da minha “manchete” estão aqui: http://prezi.com/3evy5jcfdr4c/social-media-week-2011/

Agradeça a seus Anjos

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Não… não é mais uma mensagem de Natal…

Você pode chamar como quiser, mas definitivamente existem pessoas que entram em nossas vidas em momentos que precisamos muito de ajuda e achamos que estamos sozinhos.
Eles aparecem, ajudam e se vão. Por isso chamei-os de “Anjos” no título do post.

Vou contar dois casos, nos quais as pessoas que me ajudaram só podem se Anjos:

O caso do material do trabalho da escola

Eu devia ter uns 7 ou 8 anos na época. Era dia de fazer trabalho na escola, e precisava levar o material: cartolina, papel laminado, papel crepom, cola, lantejoulas…

Meu pai nos levava à escola, e nesse dia, quando vi o Opalão ir embora, notei que tinha deixado o material no carro. Tentei correr e avisá-lo, mas ele já estava longe demais para ouvir…
Na tentativa de alcançar o carro na descida, acabei caindo e me arranhando um pouco… comecei a chorar, não sei se pelo arranhão ou por ter ficado sem o material.

Eis que sai de um carro um moço, bem jovem, e vai até à rua me ajudar. O tal Anjo perguntou qual era o problema, me acalmou, chamou sua namorada e me levou até a papelaria do outro lado da rua. Os dois compraram o material necessário e despediram-se sorridentes.

No dia seguinte, levei o dinheiro para ele, que estava com o carro no mesmo lugar, mas ele recusou e disse para eu guardar, comprar um doce, tomar um lanche… depois disso nunca mais o vi.

Até hoje lhe sou agradecido.

O caso do primeiro discurso em público

Aqui eu já tinha uns 22 anos. Estava trabalhando numa empresa de desenvolvimento de software, criando uma solução para gerenciamento eletrônico de documentos. Tudo em C, para DOS, escrevendo drivers para scanners e impressoras e codificando algoritmos de compressão…

Um belo dia meu gerente me chama e me “convida” a dar uma palestra sobre compressão de dados.
A proposta pareceu interessante, e você sabe como gerentes sabem tornar a coisa simples quando querem que os outros façam… Winking smile

Preparei um material completo, começando por Teoria da Informação, falando sobre Entropia e chegando aos algoritmos de compressão codificados em C. Afinal, eu tinha um tempão: mais de uma hora para falar “só” isso…

Quando cheguei ao local, parecia que o Gelado dos Incríveis tinha tocado minha espinha. Era muita gente, a maioria de gravata e dificilmente eu conseguia ver alguém com menos do que o dobro da minha idade. Na minha cabeça, eram todos doutores e eu estava prestes a fazer o maior papelão da minha vida.

Foi quando meu gerente disse: “Vai lá, fica tranquilo que de compressão de dados quem entende aqui é você!”.

Entendi que ele estava tentando me motivar, mas eu continuava a suar frio, e quando comecei a falar, percebi que minha voz estava trêmula. Eu sabia que todos estavam percebendo meu nervosismo, e me aterrorizava imaginar que ainda tinha mais de uma hora pela frente…

Eis que surge o Anjo! Levanta a mão e faz uma pergunta. Pergunta fácil, que eu estava preparadíssimo para responder. Olhei para ele e comecei a explicar. Percebi que minha voz tinha voltado ao normal. Naquele instante comecei a acreditar nas palavras de meu gerente e pensei comigo: “Essas pessoas realmente não sabem o que sei sobre compressão! Eu posso lhe agregar algo, mesmo sendo mais jovem! Existe luz no fim do túnel, e parece NÃO ser um trem!!!”.

A partir deste instante a palestra fluiu, e desde então palestrar é uma das atividade que realizo com maior prazer!

E onde eles estão?

Estes Anjos apareceram do nada, me deram uma ajuda incrível quando mais precisei, e nunca mais os vi. Não sei seus nomes.

Um grande presente de Natal seria vir a descobrir que um deles leu este post, pois gostaria MUITO de poder agradecê-los pessoalmente por estes momentos tão marcantes de minha vida!

Obrigado a todos os Anjos que tomam estas atitudes pelo prazer de ajudar o próximo, mesmo sem conhecê-lo, e sem esperar nada em troca.

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Suas ações nas Mídias Sociais refletem sua Estratégia?

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A palavra “Estratégia” é muito mencionada dentro das empresas. O termo é elegante por si só, e muitos funcionários o invocam de forma pomposa, como que vestindo uma aura de poder ao fazê-lo.
No entanto, muitas vezes o discurso acaba como o do Coronel Nascimento no vídeo: impressiona, mas não chega, efetivamente, à profundidade, clareza e objetividade que uma definição de estratégia deve ter.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=G0YCkDyBhdE&w=448&h=252&hd=1]

 

Como definir uma Estratégia de Mídias Sociais?

A bem da verdade, não se deve falar diretamente em “Estratégia de Mídias Sociais”.
A Estratégia que se deve ter sempre em mente é a da empresa, aquela do negócio. A “Estratégia de Mídias Sociais” deve estar – sempre – em total sintonia com a Estratégia “mãe” (a da empresa).
Resumindo, você tem que conhecer a primeira (Estratégia da Empresa), antes de definir sua Estratégia e suas Ações (Táticas) nas Mídias Sociais.
Nos próximos sábados (27/11 e 04/12) ministrarei um Curso de Estratégias de Mídias Sociais para Empresas.
A ideia deste curso é capacitar os participantes a fazer exatamente isso: “mapear” estes dois importantes componentes da empresa para tirar proveito – com sucesso e efetividade – das Mídias Sociais.
Este tipo de mapeamento (como qualquer outro) só é possível quando você conhece os dois lados. É por isso que no pimeiro dia (27/11), discutiremos a dinâmica das Mídias Sociais – a “metodologia” dos 3 pilares para a utilização de Mídias Sociais, as plataformas e ferramentas disponíveis, assim como os conceitos de Redes Sociais que funcionam como base para que as pessoas interajam.
Este primeiro módulo é mais focado na teoria. Para exercitar os conceitos absorvidos, no segundo sábado (04/12), realizaremos uma Oficina de Mídias Sociais, 100% prática.
O objetivo do módulo prático é simular situações reais de mercado, partindo de estratégias de negócio definidas.
Os participantes realizarão o mapeamento mencionado acima, dando os primeiros passos nesse tipo de atividade “com suas próprias pernas”. A intenção é justamente criar a confiança/segurança necessária para transferir a experiência para o mundo real ao término do curso.
Se você tem interesse em interagir nessa grande discussão sobre “Estratégias de Mídias Sociais”, ainda dá tempo!
Conheça os detalhes do curso em http://curso.midias-sociais.com e inscreva-se em http://curso.midias-sociais.com/inscricao.
Até lá! Winking smile

Café com Blogueiros: Irretocável!

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Neste sábado (13/11) tive a honra de participar do Café com Blogueiros na ESPM.
O #ccbsp, como foi “hashtagueado” [sic] no Twitter, foi um daqueles eventos que deixa saudades já no instante em que termina.

imageTenho participado de muitos eventos (e com grande satisfação), mas o #ccbsp teve um toque especial.
Apesar de novo (1a edição), já é um evento maduro, e creio que o seu tempero e o seu sucesso se devem a uma coisa: o brilho nos olhos dos organizadores.

Logo que cheguei fiquei impressionado com o pique do pessoal – que graças ao Twitter, pude notar que também não dormiu na noite anterior, acertando cada detalhe para que no sábado tudo estivesse perfeito (e esteve!).

Todos eram recebidos com um sorriso no rosto, como se uma festa estivesse para começar. A preocupação com a satisfação de todos estava presente em cada gesto, cada movimento. “Em rede” através de rádio, tudo funcionava como um relógio. Já fui a muitos eventos pagos (e bem pagos) onde não vi tamanho sincronismo, empenho e eficiência.

O comprometimento era tanto que os organizadores ficaram preocupados com o atraso do café para a recepção dos participantes. Hello-ooow! Um evento grátis e de altíssimo nível, e alguém vai reclamar que não tinha café de manhã? Poupe-me! (Obs: tinha lanche, refrigerante, e após o almoço o café estava lá, quentinho!).

Essa energia esteve presente durante todo o evento. Aliás, até depois do evento, no happy-hour. O grupo estava simplesmente… FELIZ!
Era perceptível a satisfação e o orgulho de terem feito algo acontecer PARA OS OUTROS de forma irretocável.

Esse é o espírito da Rede, um espírito que precisa contaminar as empresas, que estão possuídas pelo individualismo e por números a combater. Espírito de união de verdade, onde ninguém é mais importante, porque importante é o resultado. Espírito de coesão, onde todos sabem onde querem chegar, e todos sabem que cada pequeno gesto contribuirá para chegar lá. Espírito de interação, porque todos sentem que tem algo para contribuir. Espírito de colaboração, sem preocupação de competir ou ganhar. E veja só que ironia – todos ganham muito mais dessa forma!

Durante o evento, participei de um debate muito interessante com @kakamachine, @inagaki e @pergunteaourso, onde fomos desafiados a criar uma estratégia de mídias sociais num esquema de improviso, com cliente, produto/objetivo, público-alvo e mídia social definidos pela platéia ali, na hora, sob a batuta da @julima – que se revelou uma excelente animadora nos 10 minutos que nos deram! Winking smile

Fiz também uma palestra falando sobre o impacto que um blog teve em minha carreira.

Só que nesse post, quero manter o foco na maravilhosa interação que vi entre o pessoal que organizou o Café com Blogueiros. Vocês estão simplesmente de parabéns, e saibam que sempre terão em mim um fã incondicional.

Tomo até a liberdade de usar um termo descolado para demonstrar minha admiração pro vocês: “seus lindos”: @betotercette, @krikang, @jpbraconi, @jwertheimerc, @MarcioGadoti, @diegorv, @savicentini, @wcabril, @linealves, @ogabiru, @belle_rp, @roger_carv, @ngsane, @gbvico, @thistorias, @marcel_st e @BannokiJr.

Café com Blogueiros: aula de evento, feito não por dinheiro, mas com o coração. Parabéns! Irretocável!

O segundo pilar: Comunidades

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Ultimamente tenho dito que o uso de Mídias Sociais em empresas deve se basear em 3 pilares: Comunicação Social Externa, Comunidades e Redes Sociais Internas.
3 pilares das mídias sociais
Neste final de semana aconteceu um evento que foi completamente baseado no segundo pilar (Comunidades):  o Prudente Tech Day 2010, realizado na Faculdade de Informática da UNOESTE.
Apresentei um “Zen Talk” sobre Redes Sociais com um enfoque um pouco mais “teórico”, tentando mostrar como usufruir dos benefícios das Redes – seja em seu favor (pessoal) ou em favor de sua empresa. Este post, porém, não é sobre este tema, mas sim sobre a mágica que acontece quando uma Comunidade se mobiliza.
Os números do Prudente Tech Day 2010 (a.k.a. #PTD2010 no Twitter) impressionam:

  • 843 participantes
  • 650 Kg de alimentos arrecadados*
  • 16 palestras em 3 auditórios simultâneos, totalizando 20 horas de palestras em 1 dia
  • Cobertura dos 2 jornais locais: O Imparcial e Oeste Notícias

O evento foi transmitido ao vivo pela Internet através do Twitcam.
Tudo isso realizado por integrantes da Comunidade Técnica, ou seja, profissionais apaixonados por tecnologia e pelo que fazem, que querem compartilhar seu conhecimento e ainda contribuir para a comunidade local (sugerindo aos participantes a doação de 1 Kg de alimento).
Toda esta paixão e capacidade podem ser canalizadas por empresas inteligentes, como foi o caso da SolidQ, que além de patrocinar os custos de transporte e acomodação de 15 palestrantes, esteve presente através de seu CEO Global, Fernando Guerrero, e seu CEO para América Latina, Eládio Rincón.
Tive o prazer de conversar bastante com os dois, que mostraram que a SolidQ é definitivamente uma empresa em Rede e com uma filosofia moderna, ao contrário do tradicional modelo hierárquico de poder e controle.
O retorno em termos de imagem é incomparavelmente maior do que o investimento realizado. A conexão estabelecida entre a SolidQ e a comunidade é definitivamente algo genuíno e duradouro.
Parabéns à SolidQ por proporcionar, mais do que simplesmente o evento e a doação de alimentos, o exemplo de como uma organização antenada pode utilizar as Redes Sociais, as Mídias Sociais e a Comunidade para trazer benefícios a todos.
* O valor divulgado no jornal era parcial e não contabilizou as últimas contribuições, que incluíram doações pessoais do CEO Global  e CEO para América Latina da empresa SolidQ.

Minhas impressões sobre o Campus Party 2010 – #cpartybr

Não dá para ter um blog e não fazer ao menos um post sobre o Campus Party!
Eu confesso que foi a primeira edição da qual participei, e gostei muito do que vi.
Não vou ficar fazendo um resumo do que foi o Campus Party, porque isso muita gente já fez – gente que ficou lá bem mais tempo do que eu, como os campuseiros acampados (aliás, estou pensando seriamente em fazer isso em 2011!).
Vou falar dos sentimentos que tive ao respirar o clima do evento.
Após algumas horas de Campus Party, não dá para negar que o ambiente influencia o ser humano. Fiquei impressionado com o clima de colaboração e de relacionamento pacífico, mesmo entre tribos com visões ideológicas diametralmente opostas. Parece que ao entrar no local, o cérebro ativa o modo “read-write” – o participante se abre para adquirir informação, experiências, conhecimento. É automático, talvez até involuntário.
StateOfTheArt
Um dos pontos que me impressionou foi o respeito pelo próximo. Os participantes levaram equipamentos caros e delicados (vide acima), e o que se viu foi um grande cuidado com as coisas dos outros. O conceito se aplicou também às idéias. Mesmo quando surgiam discussões “Linux-Windows”, por exemplo, existia uma argumentação forte mas respeitosa. Não eram agressões, mas colocações de uma discussão provocativa e produtiva. Esse grau de maturidade nas conexões entre as tribos me deixa muito otimista em relação ao surgimento de soluções de interoperabilidade, permitindo o uso da tecnologia que melhor se aplica em cada situação (e em algumas soluções mais complexas, é evidente que o uso de mais do que uma tecnologia poderá ser necessário).
Outro ponto foi o nível das discussões. Engana-se (e muito) quem acha que Campus Party é “um bando de jovens se divertindo e jogando videogame”. Claro que tem jovens, claro que tem diversão e claro que tem videogame. Mas tem muito mais do que isso. MUITO mais!
Debate
Além das apr esentações técnicas (incluindo palestras de 5 MVPs), aconteceram conversações e debates em formatos modernos e dinâmicos.
Participei de um em particular: “Redes digitais ou redes sociais. Afinal, quem está conectado está em rede?”, com @marthagabriel @augustodefranco @BobWollheim @Walter_Lima e @rpallares e mediado pelo @lalgarra. Foi absurdamente produtivo, porque o debate pegou fogo, mas tenho certeza que a turma que estava presente criou uma infinidade de novas sinapses ao ouvir essa turma discutindo, mesmo quando eles discordavam veementemente. E mais – a qualquer momento, você podia entrar no debate e dar seu pitaco ou jogar sua lenha na fogueira.
O nível foi altíssimo, e garanto que a discussão e a troca de experiências foi do mesmo padrão de muitos eventos pagos (e bem pagos). De novo, parabéns ao Luiz Algarra e aos “debatentes” 😉
E não parou por aí… estava quase indo embora encontrei o MVP @ramonduraes, a @devnetgomez e o MSP @_eduardocruz que após um excelente papo, me levou até a “concentração” dos MSP’s. Foi incrível ver essa galera agitando madrugada adentro. Que pique, quanta energia! @alinefbrito, @t_cardoso, @gleissonricardo, @robertomb, @guvendramini, @zinkyy, e muitos outros que cometerei a injustiça de não citar só por não ter o Twitter de vocês 🙁 – mas fiquem à vontade para complementar o post através de comentários, ok?. E orquestrando a patota, a incansável e sempre bem-humorada Heloísa Lobo (Helô), a quem parabenizo pela iniciativa e garra. Afinal, tem que ter muito pique para me dar uma aula de Farmville (não, eu não jogo!) às 4 horas da manhã!
Trafego
Por fim, uma constatação interessante que o MVP @evilazaro levantou e depois ouvi o próprio Marcelo Branco, organizador do CP, falar no rádio: o volume de upload durante o evento é muito parecido com o volume de download (vide gráfico). Isso significa que o pessoal estava gerando muito conteúdo, e não somente baixando software, músicas e vídeos, como alguns poderiam imaginar. Isso é um dado muito saudável!
Além disso, dá para sentir que o “bioritmo” da turma é bem diferente do tradicional “horário comercial”.
Eu que já acredito que a Geração Y será transformadora (ao contrário da nossa, bem mais passiva), fiquei ainda mais convencido disso após a Campus Party.
Parabéns a todos que organizaram o evento. Parabéns a todos que participaram. Parabéns a todos que acamparam. Foi um show.
E a melhor denominação que vi até agora para o Campus Party é: Nerdstock! 😉
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