Pessoas

Posts que envolvem este fascinante tema: Redes Sociais.

As Redes já estão mudando o mundo

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Esta semana foi recheada de eventos: Simpósio do Gartner, Evento anual da Microsoft, Seminário sobre a Sociedade em Rede e a Educação na Vivo…
O que não dá para não notar são as mudanças que vêm acontecendo por conta da potencialização das Redes Sociais através de Mídias Digitais. Acompanhe estes 2 casos:

1. Swarming

No slide 49 de sua apresentação sobre Netweaving, Augusto de Franco coloca que o Swarming ocorre quando “distintos grupos e tendências, não coordenados explicitamente entre si, vão aumentando o alcance e a virulência de suas ações…”.
Foi o que aconteceu neste domingo. Muitas pessoas vêm de diversos lugares do Brasil para eventos anuais de grandes empresas. Normalmente, estas pessoas chegam no dia anterior e hospedam-se em hotéis próximos ao local do evento. Essa dinâmica se repete há anos.
No entanto, este ano foi diferente, e a mudança tem um nome: Twitter.
As pessoas que participam de um evento já formam um “Cluster” (vide apresentação do Augusto), e com isso já estão, de certa forma, conectadas. Com o novo hábito de “tuitar”, conforme chegavam a São Paulo e ao hotel, as pessoas atualizavam seus seguidores via Twitter e faziam “checkin” no Foursquare (normalmente integrado ao Twitter).
Começaram a surgir tweets perguntando quem estava no shopping da região, e pessoas que só se conheciam virtualmente (ou que nem se conheciam, mas tinham um interesse comum – o evento) começaram a se encontrar em uma chopperia. Isto gerava mais tweets, e os tweets atraíam mais pessoas para o grupo. É curioso notar que a palavra “tweet” (piado) refere-se a um som emitido por animais, com fins de localização…
Conclusão: Nada menos do que uma mesa de 27 pessoas se formou. Certamente o evento foi muito mais proveitoso para cada um deles!

2. #PZGeeK

O #PZGeeK foi um evento organizado pela Comunidade Técnica no formato “Tweetup” e aconteceu ao final do primeiro dia do evento anual da Microsoft, o TechEd.
Não houve convite, não houve formalidade, não houve “coordenação explícita”. O encontro foi anunciado no Facebook e divulgado via Twitter. Em termos de “organização”, tudo o que foi feito foi ligar para uma pizzaria próxima o local do evento, reservar o espaço e negociar um preço fechado para facilitar a logística.
Entre Twitter, Facebook e divulgação “boca-a-boca”, 81 pessoas participaram do #PZGeeK, conhecendo-se, integrando-se e fortalecendo os laços de relacionamento.
Houve até a apresentação de uma proposta de integração das Comunidades Técnicas regionais, para formar um grande Hub para a Comunidade.
Estes 2 fatos deixam bastante claro que a maneira de se relacionar está mudando (e para melhor) com a utilização das Mídias Digitais como facilitadoras da integração entre pessoas. A experiência de eventos está mudando.
A maneira de fazer negócios deve acompanhar esta mudança.
E você? Está participando disso tudo? 🙂

Twitter: minha segunda faculdade

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Em 1990 formei-me Engenheiro pela E. E. Mauá. Com muito orgulho e muito, muito suor.

Tive o privilégio de poder estudar até os 22 anos, em período integral – alguns dias das 7:30 às 19:30.
O que vivi nos 5 anos de faculdade foi muito intenso: professores altamente qualificados, a maioria com uma tremenda paixão em transmitir tudo aquilo que sabiam.
Muita leitura, muito estudo em grupo, muitos trabalhos, muita prática em laboratório.
No ano passado, comecei a cursar um MBA. Estava preparado para reviver aqueles momentos de muita dedicação e enorme aprendizado.
#FAIL
O que presencio é um cenário totalmente diferente. O processo é mecânico e o que está sendo vendido é um papel, não o aprendizado.
Por conta da desilusão, minha dedicação passou a ser pífia e meu aprendizado quase nulo. Ainda assim, as notas são muito superiores às da faculdade! :O
Ok, 20 anos se passaram e eu posso ter mudado. Mesmo assim, tenho certeza que o problema não são meus olhos, mas sim o modelo. Professores estão lá pelo preço pago por hora e os alunos pelas 3 letrinhas.
Recomendaram-me não criticar o modelo para não desvalorizar o título que estou “comprando”. Só que não consigo deixar de ser franco… prefiro dizer eu mesmo que um MBA no Brasil hoje é um título fictício do que gabar-me por obtê-lo e depois descobrirem que aquilo não passava de uma maquiagem.
Peço desculpas aos portadores de MBA que fizeram cursos sérios, mas com a atual venda de títulos, este diploma deve perder seu valor em menos de 5 anos.

Minha segunda faculdade é o Twitter

Felizmente, obter uma boa formação ficou muito mais fácil e acessível.
Mesmo que você não seja um auto-didata, através de ferramentas como o Twitter você pode participar de conversações com referências na sua área de interesse. A quantidade de links para material de altíssimo nível é impressionante quando você segue as pessoas certas.
O mais interessante é que você não precisa pagar uma mensalidade salgada para seguir referências como @dtapscott, @briansolis @simonsinek ou @danielpink.
“Mestres” como ele estão sempre oferecendo pequenas lições em 140 caracteres, muitas vezes com links para material que vale uma aula.
Tenho consumido muita informação desta forma, com a vantagem de poder até mesmo interagir com estes “feras”. Acredite: se você fizer uma observação ou crítica acertada, eles respondem!
Desta interação, tanto com “gurus” quanto com pessoas com quem você acaba se conectando por conta dos interesses comuns, surge uma troca de informação, ideias e experiências fantásticas. Sugestões de livros, artigos, monografias…
Voltei a ler tanto quanto nos tempos de faculdade. Ou melhor: muito mais, porque as barreiras de custo ou indisponibilidade em biblioteca praticamente não existem mais. Posso afirmar que venho absorvendo conhecimento num ritmo que nunca tinha experimentado antes.
Para mim, este processo é uma Faculdade. Não tem vestibular, não tem provas, não tem data de graduação, mas tem o valor de uma Faculdade. Muito mais que o papel que receberei em abril, escrito “MBA”.

E nossos filhos?

Vejo muita gente preocupada com a educação dos filhos e seu preparo para o futuro. Mas não se prepara alguém para o futuro olhando prá trás. O que funcionou para nós pode ser um grande fracasso para nossos filhos.
Claro que uma boa educação formal continuará tendo valor, ainda mais se for realizada em instituições com paixão pelo que fazem, como a Mauá que vivi no final dos anos 80. Mas será suficiente?
Nossos filhos disputarão o mercado com muita gente formada na “Faculdade Twitter”, “Universidade Facebook” ou outras “instituições de ensino” mais eficientes do que empresas que hoje vendem diplomas.
Para refletir, assista esses dois vídeos que o Professor @dtapscott, da Faculdade Twitter, recomendou:

Brincando de empresinha

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Brincando de Empresinha É comum crianças se reunirem para brincar de casinha.
Pegam bonecas inanimada e fingem que são filhos, fantasiam com objetos sem valor, tratando-os como coisas raras e preciosas, lêem livros fictícios (“de mentirinha”, pois muitas ainda nem são alfabetizadas), construindo contos de fadas em sua imaginação, simulam ações que gostariam de estar aptos a realizar no mundo real.
Em algumas empresas, também é comum ver gerentes “brincando de empresinha”.
Pegam funcionários submissos (mas “de sua confiança”) e fingem que são “top performers”, fantasiam com ações sem valor, tratando-os como projetos revolucionários e de alto impacto, geram relatórios fictícios construindo cenários de sucesso “de mentirinha” em sua imaginação, simulam atuações que gostariam de estar aptos a realizar no mundo real…
Acionistas e gestores da empresas precisam estar atentos a estes gerentes de jardim da infância, pois da mesma forma que a boneca deixa de ter vida ao fim da brincadeira e os diamantes deixam de brilhar ao voltarem a ser meros botões sem valor mundo real, quando a verdade de uma empresa “de mentirinha” vem à tona, os pais não estarão lá para confortar quem nela investiu.
Pense nisso ao avaliar uma empresa. Se ela estiver sendo gerenciada como “empresinha”, seu destino pode ser igual ao de qualquer brincadeira: divertido enquanto dura, mas uma hora acaba.

O segundo pilar: Comunidades

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Ultimamente tenho dito que o uso de Mídias Sociais em empresas deve se basear em 3 pilares: Comunicação Social Externa, Comunidades e Redes Sociais Internas.
3 pilares das mídias sociais
Neste final de semana aconteceu um evento que foi completamente baseado no segundo pilar (Comunidades):  o Prudente Tech Day 2010, realizado na Faculdade de Informática da UNOESTE.
Apresentei um “Zen Talk” sobre Redes Sociais com um enfoque um pouco mais “teórico”, tentando mostrar como usufruir dos benefícios das Redes – seja em seu favor (pessoal) ou em favor de sua empresa. Este post, porém, não é sobre este tema, mas sim sobre a mágica que acontece quando uma Comunidade se mobiliza.
Os números do Prudente Tech Day 2010 (a.k.a. #PTD2010 no Twitter) impressionam:

  • 843 participantes
  • 650 Kg de alimentos arrecadados*
  • 16 palestras em 3 auditórios simultâneos, totalizando 20 horas de palestras em 1 dia
  • Cobertura dos 2 jornais locais: O Imparcial e Oeste Notícias

O evento foi transmitido ao vivo pela Internet através do Twitcam.
Tudo isso realizado por integrantes da Comunidade Técnica, ou seja, profissionais apaixonados por tecnologia e pelo que fazem, que querem compartilhar seu conhecimento e ainda contribuir para a comunidade local (sugerindo aos participantes a doação de 1 Kg de alimento).
Toda esta paixão e capacidade podem ser canalizadas por empresas inteligentes, como foi o caso da SolidQ, que além de patrocinar os custos de transporte e acomodação de 15 palestrantes, esteve presente através de seu CEO Global, Fernando Guerrero, e seu CEO para América Latina, Eládio Rincón.
Tive o prazer de conversar bastante com os dois, que mostraram que a SolidQ é definitivamente uma empresa em Rede e com uma filosofia moderna, ao contrário do tradicional modelo hierárquico de poder e controle.
O retorno em termos de imagem é incomparavelmente maior do que o investimento realizado. A conexão estabelecida entre a SolidQ e a comunidade é definitivamente algo genuíno e duradouro.
Parabéns à SolidQ por proporcionar, mais do que simplesmente o evento e a doação de alimentos, o exemplo de como uma organização antenada pode utilizar as Redes Sociais, as Mídias Sociais e a Comunidade para trazer benefícios a todos.
* O valor divulgado no jornal era parcial e não contabilizou as últimas contribuições, que incluíram doações pessoais do CEO Global  e CEO para América Latina da empresa SolidQ.

O Brasil vai pular a onda das Mídias Sociais?

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Falar sobre Midias Sociais é cool.
Mesmo quem não está muito por dentro faz uma tremenda cara de conteúdo quando o assunto vem à tona.
Pergunte a qualquer gerente de marketing se ele já incluiu Mídias Sociais em sua estratégia e você receberá um retumbante “SIM!”.

Mas será que a realidade é mesmo essa?

Recentemente recebi uma pergunta via Twitter: “Quais empresas brasileiras utilizam bem as mídias sociais?
Alguns casos me vieram à mente… mas infelizmente não eram empresas brasileiras!
Procurei uma resposta; eu realmente queria um bom exemplo nacional.
Tecnisa? Fiat Mio? Não eram exatamente o que buscava. Twix? Ups, pula, pula… outra… Dell? Não, não; na minha opinião aquilo é Social Spam

Não consegui achar exemplos de empresas que estejam REALMENTE se conectando a seus clientes através de Mídias Sociais no Brasil. “Conectar”, no caso, não é simplesmente USAR mídias sociais no antigo esquema broadcast – a empresa falando e o consumidor ouvindo, passivamente.
Conectar é ouvir de verdade (e não dizer isso da boca prá fora e provar com relatórios que só convencem o próprio departamento de marketing).
Conectar é responder quando solicitado, é disponibilizar a informação desejada, é entender o que o cliente quer e oferecer exatamente aquilo.
Conectar é tratar o consumidor com o respeito que ele merece.

Mídias Sociais só fazem sentido quando o ponto de partida é esse: respeito pelo consumidor.

E o consumidor brasileiro merece respeito?

Esse é um assunto polêmico. Talvez algumas pessoas mais ufanistas se incomodem com a análise que farei, mas alguém tem que se arriscar! Então aí vou eu…

A falta de respeito pelo consumidor que reina no Brasil não é culpa das empresas. O consumidor brasileiro, por si só, respeita-se pouco. Não é exigente. Não briga por seus direitos. Deixa passar.

Você conhece alguém que devolve produtos com defeito? Que reclama de prazos não atendidos? Que abre reclamações na Anatel e na Aneel? Talvez sim. Sabe como ele é conhecido? “O chato”!

Pois é! O cara que cobra seus direitos, no Brasil, é chato! É bem mais razoável aquele que deixa prá lá.
Esquentar prá que? “É só um defeitinho”,  “Reclamar não adianta”, “Não vale o stress”, “Aqui é assim mesmo”.
São expressões comuns de desencorajamento, que colocam o conformismo (e o comodismo) acima do respeito próprio.

Percebi isso numa situação real: a compra de um carro. Com defeito. Simplesmente TODAS as pessoas com quem comentei o fato aconselharam a deixar prá lá.
No Brasil, não se troca carro”, ouvi de muitos. De fato, a montadora (Ford) afirmou a mesma coisa.

Pois então eu sou Chato. E fui atrás dos meus direitos. Consegui trocar o carro por outro novo.
E o outro também veio com defeito. “Desencana, você não vai conseguir nada”, eu continuava ouvindo.
Continuei sendo Chato! E consegui ter meu dinheiro de volta!

Sim – no Brasil -  eu consegui trocar um carro zero com defeito por outro, e consegui devolver o segundo carro e ter meu dinheiro de volta!
Neste país, as leis existem e funcionam. O que parece não funcionar é o consumidor!

O que isso tem a ver com Mídias Sociais?

Tudo!

Se “Mídias Sociais só fazem sentido quando o ponto de partida o respeito pelo consumidor”, o uso REAL de Mídias Sociais pode vir a ser desconsiderado por empresas que não tenham este respeito.

Empresas pensam em números. E muitas, infelizmente, seguem a linha: “Se só tem um chato que exige a troca de um carro com defeito, prá que se preocupar com ele? Ele é só um. Enquanto ele reclama, tem outros milhares comprando e não ligando pro defeito. Corrigir prá que? Atender esse chato prá que? Deixa ele reclamar sozinho!”.

Você acha que estou exagerando? Então procure exigir seus direitos e veja a canseira que as empresas brasileiras lhe darão. Normalmente, elas procuram vencer pelo cansaço, medo ou desinformação. Tem que ser um chato muito persistente para ser respeitado.

Num ambiente onde se pensa assim, é muito mais fácil alguém na empresa criar uma iniciativa de Redes Sociais só para sair bem na foto e convencer os dirigentes que a empresa já está na crista da onda. Claro que esta iniciativa será uma casquinha de maquiagem – uma conta no Twitter, uma Página de Fãs no Facebook, ou o infame viralzinho – que só tem efeito de vírus no bolso da empresa.

Uns fingem que fazem, outros fingem que acreditam, e assim o hype das “Mídias Sociais” vai sendo desfrutado pelos espertinhos de plantão…

E você? Acredita?

Talvez você não ache que a oportunidade esteja perdida e ainda acredite muito na idéia das Mídias Sociais.
Eu também!

Acredito que há muito espaço para atuar neste setor com satisfação e orgulho. Acredito nas Mídias Sociais não somente pelas suas características, mas como meio para que empresas que realmente respeitam o consumidor se destaquem no mercado e obtenham o merecido sucesso.
Declarei isso recentemente como minha missão.

Se você também acredita, temos um grande desafio pela frente: servir de exemplo para que cada vez mais pessoas que ficam na dúvida entre o conformismo e o respeito por si próprios, tendam para o lado do respeito.

Fazendo isso, conseguiremos demonstrar o verdadeiro valor (e poder) das Mídias Sociais, inserindo o Brasil no contexto de países que de fato aprenderam a usufruir as Redes Sociais, ao invés de desperdiçar esta oportunidade e deixar a onda passar (favorecendo somente o pessoal “da maquiagem e da máscara”).
A oportunidade para gerar muitos exemplos para responder à pergunta do Twitter está ao nosso alcance.

Topa?

Você sabe qual é a sua missão?

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Confesse. Você achou a pergunta estranha, não achou?
É que não é comum pararmos de fazer coisas “importantes” para pensarmos no que é realmente importante.
Importante para nós mesmos, no caso.

Missão das Empresas

Por mais que possa parecer clichê, toda empresa tem uma declaração de missão. Às vezes é realmente clichê, dando a impressão que a tal “missão” foi escrita por consultores externos. Não é raro que uma declaração de missão de uma fábrica de salsichas seja praticamente igual à de uma consultoria de serviços de TI. Procure termos “Gobbledygooks” (em Português: satisfação do cliente, qualidade, proatividade, inovação, etc). Se achar mais de 3 deles no texto, provavelmente você está diante de uma dessas “missões prá inglês ver”. Ou prá americano ver
As empresas mais bem sucedidas são aquelas que levam sua missão a sério, mas para isso é fundamental saber, acima de tudo, QUAL é a sua missão. São poucas as empresas que têm isso claro e que transmitem de forma transparente essa missão aos seus clientes.
Quer fazer mais um teste? Colete missões de empresas e depois misture todas. Há algumas aqui. Pegue uma ao acaso e leia. Se ao ler a missão, você souber exatamente a que empresa ele pertence, desta vez você está diante de uma empresa séria e com grandes possibilidades de sucesso hoje e no futuro.

Exemplo:
“Organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em caráter universal”.
Dá para ter dúvida de quem estamos falando?

Missões Pessoais

Você é um indivíduo, não uma empresa. Você pode TER uma empresa ou ATUAR em uma empresa. Só que a empresa não é você (e vice-versa).
Você já parou para pensar qual é a SUA missão como indivíduo? Já escreveu isso alguma vez em sua vida?
Ainda dá tempo. Você pode fazer isso hoje mesmo. Só que para isso você tem que parar um instante de fazer as coisas “importantes”, largar o celular, a caneta, o teclado, olhar para você mesmo, bem lá no fundo, e perguntar:

“Quando eu não estiver mais aqui, como eu quero que lembrem de mim?
Como o cara que subiu na carreira? O que tinha o melhor carro do bairro? Como alguém que fez caridade? Alguém que se comportava de forma ética? O fanático por um time de futebol? Aquele que era mais esperto e levava sempre vantagem em tudo? O cara que ajudava os amigos? Aquele que os “favorecia”?

Se isto não estiver claro para você, você passará sua vida cumprindo a missão dos outros. Provavelmente de uma empresa. E arriscando dar a vida por uma missão que não diferencia uma salsicha de um computador.

A minha Missão

Vou tentar dar o exemplo. Confesso que vivi muito tempo sem fazer essa reflexão. Sem chorar sobre leite derramado, aí vai a minha declaração de missão:

“Acredito que o relacionamento empresa-consumidor esteja desbalanceado no Brasil. Amplio este conceito aos relacionamentos governo-cidadão, empresa-trabalhador e chefe-funcionário. Acredito que posso fazer parte de um processo de mudança para recuperar este equilíbrio, mesmo sabendo que não conseguirei fazer isto sozinho.
Pretendo difundir o uso de mídias sociais para que a comunicação empresa-consumidor seja mais transparente, de forma a re-equilibrar o sistema e recompensar com o sucesso as empresas que respeitam o consumidor.

Agora eu peço sua ajuda.
Se você tivesse lido essa declaração de missão por acaso, teria achado que seria minha?
Por favor, deixe um comentário se julgar que está faltando (ou sobrando) alguma coisa.
Obrigado,
Luciano
UPDATE: Tenho mais uma proposta! Porque você não deixa, aqui nos comentários, a SUA missão?
Você aproveita para fazer a pausa para pensar nisso e, ao compartilhar, pode receber feedbacks interessantes da Rede 😉

Interrupção ou Significado? Alguma dúvida sobre o lado a escolher?

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A maior parte dos livros sobre Mídias Sociais aborda a questão da “inversão do vetor do Marketing”, ou a mudança do Broadcast para o Socialcast.
De fato, hoje o valor das recomendações é mais forte do que nunca, e a comunicação “horizontal” (entre pessoas comuns) é tão relevante quanto a comunicação “vertical” (empresa-consumidor). Ou até mais!
Há, porém, outra mudança em andamento na forma de comunicação entre empresas e consumidores.
A transição que está acontecendo em paralelo é a adoção de mensagens com significado ao invés de mensagens de interrupção.

Mensagens de Interrupção

São as mensagens que estamos acostumados a receber, normalmente através do principal meio de comunicação de massa (broadcast) – a televisão. Os comerciais de TV são tão interruptivos que sua veiculação ocorre no “intervalo” da programação. O filme é dolorosamente esfaqueado, normalmente nos momentos de maior suspense, para que o espectador seja obrigado a assistir os comerciais.
Essa propaganda “goela abaixo”, tão utilizada durante tanto tempo, pode ter efeitos até mesmo contrários aos planejados.
Traduzi livremente um trecho do livro “The next evolution of Marketing”, de Bob Gilbreath, que ilustra isso:

“A interrupção, por si só, é irrelevante.
Quando há uma interrupção abruta de uma dada atividade, nós estamos treinados a olhar através da interrupção e continuar aquilo que estávamos fazendo, pensando ou assistindo antes. Um estudo realizado por Moshe Bar, diretor do Laboratório de Neurocognição Visual da Escola de Medicina de Harvard, mostra que quando forçamos espectadores a assistir anúncios, na realidade estamos comprometendo nossas vendas. De acordo com Bar:
Experimentos em psicologia cognitiva demonstraram que quando as pessoas precisam ignorar um estímulo de forma a atingir outro objetivo, além de ficarem incomodadas, elas acabam realmente detestando a distração. E este aborrecimento é muito específico ao estímulo. Portanto, se estou interessado no placar de um jogo, mas sou forçado a assistir um comercial de um novo vinho merlot antes, é provável que criarei uma aversão àquela marca de merlot, o que proporcionará ao anunciante um efeito oposto ao pretendido.’”
Bob Gilbreath, em “The next evolution of Marketing”, com citação de Moshe Bar.

Isso ficou muito evidente no domingo passado, quando a Rede Globo interrompeu a transmissão do GP da Europa de Fórmula 1 e deixou de transmitir as imagens do pódio – diga-se de passagem, imagens das quais a Globo detém a exclusividade – para veicular comerciais dos patrocinadores da Copa do Mundo.
As pesquisas de Bar (confira este artigo) dizem que aqueles anunciantes estão criando uma imagem negativa na mente dos consumidores. De fato, o que você pensa na hora é: “Eu queria estar vendo a ‘festa do champagne’ ao invés dos comerciais da Coca-cola, Itaú, Brahma, Oi, Fiat e Olimpikus”.
Possivelmente, estas marcas estão gravadas na mente dos fãs da F1 como “aquelas que interromperam o evento que eu queria ver”. Nada bom…

Mensagens de Significado

Se interromper é inadequado, como uma empresa pode prender a tão disputada atenção do consumidor?
Simples: elabore uma mensagem que tenha algum significado para seu receptor. Seu cliente não quer saber de você. Ele quer saber DELE. Ele não compra de você para lhe ajudar. Ele compra porque ele quer satisfazer A SI PRÓPRIO. Ele não vai (e nem deve) trocar o dinheiro dele por algo que é bom para você, mas por algo no qual ELE vê valor.
Acho que isso deixa bem claro que para convencer um consumidor a escolher seu produto, você não deve falar do SEU ponto de vista, ou seja, enobrecendo O SEU produto, mas sim do ponto de vista DELE, das necessidades que ELE tem, dos desejos que ELE tem, das expectativas que ELE tem.
O segredo é falar COM seu cliente, SOBRE seu cliente. Uma mensagem com a qual ELE se identifique. Uma mensagem que ELE peça para continuar. Desperte nele a sensação de ter sido entendido e amparado para suprir suas necessidades. Uma conversa com SIGNIFICADO para ELE.
E adivinhe! Ao final desta conversa, seu cliente vai perceber que ele poderá alcançar algo significativo ATRAVÉS dos seus produtos ou serviços. Ele não comprará SEU produto, mas satisfará uma necessidade DELE através do seu produto.
Imagine como a “programação” que você fará na mente deste consumidor será diferente daquela das empesas que – DAMN IT!!! – me impediram de ver o pódio da F1!

Palestra no Social Media Brasil: Mídias Sociais para Empresas

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Hoje, 24/6, é o primeiro dia do Social Media Brasil.
O tema de minha palestra é “Mídias Sociais para Empresas – como partir da Estratégia e chegar à Execução com Sucesso”. Um nome grande, que reflete a extensão do assunto.
Com tudo o que vem sendo publicado sobre Redes Sociais (é rara a semana que um meio de comunicação importante não toque no assunto), muitas empresas estão se mobilizando para atuar nas Mídias Sociais,
É um movimento muito positivo para a maioria das empresas, mas conforme já discutido antes, é uma ação que deve ser realizada com profissionalismo – com muito estudo e planejamento.
”Sair fazendo” é muito arriscado, porque pode gerar desde efeitos pouco relevantes (melhor caso) até catástrofes para a imagem da empresa.

Tem que acreditar…

Já vi muitas empresas implementarem projetos olhando para o lado e copiando o que os outros estão fazendo.
Isso é muito comum quando chega uma ordem top down de alguém que ouviu um novo galo cantar e, do dia para a noite, decidiu que quer ter o brinquedo novo.
Se alguém perguntar sobre o projeto 2 anos depois, não é de se admirar que ninguém lembre do que se trata.
Projetos que nascem assim podem até gerar relatórios bonitos e – eventualmente – alguma promoção, mas normalmente não trazem benefícios significativos para a empresa – muito menos duradouros.
Um projeto de Mídias Sociais precisa ser absorvido pela empresa e comunicado claramente. Implica em envolvimento e capacitação de praticamente todos os funcionários da empresa.

Participe da discussão!

Acompanhe a discussão do Social Media Brasil – confira os slides da palestra no Prezi, no Slideshare ou ainda, assista ao vídeo.

Tendo participado do evento ou não, vamos continuar esta conversa através deste blog ou de qualquer outra forma de “socializarmos em rede”. Recursos para isso é que não faltam, então o que você está esperando?! Comente! 😉

Gerenciamento de Crises em Mídias Sociais

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Eu não sou o maior fã da Rede Globo. Muito menos do Galvão Bueno.
Que ele é uma figura arrogante e antipática não é nenhuma novidade.
No Orkut, são 129.525 pessoas em comunidade contra ele X 4.412 a favor*.
Agora, avaliando a atuação dos marketeiros da toda-poderosa emissora, percebe-se que eles estão preparados para gerenciar crises em mídias sociais.

A Crise “CALA BOCA GALVÃO”

Enquanto havia o controle do canal de comunicação (TV), o fato de 30 pessoas odiarem o Galvão para cada uma que o apóia não era um problema. A Fórmula 1 só passa na Globo, então quem gosta do esporte tem que engolir o dito cujo. Os gritos contra ele nos estádios são editados e só ficam os flashes de “Galvão, filma eu” (o assassinato à língua não me espanta).
Já nas Redes sociais, as coisas mudam. Não dá para exercer o poder e controle típico da Globo, e com isso o “CALA BOCA GALVÃO” foi parar no topo dos Trending Topics (TT) do Twitter desde o início da Copa e também no New York Times. A até agora não saiu da primeira posição!
Nem mesmo a tentativa de apelar para alguns “galãs” para plantarem um “FALA GALVÃO” funcionou.
Enquanto eram só as Redes Sociais, Globo e Galvão não se mobilizaram. Ele chegou até a declarar não saber o que é TT do Twitter!
Foi só o Brasil estrear na Copa e… BANG! Tá lá uma faixa, no meio da tela, com o “CALA BOCA GALVÃO”!
CALA BOCA GALVÃO
Aí “o bicho pegou”! “Invadiram o terreiro”!
A partir daí a Globo deu importância ao fato e tomou algumas ações. Efetivas, diga-se de passagem…
Driblou a faixa com cortes estratégicos. Estudou o estrago e planejou uma resposta que apesar de não convencer a todos (eu sou um dos “não convencidos”), foi bastante eficaz. Talvez MUITO eficaz, dadas as circunstâncias e a abrangência (global) do “movimento”.
O discurso foi bem preparado. Começou invocando a imagem de um ídolo imaculável (Ayrton Senna), carimbando o falecido como “amigo”. Apesar do Galvão adicionar sua pitada de arrogância mencionando seu filho [tentativa de chamar os twitteiros de crianças?], a decisão tomada foi correta: não negar (mais) os fatos, levar na esportiva e até tentar pegar uma caroninha.
Isso não tirou a frase dos TT do Twitter, mas aliviou a saia justa.
A Globo reconheceu o “movimento”, fugiu do confronto direto e com isso reduziu o stress da situação (na medida do possível, claro).
No geral, o gerenciamento da crise foi bem profissional e os resultados foram bons.
Isso mostra que grandes empresas (mesmo as mais tradicionais) estão se preparando para situações como essa, pois pode acontecer com qualquer um.
Afinal, a meteorologia pode errar – e nunca se sabe quando pode acontecer (ou não) uma #ChuveDeTwix em sua marca.
Mesmo sem ser fã, parabéns à Globo.
Mas por favor, CALA BOCA, GALVÃO!
* Considerando as comunidades das 2 primeiras páginas do Orkut em 16/6/2010.
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