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A TI está virando commodity?

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Commodities

Você consome, diariamente, produtos que são denominados commodity. Seu consumo acontece sem que você perceba – aliás, você só lembra que essa categoria existe durante ou após um período de privação desses produtos. Em situações normais, você provavelmente não costuma dizer coisas como:
– “Maravilha! Um toque no interruptor e a luz acendeu!”
– “Que bom! Está saindo água da torneira!”
– “Oba, hoje tem arroz!”
– “Hoje estou contente porque vou abastecer o meu carro!”

TI – a Tecnologia da Informação

Na última década do ano passado e na primeira deste século, a Tecnologia da Informação entrou de forma definitiva em nossas vidas. Entrou pela porta da frente, e tudo que era tocado pela magia da informática passava a ter um brilho especial. A TI trazia valor para os ambientes onde era adotada.
O manuscrito passou a ser digital, e as informações impressas de forma eletrônica eram, via de regra, consideradas muito mais precisas e completas do que aquelas escritas à mão.
Os profissionais de TI foram alçados a uma nova categoria de heróis, e termos como nerd e geek surgiram para definir este seleto grupo de iluminados capazes de domar as complexidades da tecnologia.
Hoje a tecnologia evoluiu tanto que crianças de 2 anos operam os últimos lançamentos do mercado de TI  enquanto seus pais procuram o manual (veja este vídeo).
Novos sistemas operacionais como o Jolicloud são instalados por leigos em poucos minutos, e a até então tarefa de instalar aplicações resume-se a alguns cliques, que crianças e idosos são capazes de realizar sem dificuldade e sem treinamento algum.
Além disso, a experiência do usuário passa a ser sempre a mesma, não importando qual aparelho esteja sendo usado pelo usuário, pois tudo (configurações e dados) está armazenado na nuvem.
As pessoas se conectam através de novas ferramentas sociais, pelo computador, pelo celular, pela TV, pelo videogame, pelo sistema computadorizado do carro…

TI = Commodity?

Da mesma forma que você não pergunta se o aço da carroceria do seu carro vem da China ou é nacional, ou que você não deixa de frequentar um restaurante pela marca do açúcar que ele compra, a experiência de TI pode começar a se tornar independente de alguns elementos básicos, como o hardware, os serviços de telecomunicações e rede, e até o próprio sistema operacional dos equipamentos.
Um consumidor moderno vai perguntar se o novo celular permite acessar o Facebook, o Twitter e o eMail. Se a resposta for afirmativa, a marca do aparelho ou o sistema operacional que ele roda… importam?
Tudo que está “embaixo” da verdadeira experiência do usuário passa a ser intercambiável e transparente (apesar de necessário), assim como a eletricidade, a água encanada e os bens de consumo mais básicos.
A qualidade destes commodities será praticamente uniforme, e o fator de decisão de compra será o mesmo de outras commodities: o preço.

E agora?

Se você trabalha com TI e ficou preocupado com essa constatação, acalme-se. O valor do século XXI está mais próximo das pessoas do que das máquinas, então se você quiser continuar trazendo valor para seus clientes, basta fazer esse mesmo movimento: aproxime-se das PESSOAS!

Empreendedorismo e Mídias Digitais

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Sábado foi um daqueles dias especiais. Estive em Olinda, a convite de Gil Giardelli, para realizar uma desconferência na Arena Virtual da Feira do Empreendedor do Sebrae-PE.
Além da linda vista e do excelente camarão na moranga que a cidade proporciona, curti a sessão da Juliana Lima sobre Geolocalização, e assim fui entrando no clima da Feira, que atraiu cerca de 20.000 pessoas em 4 dias!
Apesar do título comprido (Do Corporativo para o Mundo Digital: uma Oportunidade para o Empreendedorismo), o que procurei passar em minha apresentação foi algo simples: um pouco de inspiração para sair da zona de conforto (muitas vezes representada por um emprego fixo e estável) para tomar uma atitude empreendedora com responsabilidade.
Palestra-Sebrae-PE-2
Os slides da apresentação estão disponíveis aqui, mas como eles são muito visuais, vou reviver um pouco do que aconteceu na desconferência. (Sugiro que continuem lendo acompanhando os slides).
O primeiro ponto foi lembrar que precisamos nos abrir para novas visões. É assustadora a quantidade de gente que vive no “piloto automático” hoje, indo para o trabalho e voltando para casa sem nem perceber o que existe ao seu redor. Não é nada raro ver pessoas cumprindo tarefas sem saber aonde seu trabalho se encaixa no todo, sem ter a visão se a atividade é uma grande contribuição para a empresa e para a sociedade ou se o único impacto é gerar um relatório para cumprir metas. As ações são tão mecanizadas, que as pessoas precisam ser lembradas para “tomar cuidado com o vão” ao sair do metrô, pois já não olham mais por onde andam…
Mesmo num cenário onde tudo parece estar fora do lugar e sem espaço para a expressão individual, muitos ainda ficam com “medo de soltar a bóia”, porque por mais monótono que seja ficar a ela agarrado, ela transmite a segurança desejada.
Muitos vão trabalhar pela garantia de “pagar as contas”, sem “fazer as contas” para definir se “as contas fecham”, no sentido de trazer satisfação e bem-estar. A felicidade está nos benefícios que “as contas estão pagando” ou nos momentos que estão sendo deixados de viver em nome destas contas?
A decisão para “virar a chave” e tornar-se empreendedor pode ser importante, mas deve ser tomada com muita responsabilidade, pois não é uma mudança trivial.
Pedi para que as pessoas que já tivessem passado por esse processo levantassem as mãos. Foram muitos. Então pedi para quem tivesse achado fácil manter a mão levantada. Não sobrou uma. Por fim, perguntei quem preferia estar na situação que está hoje, mesmo após a difícil transição. E as mão todas voltaram ao ar!
Já que a transição não é fácil, como se preparar? Novamente a platéia ajudou com as respostas: “Planejamento” foi o primeiro requisito mencionado, e “aquisição do conhecimento” o segundo.
Alertei que o planejamento começa bem antes da ação: para deixar de ser funcionário e passar a atuar como empreendedor, você tem que fazer o seu “estoque”. ANTES da mudança você deve reduzir seus custos e começar a acumular um montante que vai permitir que você sobreviva enquanto sua empresa está saindo da inércia e acelerando. Conselho óbvio, mas que muita gente não faz.
Além disso, vale a pena ter uma conversa com você mesmo. Faça a sua análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), e leve em consideração aquilo que você considera ser seu DOM. Aquela atividade que você faz com brilho nos olhos, e que você sabe que pode fazer melhor do que a maioria. Vasculhe então os cenários onde este dom se encaixa, de forma a trazer valor para aqueles que serão os seus clientes.
Token de Inspiração - Golden CircleAs melhores decisões vão ser tomadas se você Começar pelo Porquê. Discutimos o Golden Circle do Simon Sinek e ficou claro que quando você foca no “o que”, seu diferencial terá que ser o preço (baixo), mas quando você coloca a seus clientes o seu “Porquê”, o valor é muito maior (e consequentemente, o seu lucro).
Com seu dom mapeado e uma missão pessoal bem definida, é hora de definir um cenário de atuação. Expliquei porque escolhi as mídias sociais, e creio que este vídeo deixe as razões muito claras.
Com tudo isso em mãos, é hora de definir a sua estratégia de atuação, se preparar e deixar claro para o mercado qual é o seu portfolio de produtos ou serviços. Um grande risco é a necessidade de “gerar caixa” fazer você aceitar trabalhos fora deste plano (e distanciar-se de sua estratégia e de seu planejamento). Por isso a necessidade do “estoque” mencionado anteriormente.
Foram 2 horas de desconferência e o público contribuiu de forma muito rica, fazendo observações e trazendo complementos e dúvidas, construindo um momento muito agradável. Tanto que retornei da bela cidade de Olinda já com vontade de voltar!
Não posso deixar de concluir este post agradecendo às pessoas que o fizeram acontecer de forma tão bacana: Gil Giardelli e a Gaia Creative (muitíssimo bem representada pela Cibele Silva), o pessoal super acolhedor do Sebrae-PE, os amigos Formagio, Beto Tercette e Juliana Lima (que não é a Paes #piadainterna) e Felipe Pimentel, que além de empreendedor e profissional de TI, ainda foi gente-fina de dar carona até o aeroporto!
E um obrigado especial a cada um de vocês que participou da desconferência. Vocês tornaram o dia especial!

O impacto das Redes Sociais no Brasil será igual?

Muitos que lêem* este blog já sabem do meu envolvimento com Redes Sociais. De fato, venho me dedicando a este tema e tenho procurado ler bastante sobre o assunto.
O detalhe, porém, é que a maior parte da literatura vem dos Estados Unidos; o que faz sentido, considerando que a maior parte da tecnologia que envolve esse “movimento” vem de lá.
A pergunta é: será que o impacto será igual? Apesar das tecnologias e dos sites serem comuns, será que em termos sociais temos alguma semelhança com o “país de origem” de Facebook, Twitter, Linkedin, e outros?

Diferenças entre Brasil e EUA

Alguns itens que me ocorrem durante uma reflexão de fim de domingo são:

  • Acesso à Rede
    Por mais que os números divulgados no Brasil sejam cada vez mais empolgantes em termos de crescimento, qual é a “qualidade” desse acesso? Será que a nossa massa de Internautas tem um comportamento similar ao dos norte-americanos?
  • Tipo de Consumidor
    Nos EUA, devolver um produto e pedir o dinheiro de volta é praticamente instantâneo. Aqui não acontece nada enquanto você não falar com umas 8 pessoas da empresa, tiver batimentos cardíacos a 120, telefonar para um advogado e ameaçar chamar a Polícia e a Imprensa. Falo por experiência: recebi um carro (zero) com defeito da FORD. Só trocaram depois de 5 meses de MUITO stress… por outro com OUTRO defeito! Isso não é o que mais me choca. O que me choca é que falei com MUITAS pessoas sobre isso e TODOS me recomendaram “deixar quieto”, dizendo que no Brasil as montadoras não trocam carros! Claro!!! Se o consumidor é passivo, prá que assumir esse ônus? A diferença está nas montadoras… ou no consumidor??
  • Tipo de Consumidor II
    Hoje é comum sites de comércio eletrônico disponibilizarem espaços para “reviews” dos consumidores. Tanto aqui quanto nos EUA. Então fiz uma busca por “XBOX” na Amazon e no Submarino. Resultado: 60 reviews de consumidores lá, 1 (um) review aqui. E vejam com seus próprios olhos a qualidade dos reviews. Comparem também a descrição do produto que a loja coloca no site, os dados técnicos.
    Fica muito mais fácil ser um “bom comprador” se você tem informações sobre o produto. Porque nós não temos? Porque a loja não quer fornecer ou porque nós não demandamos? Pela quantidade de reviews dos consumidores, a resposta fica muito clara para mim…
  • O brasileiro é mais social
    Alguém tem dúvida disso? Então passe um Carnaval nos EUA. Ok, pode tentar algo que lá seja mais popular, como o Halloween. Ainda restam dúvidas?
    O brasileiro é um povo reconhecidamente social. Mas para socializar, não para agir em rede. E quando se fala em redes sociais – principalmente para quem tem alguma intenção comercial nisso – esse tipo de ação (ou sua ausência) é um fator crítico de sucesso. O efeito de discutir uma novela no Orkut pode ser bem diferente daquele de discutir quais KPI’s você pode usar para monitorar o sucesso da sua estratégia de marketing digital. Mesmo que ambas discussões tomem o mesmo número de “horas conectadas em rede”.
  • Produção x Consumo
    Não leva muito tempo para quem começa a interagir com redes sociais descobrir que existe uma parcela muito menor de geradores de conteúdo do que de consumidores de conteúdo. A tecnologia hoje permite (teoricamente) transformar todos os usuários da Internet em “prosumers” (produtores e consumidores de conteúdo), porém parece que não é a “oportunidade” gerada pelas redes sociais que define isso, mas algo muito mais relacionado às características individuais de cada um, que vão desde a vontade de compartilhar informações até a capacidade de expressão. Será que nesse quesito também não existem diferenças entre as populações?

Acabou?

Claro que não!!! Com certeza existem muitos outros pontos para discutir, mas queria ouvir sua opinião. Por favor, compartilhe-a conosco através de um comentário neste post. Considero o assunto interessante demais para acabar no fim do post 😉
* De acordo com as novas regras de ortografia, este “lêem” não é mais acentuado. Como tenho até 2012 para me acostumar, peço licença para curtir essa grafia mais um pouquinho, tudo bem? 🙂

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