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Membro Embaixador do Campus São Paulo – a Google space

Ontem, 20/10/2016, foi um dia especial para mim.
Após cerca de 4 meses de convívio com esse espaço incrível que é o Campus São Paulo, fui agraciado com uma surpresa que me deixou muito honrado: o título de “Membro Embaixador” do Campus São Paulo – a Google space.
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Este reconhecimento já me deixou muito feliz, mas minha satisfação foi muito além do título em si. Olhar para o lado e ver uma dezena de embaixadores também apaixonados pelo conceito do Campus, sentir o espírito colaborativo de cada um deles, o brilho nos olhos e a vontade de fazer do Campus um lugar cada vez melhor – com a mesma paixão com que arrumamos nossa casa para receber amigos – é algo que não tem preço!
Fazer parte disso é uma honra. Ser recebido pela fantástica equipe que compõe o Campus e receber o carinho de cada um deles é um presente muito generoso que essas pessoas especiais nos proporcionaram.
Estou mais motivado do que nunca para falar sobre o Campus, mas hoje quero celebrar algo ainda mais especial: o fato de ver, finalmente, uma gigante de tecnologia mostrar que entendeu o espírito de Comunidade. O Campus já é uma expressão dessa visão acertada e genuína, mas o projeto de Membros Embaixadores estabelece um novo padrão na relação entre empresas e Comunidade. O time do Campus foi brilhante no conteúdo e na forma:

  1. Reconhecimento “now that”
    De acordo com Daniel Pink, o ser humano só desenvolve soluções criativas quando motivado de forma intrínseca. Ao contrário dos processos clássicos de motivação extrínseca (adotado pela esmagadora maioria das tentativas de motivar pessoas), que utiliza o modelo “if-then”, ou seja, “se você fizer isso, eu te dou aquilo”, o modelo “now that” – que visa a motivação intrínseca – reconhece um resultado após ele ter sido realizado. Se alguém realiza algo sem uma “cenoura” na frente, com certeza essa pessoa já está motivada (de forma intrínseca), mas quando esse tipo de reconhecimento chega (sem aviso prévio e sem nenhum “cumprimento formal de promessa”), a motivação é extremamente potencializada.
    Adivinhem se os Membors Embaixadores não estão com o medidor de motivação em 100% e mais um pouco… rs rs rs
  2. Obrigado. Gostaríamos que vocês continuassem fazendo o que já fazem
    Isso foi emocionante. Ouvir isso do time do Campus mostra que eles realmente estão 100% sintonizados com a Comunidade. Participam dela, convivem com as pessoas no dia-a-dia, conhecem os membros ativos pelo nome e por suas qualidades (e defeitos – alguns costumam esquecer o crachá, por exemplo… rs rs rs).
    Mais do que a participação ativa e genuína – coisa que está no sangue dos Googlers que gerenciam o Campus – a empresa mostra um profundo conhecimento e respeito pela dinâmica da Comunidade: não pediu nada em troca. Não colocou metas, receitas de bolo ou diretrizes para honrar o título de Membro Embaixador. “Só gostaríamos que vocês continuassem fazendo o que já fazem“. O peso (positivo) dessa frase é incrível. Ela carrega não só reconhecimento, mas é uma demonstração de confiança excepcional (e bastante rara no mundo corporativo). É como dizer: “Nós acreditamos naquilo que vocês acreditam. Nós confiamos nas ideias de vocês, e temos tanta certeza que vocês fazem coisas pelo Campus por paixão e de forma genuína, que estamos deixando vocês livres para fazerem o que vocês acham que é certo. NÓS CONFIAMOS EM VOCÊS“.
    Cá entre nós… você que tem uma relação de funcionário com sua empresa, quando foi a última vez que você ouviu isso de forma verdadeira? E que outra empresa diz isso para alguém que não tem nenhuma relação formal com ela? Pois é… o Google sempre levando os padrões para níveis mais altos…
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  3. Sem benefícios materiais pomposos
    Sim, você leu certo. Achei FANTÁSTICO que não tenha havido benefícios materiais de grande calibre. Nada de gadgets caros ou qualquer outro presente invejável que pudesse desviar a motivação intrínseca para algo extrínseco. Sim, rolou um “pin” lindo para colocar no crachá, um caderno tipo Moleskine de muito bom gosto (e de papel reciclado), uma camiseta, uma caneta e adesivos. Mimos para agradar sem extravagância. E isso foi simplesmente PERFEITO! Porque ponho minha mão no fogo que nenhum Membro Embaixador fez nada do que fez, ou fará alguma coisa no futuro, visando algum benefício material. Simplesmente não é essa a “pegada” de quem atua em Comunidade. Quem estimula a Comunidade através de presentes caros não entendeu absolutamente NADA de Comunidade. Voltando a Dan Pink, Comunidade é “now that”. Presente caro é “if-then”.
  4. Mi casa, su casa
    Acredito que todo Membro Embaixador já considere o Campus São Paulo uma extensão da sua casa. Ontem o time do Campus foi além. Chamaram-nos para dentro da casa deles, ou seja, nos levaram para o seu escritório, aonde o pessoal coloca as fotos da família, para nos agraciar com o título. Fizeram com que nos sentíssemos ainda mais em casa. Fizeram-nos sentir – ainda mais – parte do Campus. E para quem não ainda não conhece o Campus, eu faço questão de apresentar. Afinal, “mi casa, su casa”.
  5. Escolhas com muito “feeling”
    Aqui vou falar dos outros Membros Embaixadores. Conhecia alguns, outros já tinha visto, outros nem conhecia. A prova cabal que eu estava envolto de gente com espírito de Comunidade veio quando a “Ká”, ao agradecer pelo reconhecimento, já começou a pensar nas pessoas da Comunidade que não receberam o título. Ela se preocupou em analisar como se comportar para que ninguém se sentisse excluído, para garantir que essas pessoas vejam nesse título muito mais uma motivação do que um não-reconhecimento por quem eventualmente não o obteve. Eu achei INCRÍVEL. Era o dia de celebração da pessoa, mas ela continua pensando nos outros. Tem como imprimir mais “Kás” em impressora 3D, por favor?!

Como vocês perceberam, o Campus São Paulo é um espaço com muitas surpresas. A magia do local é tão grande que não caberia num post, então prometo que vou retomar o assunto com frequência para compartilhar o máximo que eu puder sobre esse projeto maravilhoso que é o Campus.
Estou muito feliz e honrado.
À equipe do Campus, MUITO OBRIGADO!!! 🙂 🙂 🙂

Google I/O 2016

Este ano consegui realizar algo que há tempos desejava muito: participar de um Google I/O.
As expectativas mal cabiam na mala. Lá vamos nós para a Califórnia, San Francisco Bay Area, Vale do Silício…

Prólogo

Eu ainda não conhecia o Vale. Fiquei impressionado com a região!
Só como exemplo, visitei a “California Academy of Science” e os monitores do local davam um show de conhecimento e didática. O que achei muito diferente, porém, estava do outro lado. Um público extremamente interessado no conhecimento, acompanhando as explicações (nada superficiais), entendendo tudo e fazendo perguntas inteligentes.
Isso me fez lembrar do que presencio no museu “Catavento” recorrentemente (e que me deixa muito triste). Pais que levam as crianças lá como se fosse um playground. Ao invés de ler e explicar as experiências para os filhos, os deixam rodar as manivelas de forma bem pouco cuidadosa, colocando em risco não só o próprio filho, mas também a instalação do museu. Conhecimento adquirido? O mesmo de rodar um registro de água na rua…
O material humano do Vale do Silício é realmente de primeira linha. Não dá vontade de voltar, ainda mais considerando o atual momento de irracionalidade do Brasil.

O evento

Gostei do keynote. O Google apresentou o “Google Assistant“, que se propõe a utilizar toda a inteligência que a empresa tem em seu motor de busca para ajudar as pessoas a realizar atividades do dia a dia. Onde ele se diferencia do Siri ou do Cortana? Ele tem o Google por trás. Aquilo que todo mundo faz, de sacar o celular e pesquisar no Google o termo ou a informação que surgiram na discussão, o Google Assistant faz para você, com velocidade e conforto.
O “Google Home” também vai além do “echo” da Amazon. Ele é a versão em hardware do Google Assistant, e sua proposta é a integração com toda a sua casa. Nos stands do evento, foram demonstradas muitas soluções de automação residencial que podem ser controladas, por voz, através do Google Home.
Allo” vem para incomodar o Whatsapp. Muita inteligência artificial por trás dele, para que você, além de conversar com seus amigos, tenha sempre o motor do Google Assistant para ajudar durante a conversa, como um “concierge” de informações. Boa proposta, mas que vai enfrentar um degrau bastante alto para conquistar o mercado de troca de mensagens. Por outro lado, o nome Google deve ajudar.
O Android “N” não chegou a trazer novidades radicais, mas arrancou de todos uma expressão de alívio com o anúncio do fim daquele momento “otimizando aplicativo 3/96” quando você precisa usar o telefone…
Meu prognóstico para o nome? Nutella, claro!!!
Outra coisa que gostei muito foi o anúncio das “Instant Apps“. Com esse recurso, você não precisa instalar a aplicação para utilizá-la. Somente os componentes necessários são automaticamente baixados, sem a necessidade do processo de instalação. Esse recurso me fez até pensar em migrar o DESQUEBRE, que é uma aplicação híbrida, para nativa, pois ela se encaixa perfeitamente nesse conceito.
As sessões? Falarei mais tarde sobre as sessões…

A mudança

A mudança mais radical do evento foi o local. Do tradicional Moscone Center em San Francisco para o Shoreline Amphitheatre em Mountain View. O evento passou a ser ao ar livre, num clima de festival. Houve shows e música à noite, em instalações que davam um ar de “rave” ao evento.
Apesar de muito bem-vinda no conceito, essa mudança trouxe alguns problemas. Após o keynote, formaram-se filas muito, mas muito grandes para assistir às sessões. E o sol estava castigando. Os bebedouros secaram. E muita gente ficava para fora porque as salas, subdimensionadas, lotavam rapidamente. Isso impossibilitou assistir mais do que 2 ou 3 sessões por dia, o que foi um ponto extremamente negativo do evento. Frustrante, eu diria.

As sessões

Pois então. Não pude entrar em muitas, por conta das filas. Estava super ansioso para me atualizar sobre o Design Sprint e saber como ele vem sendo aplicado, mas somente quem passou muito tempo ao sol quente, na fila, conseguiu essa proeza.
Das poucas sessões que consegui assistir, o que achei interessante foi o enfoque no Firebase como solução para criar aplicativos de forma simples e rápida. O modelo “real-time” do banco de dados do Firebase é realmente interessante, e para quem quer desenvolver uma solução de chat, por exemplo, é “killer”.
Também não consegui fazer “Code Labs” porque… tinha que ficar em alguma fila se quisesse assistir alguma sessão. O Google precisa rever completamente essa questão, pois esse fator prejudicou demais o evento e seus participantes.

O networking

Fantástico. Conversei com muita gente boa sobre uma proposta que pretendemos trazer através do Google Business Group São Paulo: o Startup Journey. Vale acompanhar o meetup do GBG São Paulo se você se interessa pelo tema.
Além disso, deu para conhecer algumas pessoas e rever muitas outras, porque a um certo ponto, a galera acabava desistindo de ficar nas filas e preferia investir o tempo em socialização e networking.

A cereja [faltando] no bolo

Uma tradição do Google I/O é a distribuição de gadgets para os participantes. Ao decidir se investia ou não na minha ida ao I/O (em fase de grana curta e estabelecimento de uma empresa), o argumento de um amigo me motivou: “você recupera a grana do ingresso só pelos gadgets que eles dão”.
Pois bem… este foi o primeiro ano de Google I/O sem brindes!
Como tuitei na hora que fiquei sabendo disso: o Google I/O virou Google “o-oh”. Nada de brindes. Ninguém foi para lá só por causa dos brindes, mas todo mundo tinha essa expectativa. Grande frustração.

Epílogo

O evento foi bom, mas bastante decepcionante para mim.
Esperava conseguir participar das sessões que tinha me planejado antecipadamente e esperava conseguir absorver mais informações e conhecimento.
O sol escaldante do primeiro dia e o frio congelante do último nos expuseram a um “desafio de sobrevivência” e trouxeram desconforto e dificuldades para tirar proveito do evento.
A menos que o Google demonstre de forma muito taxativa que os problemas de logística serão resolvidos nas próximas edições, não consigo me entusiasmar em realizar o investimento necessário para participar novamente de um evento desse (os custos no Vale são muito altos), nem recomendar para meus amigos que o façam.
 

E se o Google produzisse café?!

Google é uma empresa incrível. Aos poucos, ela se aproxima da Apple em termos de Market Capital e acredito que em breve, a fantástica fábrica de anúncios assuma o posto de maior empresa de tecnologia do mundo.
O que faz o Google ser tão diferente? Talvez uma única palavra: informação.
Google é uma empresa totalmente data-driven, uma das poucas do mundo que pode ser definida ao ler sua missão: “organizar as informações do mundo e torná-las acessíveis”*.
Isso significa que as decisões no Google são tomadas com base em dados. E a empresa é obsessiva em coletar e analisar dados. E por mais que existam as infindáveis discussões em torno do tema privacidade, isso pode ser melhor para você do que você imagina (continue lendo e entenderá).

De onde vem essa obsessão?

Com certeza, de seus fundadores. O Google é um tremendo exemplo de como deve nascer uma startup. Larry Page e Sergey Brin começaram seu negócio acreditando serem capazes de criar algo formidável, e o primeiro passo para isso foi… ESTUDAR!
Sergey tem 2 faculdades, um MBA, fez mestrado em Stanford e conheceu Larry no doutorado, também em Stanford. Ao contrário do que rezam alguns “startupeiros de ocasião” – com muito comodismo e auto-indulgência – estudar é algo fundamental para ter sucesso. Não acredite na falácia que Jobs e Gates abandonaram a faculdade (até porque antes disso, eles estudaram muito mais do que muita gente com diploma e MBA). Quem acredita que só talento, motivação e vontade são suficientes para o sucesso pode voltar para seus livros de auto-ajuda, porque sucesso de verdade demanda muito estudo, muita dedicação e muito SUOR. Esse, aliás, é outro ponto importante. Larry e Sergey arregaçaram as mangas e começaram a trabalhar, ELES MESMOS! Nada de “eu tenho uma ideia”, nada de “vamos procurar um investidor”, nada de “a gente contrata um dev”. Fundador que é fundador vai lá e faz!

E o que isso tem a ver com café?

Absolutamente nada. Foi um devaneio meu enquanto moía café. Sim, eu compro café em grãos e moo. É divertido controlar o tempo de moagem e ver o resultado. Se moer pouco, o pó fica grosso e o café sai muito rápido. Fica bem mais fraco e não forma aquela espuminha charmosa do espresso. Se moer demais, o pó fica fino e dá dó de ver a máquina “fazer força” para gotejar o café, que também perde a espuma e fica com um gosto meio “queimado”. O tempo ideal costuma ser entre 30 e 40 segundos (no meu moedorzinho velho) e varia com a marca do café. Para cada marca, tenho que fazer uns “testes” para ver se aumento ou diminuo um pouco o tempo. Como disse, é divertido.
Voltando ao link com o Google, enquanto fazia isso (esperei 37 segundos), fiquei pensando como as empresas tomam esse tipo de decisão. Quanto tempo elas moem seus cafés?
Foi quando me perguntei: como seria se o Google produzisse café?

Produzindo café

Imagino que uma empresa normal controle algumas variáveis do processo de produção de café: tempo de secagem, torra, moagem, etc. Provavelmente, estas empresas fazem uma dezena de testes com parâmetros diferentes para cada processo e optam pelo melhor resultado.

E o Google?

Talvez Sergey e Larry não se satisfaçam com somente 10 variações em meia dúzia de parâmetros. No processo de pesquisa do “Google Coffee”, tudo seria monitorado – da germinação da semente ao escorrer do café para a xícara. Seriam instalados sensores na plantação, nas máquinas de colheita, nas máquinas de secagem e moagem…
O Google também utilizaria técnicas empíricas para começar a pesquisa e desenvolvimento do “Google Coffee”, mas somente para gerar os dados iniciais para alimentar os algoritmos que analisariam as variações de cada uma das milhares variáveis analisadas. Esses algoritmos gerariam os melhores parâmetros, que seriam re-introduzidos no ambiente físico de pesquisa, dando origem a diversas iterações de evolução do produto.

Então o Google Coffee seria facilmente copiável?

Uma vez definidos esses parâmetros, bastaria o acesso a eles por um concorrente e o produto perderia seu diferencial, certo?
Erradíssimo!!!
Outro valor fortíssimo no Google é a diversidade. A empresa respeita DEMAIS as diferenças entre os indivíduos, tanto que pessoas que não tenham essa característica dificilmente se mantém por muito tempo na empresa. Juntando essas obsessões (dados + diferenças), a próxima etapa seria a de CUSTOMIZAÇÃO do Google Coffee a você.
Sim, com todo co controle da produção, e conhecendo o seu gosto com a mesma precisão aplicada às técnicas de produção, o Google seria capaz de produzir um café exclusivo para você. Um café que você (e somente você) consideraria O MELHOR DO MUNDO. E bastaria você dizer: “OK, Google! Está acabando o café!” e este café “com a sua cara” seria entregue em sua casa. Pode ser até que você nem precise avisar o Google…
E você nunca imaginou que um “cookie” poderia te proporcionar o melhor café do mundo, imaginou? 🙂 🙂

* Durante uma palestra há algum tempo, com o intuito de mostrar que as declarações de missão das empresas são meros clichês corporativos, apresentei a “missão” de uma grande corporação como sendo a missão de um prostíbulo. Todos os participantes concordaram que o texto estava adequado ao negócio.

Meu primeiro dia na Google

Dia 2/6/2014 foi meu primeiro dia na Google. A empresa tem fama de ter um ambiente extremamente descontraído e muitas regalias, mas na verdade… bem, na verdade é tudo verdade!!!
ImageMesmo já tendo trabalhado em grandes empresas de tecnologia, nunca tinha visto uma estrutura e um clima tão… tão… tão Google!!
Não estou falando só do café da manhã no estilo “hotel 5 estrelas” servido diariamente, nem do almoço do mesmo nível – e grátis – para quem trabalha aqui. A Google provê todos os recursos que o funcionário precisa, e logo no primeiro dia fica claro que ter você trabalhando de forma eficiente é a coisa mais importante. Tudo reflete um clima de produtividade à base de criatividade e motivação – da decoração do escritório até o estilo das pessoas. Já cruzei até com funcionário andando descalço pelo escritório. A frase que li durante o processo seletivo: “não importa o que você veste, importa o que você é”, não é só para fazer média: é o dia-a-dia na Google.
Ok, a empresa é linda, bate palminha, fala “mamãe”, mas quero também compartilhar com vocês o que vim fazer aqui.
O cargo é “Google Business Groups Lead“, mas imagino que isso não explique muita coisa…

O que é um Google Business Group (GBG)?

A definição mais cuImagerta é: “GBGs são Comunidades de profissionais de negócios que se reúnem para compartilhar conhecimento sobre o uso de tecnologias Google para  o sucesso do negócio“.
Em outras palavras, meu desafio é identificar profissionais interessados nestas discussões, e oferecer apoio para que eles realizem encontros, eventos, desconferências, discussões e outras iniciativas – online e offline – sobre o uso de tecnologia Google em suas empresas.
Minha empolgação não poderia ser maior: há tempos eu acredito num modelo de 3 pilares para as interações sociais nas empresas: Comunicação Externa, Redes de Colaboração Interna e Comunidades. Não é segredo que este último pilar é meu “xodó”, e espero conseguir mostrar que tudo isso não é só teoria. Para isso, precisarei contar com a ajuda das fantásticas pessoas que compõem as Comunidades, sempre dispostos a compartilhar conhecimento através da interação humana. Se você tem este espírito e se encaixa no perfil de um membro ou líder de GBG, entre em contato comigo!
Em breve devo voltar com informações mais precisas sobre o trabalho aqui, e espero que as novidades sejam tão excitantes quanto estes primeiros dias na empresa!

ReTweetspectiva 2011 – Parte 2 (Mídias Sociais)

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Ontem publiquei os Tweets da ReTweetspectiva 2011, na categoria Sociedade & Comportamento.
Confira hoje os Tweets mais interessantes de 2011 na categoria Mídias Sociais.
(Amanhã e depois de amanhã serão postados os Tweets das categorias Mundo Corporativo e Tecnologia & Comunidade Técnica).

  • Transparência em tempos de Mídias Sociais: “Minha vida é um facebook aberto” (2/1)
  • ROI é uma relação matemática, um número. Se você ainda não sabe qual é o retorno desejado, defina isto antes de perguntar sobre esse número. (17/1)
  • @Jana_Bernardes “Quem deve assumir as Redes Sociais de uma empresa?” Se alguém tem q “assumir”, é pq a empresa não está em Rede, concorda? (22/1)
  • Empresa fala: “Compre!” – você dá de ombros. Consumidor fala: “Não compre!” – você corre prá ver. #midias #sociais #socialcast (29/1)
  • Mídias Sociais dão trabalho porque as mensagens são efêmeras. E às vezes explosivas. (17/2)
  • Se estas manifestações derrubarem as ditaduras políticas, será que surgirão novas, para derrubar as “ditaduras econômicas”? #RedesSociais (19/2)
  • É normal falarmos muito bem ou muito mal das coisas aqui no Twitter. Não tem muito sentido dizer “o sabonete que usei hoje é razoável”, tem? (19/2)
  • Tiro sai pela culatra, a campanha vira fiasco e zombaria e a desculpa é q “pelo menos estão falando da marca”. Poupe-me… (4/3)
  • Uma imagem vale por 1000 palavras porque as pessoas associam 1000 palavras que vc escreve à sua imagem no Twitter (10/3)
  • Os consumidores estão aprendendo a usar mídias sociais muito mais rápido (e melhor) do que as empresas. Vide os casos Brastemp e Renault. (13/3)
  • Parabéns pelo seu novo emprego!!! Agora vc é socialmedia manager de vc mesmo! #personalbranding (15/3)
  • Mentalidade d pagar por tweet é totalmente Broadcast. Mídias Sociais são + eficientes pelo engajamento do q pelo Broadcast (31/3)
  • Comemore a perda de seguidores no Twitter. Isso indica aumento da relevância de sua “real audiência”. (7/4)
  • Para cada campanha “Siga no Twitter e concorra a…” morre um Panda. Se o prêmio for iPad, morrem dois. (18/4)
  • Qdo 2/3 ds empresas no BR dizem estar presentes nas mídias sociais,pergunto-me o q a maioria entende por “estar presente nas mídias sociais” (24/4)
  • Se escola/professor bloqueiam acesso à Internet na sala é pq não conseguem ser mais interessantes do q a Rede (nem trazer mais valor). (27/4)
  • Ser popular não significa ser influente. O broadcast te torna popular; o socialcast, influente. (9/5)
  • O Facebook já proibiu sorteios por “Like”. Bem que o Twitter podia proibir “Dê RT e concorra” né? Multa dupla se for iPad. (30/5)
  • Não tuite demais, para não cair no filtro de indiferença. #PKM #saraudeideias (30/5)
  • Empresas que não acompanharem (mídias sociais) parecerão idosos jogando futebol com adolescentes. (2/6)
  • Fico um pouco offline, ligo o rádio e o que ouço? Twitter,Orkut, Facebook… (7/6)
  • Broadcast é bom pela abrangência. Socialcast é bom pela influência. Rafinha é broadcast, @briansolis é socialcast. (10/6)
  • Viral? Viral é broadcast disfarçado de socialcast… (10/6)
  • Cada vez que alguém sorteia alguma coisa no Twitter morre um Panda. De tédio. (12/6)
  • Quando vejo pesquisas dizendo que 70% das empresas usam mídias sociais no BR, pergunto-me quem eram os 100%… #prontofalei (17/6)
  • Quer ver pararem c/ essa história de calcular ROI de Socialmedia? Peça p/ a empresa mostrar como foi calculado o ROI de qquer outra coisa… (25/6)
  • Quem quer se vender como guru em Redes ainda não entendeu as Redes. (28/6)
  • Campanha online boa é aquela que não precisa de sorteio para atrair. (5/7)
  • Se mídias sociais são bloqueadas, maus funcionários voltam a enrolar como antes, ou criam novos meios. O pior cego é o que não quer ver… (5/7)
  • Quer resultado no online/socialmedia? Peça um planejamento sem sorteio/concurso. Filtra mais do que Melitta – não, esse tweet ñ foi pago 🙂 (7/7)
  • Siga-nos no Twitter: uma nova maneira de dizer: “não entendemos nada, mas vamos fingir que está tudo OK” (11/7)
  • Curta a nossa fanpage é o novo “um trocado, por favor?” (13/7)
  • Nas mídias sociais, ao abordar assuntos relativos à empresa em que você trabalha, identifique-se como funcionário. É polido e transparente. (25/7)
  • As empresas precisam entender que responder mensagens no Twitter não é resolver o problema… (26/7)
  • Pelo contrário… mostrar que monitora redes sociais mas não tomar atitudes REAIS, só mostra modismo, descaso e desrespeito pelo consumidor. (26/7)
  • E esses virais hein? Beneficiam mais as agências que os fazem ou os clientes que pagam a conta? #prapensarE esses virais hein? Beneficiam mais as agências que os fazem ou os clientes que pagam a conta? #prapensar (2/8)
  • Se você não é social no off, não adianta tentar ser no on – @glebeduarte (12/8)
  • Esta é uma mensagem automática. Por favor, não responda. Parece piada, mas isso vem de um canal de “atendimento” de 1 empresa grande… (14/8)
  • Quando é que as empresas vão deixar de fazer broadcast em canais destinados ao socialcast? (14/8)
  • Tudo o que é demais incomoda. Personal Branding não é exceção. (20/8)
  • Não confundir “engajamento com a campanha” com “engajamento com a marca”. Se não tiver o segundo, não tem ROI. (22/8)
  • Nota mental: ROI é medido em DINHEIRO que entra no caixa, não em Pageviews, Retweets, Likes, Seguidores, bla, bla, bla… (22/8)
  • O Twitter é um Rádio por escrito. (30/8)
  • Auto-elogio: uma boa forma de perder a relevância. Vale para pessoas e para empresas. (9/9)
  • Laranja madura na beira da estrada / Tá bichada, Zé, ou tem marimbondo no pé Pense nisso antes d investir em socialmedia (24/9)
  • O “engajamento” por sorteio ou “concurso cultural” em mídias sociais acaba no instante em que o prêmio é entregue. (28/9)
  • Ah, se publicitários vendessem tão bem o produto de seus clientes quanto vendem as suas agências… (29/9)
  • E ainda tem empresa grande caindo na do “vamos soltar um viralzinho”… Até quando? (14/10)
  • Uma nova versão p/ “me dê um RT que eu te dou um pirulito” –> “bata minha métrica q eu te dou um pirulito” SM d 3o. mundo (20/10)
  • Se vc compartilha mais conteúdo do que sua audiência consegue consumir, vc se torna irrelevante. Seja um bom filtro. (30/10)
  • Qdo a pessoa entra em contato pelo Twitter, não é hora da empresa querer ganhar métrica pedindo para ela seguir. Resolva antes o problema! (2/12)

Microsoft atropelada pelo Linux na Inglaterra?

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A gigante americana deu uma de turista em visita a Londres.
Ao atravessar a rua, continuou fazendo as coisas da forma que estava acostumada a fazer (e com sucesso), bastante segura de si.
Foi tragicamente atropelada porque estava olhando para o lado errado. Em Londres, os carros vêm pelo outro lado.
Enquanto pensava em “atravessar a rua” tranquilamente com o Windows rodando em 89% dos PCs, sem considerar os menos de 2% do Linux uma ameaça, a empresa continuou fazendo mais do mesmo. Olhando sempre para o mesmo lugar.
Só que ela não viu o Linux vindo de um outro lado, com outro nome: Android.
Um piscar de olhos e “BUM“!
O novo cenário (mobile), talvez o mais importante daqui pra frente, estava dominado pela Google. Enquanto o Android festeja a conquista de 44,9% do mercado (crescimento de 358% em 1 ano), o sistema da Microsoft amarga uma queda de 53%, reduzido a 2,8% do mercado.
Apesar do estrategista-chefe da Microsoft (Craig Mundie) não acreditar, os tablets vêm fazendo a diferença e vêm tomando o espaço dos PC’s, de mãos dadas com os smartphones.
Mesmo para atividades mais complexas, acessórios como o lapdock prometem cobrir o “gap”. Não é à toa que as vendas de PC estão caindo.
Potência? Só questão de tempo. E pouco! Em menos de um ano estaremos falando de tablets/smartphones com 4 núcleos. É mais potência do que o PC que estou usando (ainda) para escrever este post (e que diga-se de passagem, tem somente 1,5 ano).
Quem não percebe que o cenário muda é atropelado. Evite que isso aconteça com você!
Ah… e se estiver pensando em viajar para Londres, não se esqueça: LOOK RIGHT!

O risco das previsões no mercado de Tecnologia

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Há poucos dias, o estrategista-chefe da Microsoft, Craig Mundie, declarou que os tablets devem ser somente uma febre passageira.
Previsões deste tipo no mercado de Tecnologia da Informação são sempre muito arriscadas, porque em TI tudo muda muito rápido. Basta considerar, por exemplo, que o iPhone não existia até a metade de 2007. Hoje, desde crianças até idosos desejam e usam o aparelho. Passaram-se menos de 4 anos do dia em que muitos analistas consideraram loucura uma empresa de computadores atuar no mercado de celulares.
O iPad foi lançado há pouco mais de um ano. Lembro claramente a quantidade de “nerds” criticando o novo aparelho, chamando-o de “iPhone de Itu” e criticando suas características técnicas inferiores às de um PC. Talvez o iPad não seja mesmo para nerds que buscam cada quinhão de desempenho de seus superprocessadores. Talvez o iPad seja para seres humanos comuns, que simplesmente querem um equipamento para ajudá-los em suas atividades. Sem se preocupar com tecnologia. Afinal, tecnologia boa é aquela que você nem percebe que está usando.
Neste cenário, a declaração de Craig Mundie acaba sendo infeliz independente de como a novela terminar. Vamos analisar as 2 hipóteses:

1. Tablets são só uma febre passageira

Isto é ruim para a Microsoft por 2 razões:

  • A Microsoft não demonstrou agilidade para tirar proveito dessa febre, pois se ela é passageira, a Apple já faturou tudo (ou quase tudo: 83%).
  • Para não ficar (muito) para trás, a Microsoft está trabalhando com alguns fabricantes (HP, Asus, Dell) para lançar soluções para faturar com a febre (Slates). Está também soltando informações sobre o Windows 8, dando a entender que ele suportará tablets. Porém, se é só uma febre, todo esse esforço será em vão e os usuários do Windows terão que pagar por um custo de desenvolvimento que será enterrado com o passar da febre.

2. Tablets não são uma febre passageira

Neste caso, a técnica de Mundie pode ter sido de “desqualificar a concorrência”, tentando jogar areia no discurso “tablet” e tentando frear o avanço da Apple (e Google), enquanto sua empresa não apresenta uma resposta à altura.
Isso é ruim para a Microsoft por outras 2 razões:

  • Quando a Microsoft tiver sua solução para tablets, será que Mundie aceitará voltar atrás, assumindo uma visão míope? Ficará no mínimo estranho dizer: “quando meu concorrente fez algo antes de mim, era febre passageira, agora que eu estou fazendo, é o futuro”. Não que isso seja um problema para a Microsoft (às vezes ela faz isso com seus próprios produtos), mas com certeza, bom não é.
  • O mercado já estará tomado quando a Microsoft mudar de visão. Empresas já estão comprando iPads e tablets com Android e aplicações já estão sendo desenvolvidas para estas plataformas. A Microsoft já conseguiu reverter cenários assim 10 anos atrás (Explorer x Netscape), mas será que ela ainda tem todo esse poder? O jogo não é exatamente o mesmo, porque estamos falando em “era pós-PC”.

Conclusão:

De novo: em TI, previsões para o futuro são muito arriscadas. E quanto maior é o “vidente”, maior o risco. Um detalhe e o jogo muda. Quem diria, 5 anos atrás, que a Nokia se encontraria na situação de hoje, declarada como “uma plataforma em chamas” pelo seu próprio presidente? Outra: enquanto todos esperavam um sistema operacional da Google e olhavam para o Google OS, poucos perceberam que o sistema não era esse, mas sim o Android!
Estas mudanças estão sendo muito rápidas, e as empresas que têm mostrado agilidade estão se mostrando vencedoras. Tão vencedoras, que estão até mudando as regras do jogo na Nasdaq, de tanto que as ações da Apple subiram. Porque Jobs não fez previsões. Ele deu vida às suas visões.

Net Neutrality: Liberdade em risco?

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A semana começou com as discussões envolvendo Google e Verizon sobre Net Neutrality.

E o que é Net Neutrality, afinal?

Este conceito é o que faz da Internet o que ela é hoje: um ambiente democrático onde todos têm total liberdade de expressão. Na rede, somos todos iguais. Meu perfil no twitter tem direito aos mesmos 140 caracteres que o do Presidente da República. Posso assistir no Youtube os mesmos vídeos que um executivo indiano ou um aluno canadense. Posso baixar a mesma versão de um software livre que se pode baixar em um telecentro ou em uma lan-house.
Além disso, se eu e você contratarmos conexões à Internet com a mesma taxa de transmissão (2 MBit/seg, por exemplo), devemos poder nos comunicar – entre nós – a esta taxa*.
Para completar, as empresas que fornecem acesso à Internet não devem bloquear ou limitar o fluxo de informações de acordo com sua natureza. Por exemplo: um provedor não pode impedir que um usuário, ao digitar o nome de um provedor concorrente em seu browser, acesso o site do concorrente. Mais do que neutralidade, nesse caso estamos falando em ética, concorda?

E o que está em risco?

Apesar da Google ser uma das maiores defensoras da Net Neutrality, esta semana a empresa manteve discussões com a Verizon para atuar de forma diferente nas conexões wireless. A proposta é implementar serviços com níveis de qualidade diferenciados, onde quem pagar mais receberá as informações com prioridade.
Note que é diferente de pagar mais para uma taxa de transmissão maior. Estamos falando em pagar mais para ter maior prioridade na rede. É como implementar uma via pedagiada onde você pode andar a 120 Km/h, enquanto na não-pedagiada (com as mesmas características técnicas), o limite é 90 Km/h. Você já viu esse filme em algum lugar, né? Gostou?
Provavelmete haverá duas correntes para esta resposta: a dos mais abastados, achando que é justo – afinal estão pagando – e a dos menos abastados achando que a medida estratifica a sociedade em grupos de quem pode e de quem não pode.
A grande verdade é que se hoje somos todos iguais na rede, a quebra da Net Neutrality passa a permitir que uns sejam “mais iguais” do que os outros.
Se o poder econômico começar a ditar a prioridade para acessar a informação, ou pior, permitir até mesmo o bloqueio de tráfego que não seja interessante do ponto de vista econômico, podemos perder nossa maior conquista do século XX – a Internet e a sua liberdade de expressão intrínseca.
Claro que o que move todo esse movimento são interesses econômicos. Uma empresa de telefonia, por exemplo, pode cobrar dezenas de reais por um minuto de ligação para o exterior. Tecnicamente, os bytes que trafegam entre os países são exatamente os mesmos que trafegam via Skype, sem custo adicional para quem já paga a conexão à Internet (muitas vezes para a mesma empresa de telefonia). Sem Net Neutrality, este tráfego poderá ser limitado, ou até mesmo bloqueado, para garantir a gigantesca margem de lucro antes praticada para este serviço. O benefício da inovação e da tecnologia, até agora desfrutado pelo cidadão comum, será confiscado pelas empresas e tarifado com o mesmo peso do passado.
Os grandes provedores podem passar a cobrar uma tarifa “premium” para liberar o serviço – um verdadeiro pedágio numa infovia onde antes trafegava-se de graça. E não há margem para alegar que somente a venda do acesso à Internet não garante a sobrevivência dessas emrpesas, porque até pouquíssimo tempo atrás todos queriam este filão.
O grande problema é – de novo – a centralização, a concentração de poder. Enquanto eram muitos provedores pequenos, havia competição. Com as tão badaladas “mega-fusões”, o oligopólio se re-estabeleceu e a linha divisória entre os que têm e os que não têm volta a ser riscada de forma coronelista. O que era concorrência virou conferência…
Como fica o futuro das mídias sociais se aquele garoto que quer se expressar “xingando muito no Twitter” tiver que pagar para ter seu tweet publicado?
Você não acha que temos fazer um movimento aqui também, pela Neutralidade da Rede Brasileira?
* Normalmente os contratos com provedores garantem uma fração da taxa nominal e possuem valores distintos para o upload e download.

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