[tweetmeme source=”lucianopalma” only_single=false]
Sábado foi um daqueles dias especiais. Estive em Olinda, a convite de Gil Giardelli, para realizar uma desconferência na Arena Virtual da Feira do Empreendedor do Sebrae-PE.
Além da linda vista e do excelente camarão na moranga que a cidade proporciona, curti a sessão da Juliana Lima sobre Geolocalização, e assim fui entrando no clima da Feira, que atraiu cerca de 20.000 pessoas em 4 dias!
Apesar do título comprido (Do Corporativo para o Mundo Digital: uma Oportunidade para o Empreendedorismo), o que procurei passar em minha apresentação foi algo simples: um pouco de inspiração para sair da zona de conforto (muitas vezes representada por um emprego fixo e estável) para tomar uma atitude empreendedora com responsabilidade.
Os slides da apresentação estão disponíveis aqui, mas como eles são muito visuais, vou reviver um pouco do que aconteceu na desconferência. (Sugiro que continuem lendo acompanhando os slides).
O primeiro ponto foi lembrar que precisamos nos abrir para novas visões. É assustadora a quantidade de gente que vive no “piloto automático” hoje, indo para o trabalho e voltando para casa sem nem perceber o que existe ao seu redor. Não é nada raro ver pessoas cumprindo tarefas sem saber aonde seu trabalho se encaixa no todo, sem ter a visão se a atividade é uma grande contribuição para a empresa e para a sociedade ou se o único impacto é gerar um relatório para cumprir metas. As ações são tão mecanizadas, que as pessoas precisam ser lembradas para “tomar cuidado com o vão” ao sair do metrô, pois já não olham mais por onde andam…
Mesmo num cenário onde tudo parece estar fora do lugar e sem espaço para a expressão individual, muitos ainda ficam com “medo de soltar a bóia”, porque por mais monótono que seja ficar a ela agarrado, ela transmite a segurança desejada.
Muitos vão trabalhar pela garantia de “pagar as contas”, sem “fazer as contas” para definir se “as contas fecham”, no sentido de trazer satisfação e bem-estar. A felicidade está nos benefícios que “as contas estão pagando” ou nos momentos que estão sendo deixados de viver em nome destas contas?
A decisão para “virar a chave” e tornar-se empreendedor pode ser importante, mas deve ser tomada com muita responsabilidade, pois não é uma mudança trivial.
Pedi para que as pessoas que já tivessem passado por esse processo levantassem as mãos. Foram muitos. Então pedi para quem tivesse achado fácil manter a mão levantada. Não sobrou uma. Por fim, perguntei quem preferia estar na situação que está hoje, mesmo após a difícil transição. E as mão todas voltaram ao ar!
Já que a transição não é fácil, como se preparar? Novamente a platéia ajudou com as respostas: “Planejamento” foi o primeiro requisito mencionado, e “aquisição do conhecimento” o segundo.
Alertei que o planejamento começa bem antes da ação: para deixar de ser funcionário e passar a atuar como empreendedor, você tem que fazer o seu “estoque”. ANTES da mudança você deve reduzir seus custos e começar a acumular um montante que vai permitir que você sobreviva enquanto sua empresa está saindo da inércia e acelerando. Conselho óbvio, mas que muita gente não faz.
Além disso, vale a pena ter uma conversa com você mesmo. Faça a sua análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), e leve em consideração aquilo que você considera ser seu DOM. Aquela atividade que você faz com brilho nos olhos, e que você sabe que pode fazer melhor do que a maioria. Vasculhe então os cenários onde este dom se encaixa, de forma a trazer valor para aqueles que serão os seus clientes.
As melhores decisões vão ser tomadas se você Começar pelo Porquê. Discutimos o Golden Circle do Simon Sinek e ficou claro que quando você foca no “o que”, seu diferencial terá que ser o preço (baixo), mas quando você coloca a seus clientes o seu “Porquê”, o valor é muito maior (e consequentemente, o seu lucro).
Com seu dom mapeado e uma missão pessoal bem definida, é hora de definir um cenário de atuação. Expliquei porque escolhi as mídias sociais, e creio que este vídeo deixe as razões muito claras.
Com tudo isso em mãos, é hora de definir a sua estratégia de atuação, se preparar e deixar claro para o mercado qual é o seu portfolio de produtos ou serviços. Um grande risco é a necessidade de “gerar caixa” fazer você aceitar trabalhos fora deste plano (e distanciar-se de sua estratégia e de seu planejamento). Por isso a necessidade do “estoque” mencionado anteriormente.
Foram 2 horas de desconferência e o público contribuiu de forma muito rica, fazendo observações e trazendo complementos e dúvidas, construindo um momento muito agradável. Tanto que retornei da bela cidade de Olinda já com vontade de voltar!
Não posso deixar de concluir este post agradecendo às pessoas que o fizeram acontecer de forma tão bacana: Gil Giardelli e a Gaia Creative (muitíssimo bem representada pela Cibele Silva), o pessoal super acolhedor do Sebrae-PE, os amigos Formagio, Beto Tercette e Juliana Lima (que não é a Paes #piadainterna) e Felipe Pimentel, que além de empreendedor e profissional de TI, ainda foi gente-fina de dar carona até o aeroporto!
E um obrigado especial a cada um de vocês que participou da desconferência. Vocês tornaram o dia especial!
Foi muito boa a palestra, como disse antes, tu consegue trazer novos pontos de vista para as pessoas que utilizam as redes sociais.
Obrigado Eyder,
Sua participação também foi enriquecedora, obrigado! 😉
Pingback: Empreendedorismo e Mídias Digitais « Feira do Empreendedor – PE
Fiquei curiosa para ver a palestra, mas imagino que o conteúdo esteja relacionado ao que discutimos nas aulas. Pelo que vejo, a grande maioria das pessoas contenta-se com um “trabalho”, e não tem interesse em uma carreira. Poucas têm a noção de que trabalhar e, principalmente, empreender, é uma questão de desenvolvimento não só profissional, como também pessoal. Quando você empreende e investe em seus próprios projetos, trabalhar torna-se um hobby. Confúcio já sabia disso alguns milhares de anos atrás. Mas hoje, infelizmente, tem gente que prefere ser um robô das 09:00 às 18:00, ganhar o seu dinheirinho no fim do mês e ficar por isso mesmo, a enfrentar uma nova jornada que poderá lhe render muito mais frutos.
Oi Helô,
Sim, tivemos algumas discussões sobre o tema nas aulas, mas lá em Olinda o que apresentei foi a minha “estratégia pessoal” para a transição do cenário “colaborador” para “empreendedor”.
Concordo que existem pessoas que estão “robotizadas”, porém existe um outro grupo, que tem potencial e determinação, porém não tem dentro de si o espírito do empreendedor. Isso não é, de forma alguma, uma deficiência – é simplesmente uma característica e não torna ninguém melhor ou pior do que ninguém.
O mais importante de tudo é o que você tem que fazer ANTES de tomar sua decisão: conversar COM VOCÊ MESMO e descobrir qual é seu dom, e como você quer transformá-lo em sucesso. Seja como funcionário de uma empresa ou como empreendedor.
Sucesso é uma medida extremamente pessoal, e o maior erro é usar os parâmetros dos outros para buscar o seu.
Obrigado pelos comentrário (que como sempre, traz informações de outras esferas, bem ao estilo Helôkipedia… rs rs rs).
Empreendedorismo e mídias digitais são dois fatores que juntos são indicativos de sucesso, na minha empresa elas andam juntas, de mãos dadas…e isso é ótimo, e eu como profissional atento vou até fazer uma pós em empreendedorismo pela faculdade IESB em Bra´silia, é um investimento…quero muito me posicionar e sempre estar atento ao mercado de trabalho.
Creio que será um ótimo investimento André!
As empresas e os profissionais estão precisando muito desses dois ingredientes. E não basta adquiri-los. É importante também encontrar espaço para utilizá-los…