Pessoas

Posts que envolvem este fascinante tema: Redes Sociais.

Isolamento Digital x Inclusão Social no #SMWSP

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Nesta quarta (9/2), tive a honra de participar do Social Media Week (#smwsp), num painel com a presença de Luciana Annunziata (Dobra Learning) e Tiago Dória (iG).
O tema foi “Isolamento Digital x Inclusão Social“.
É um tema bastante abrangente, e numa reunião prévia com a @luziata logo percebemos que em 1 hora não conseguiríamos cobrir todos os aspectos.
Ela sugeriu focar numa esfera “micro“, analisando o lado mais individual, ao invés de aplicar uma visão “macro“, abrangendo questões como inclusão digital, Programa Nacional de Banda Larga, etc.
Pensamos também num modelo de “ponto e contraponto“, inspirados pelo título do painel. Surgiu a ideia de criar Manchetes sobre o tema e discuti-las no palco.
Cada um de nós traria uma manchete para discussão.
Levamos tudo isso pro Tiago, que logo aceitou o desafio. As Manchetes foram:

  • Venda de gatinho aproxima Alto de Pinheiros do Itaim Paulista (@luziata)
  • Pesquisadora do MIT diz em livro que estamos “juntos, porém solitários” (@lucianopalma)
  • Estamos matando os telefonemas? (@tdoria)

A história do gatinho está descrita aqui. A Luciana procurou mostrar o potencial da Internet e das Novas Mídias para estabelecer novas conexões (o que não significa, necessariamente, relacionamento). Conexões que simplesmente não aconteceriam antes das tecnologias discutidas. Pela diferença de classes sociais, pela distância geográfica, ou até pelo preconceito por aparências, talvez as duas pessoas envolvidas na história nunca tivessem se encontrado.
Já começamos com dualidades nesse ponto. O que permitiu o encontro entre duas pessoas de mundos distintos foi justamente a característica de “despersonificação” das ferramentas utilizadas. Por não ter informação sobre elementos que possam distanciar pessoas (às vezes por conta de preconceitos), mas com um interesse comum, a conexão se estabeleceu e o objetivo de ambos foi cumprido. Em outras palavras, “cobrir os rostos” para aproximar as pessoas. No mínimo curioso…
Uma vez introduzido o elemento de Inclusão Social, foi minha vez de trazer o outro lado, o Isolamento Digital à tona. Tomei por base o lançamento do livro Alone Together, (Sherry Turkle), no qual a autora menciona a “robotização” dos relacionamentos e a substituição de relacionamentos e experiências reais por alternativas virtuais.
Levei alguns números de uma pesquisa da Retrevo, que deu origem a um infográfico que circulou nos últimos dias. O pessoal ficou impressionado com o fato de 48% dos americanos acessarem o Facebook ao acordar, com 28% dos donos de iPhone fazendo isso antes mesmo de sair da cama. O burburinho aumentou quando mencionei os números mais picantes da pesquisa: 6% das pessoas com mais de 25 anos e 11% dos mais jovens interromperiam o sexo para checar uma mensagem no celular.
E aí veio um verdadeiro choque. Falei da Simone Back. Simone suicidou-se. Só que antes, ela anunciou, no Facebook, que o faria. Ela tinha mais de 1.000 “amigos” no Facebook. Alguns moravam perto dela. E nenhum agiu para impedir a tragédia.
Sim, é a velha discussão de laços fortes e fracos nas Redes Sociais. Só que dessa vez com uma vida em jogo. E quando uma participante citou o caso da Marisa Toma, com quem ela trabalhou, foi intrigante para mim. Marisa suicidou-se em agosto de 2009, mas eu tinha falado dela no dia anterior, com o @cadre4, na porta do auditório.
Mencionei outra experiência citada no Alone together, envolvendo um Gerbil (tipo de esquilo), uma Barbie e um Furby (um brinquedo eletrônico comum nos anos 90 nos EUA, programado para fazer alguns movimentos e reproduzir algumas frases). Consistia em pedir para as pessoas mantê-los de cabeça para baixo.
O pequeno esquilo logo começava a se debater. Sensibilidadas, as pessoas o desviravam imediatamente.
Já com a Barbie – totalmente inanimada – as pessoas tinham outra reação e eram capazes de mantê-la indefinidamente de cabeça para baixo.
O mesmo deveria acontecer com o Furby (tecnicamente, tão inanimado quanto a Barbie). Só que ao ser virado, o bichinho emitia uma voz infantil: “Estou com medo!“. E as pessoas o desviravam!
O objetivo da autora: mostrar a capacidade de se apegar a seres inanimados e alertar para o uso deste fenômeno para distrair seres humanos (crianças, idosos) com aparelhos eletrônicos. No fundo, nada muito diferente dos pais que deixam o filho por horas em frente à TV para se dedicar a outras coisas…
Onde eu queria chegar? Neste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=PDa1Ek3LVlc.
Uma mensagem que chega a ser forte, mas que reflete uma realidade já tuitada: a tecnologia está aproximando os distantes e distanciando os próximos.
Sherry cita em seu livro que as crianças hoje competem pela atenção de seus pais… com os smartphones!
Um tempo atrás discuti isso com a @rizzomiranda: as pessoas andam olhando para baixo, para uma tela de 3″, ao invés de olhar para o olho das pessoas à sua volta.
No afã de estar conectado com o “amigo” no Canadá, perde-se a chance de abraçar o amigo que está a dois passos.
E falando em telefones, mencionei mais uma constatação do livro: as crianças estão evitando o telefone (da forma que o conhecemos, analógica) e passando a usar tecnologias com menos “contato direto”: mensagens de texto, tweets, emails. O contato está ficando mais digital do que real.
Foi quando o Tiago introduziu sua manchete. Estamos matando os telefonemas?
Seja por razões econômicas (no Brasil, pode ser mais barato enviar um SMS do que falar ao celular) ou comportamentais (responder quando for mais conveniente, ou preparar-se melhor antes de reagir), os jovens estão optando mais pelo SMS do que pela voz.
Tiago comentou que a propaganda precisa se ajustar aos meios de comunicação utilizados. Enquanto consideramos normal uma interrupção num filme para apresentar os comerciais, seria muito estranho ter sua conversa interrompida para ouvir uma mensagem publicitária.
A discussão levantou a questão do “intervalo de atenção”, recurso finito e cada vez mais escasso. A dificuldade em sincronizar estes intervalos na vida moderna pode ser um fator para as interações estarem acontecendo de forma mais assíncrona. A comunicação deixa de ser “Real Time” e respostas passam a ser “quando der“. Cômodo e prático, mas decerto menos natural.
Tiago levantou também a questão do cyberativismo e de sua eventual não conversão em ativismo real. Ele comentou que é muito simples (e fácil) dar um Like em uma página ou engajar virtualmente em uma causa, mas a transformação disso numa ação equivalente no mundo real nem sempre acontece.
Foi um grande orgulho participar de um evento como este.
Agradeço ao Lucas, ao Patrick e ao Bob (SixPix) pelo convite! E que venha a #SMWSP2012!!! 😉
Ah, os slides da minha “manchete” estão aqui: http://prezi.com/3evy5jcfdr4c/social-media-week-2011/

Mídias Sociais: porque é sério e precisa ser profissional

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Esta foi uma semana agitada, em grande parte por conta da Campus Party Brasil.
De lá surgiram dois fatos que mostram porque você precisa ter profissionais sérios e competentes envolvidos em suas iniciativas de mídias sociais. O terceiro veio dos gramados.

#fato 1 – Marcelos Tas se queimando à toa.

O fato inédito da Campus Party deste ano conseguiu apagar até a imagem do Al Gore e a do Steve Wozniak – um apagão deixou 6.800 nerds sem os seus sinais vitais: eletricidade e conexão à Internet.
Obviamente, os campuseiros se manifestaram, frisando a ausência de geradores e ironizando uma das principais patrocinadoras do evento, a Telefónica, porém tudo com muito bom humor e de forma civilizada (veja o momento do apagão).
Neste cenário que Marcelo Tas, ninguém sabe se com agenda oculta ou não, saiu em defesa da empresa para a qual foi garoto-propaganda (Telefónica).
Só que o público da #cpbr4 é extremamente “pensante”, e detectou e comentou o possível conflito de interesses.
A partir daí, Tas entrou em rota de colisão com os campuseiros, chegando a tuitar coisas como:

“Campus Party está sem luz e internet. Alô nerds, que tal aprender beijar ou ler um bom livro? 🙂 http://yfrog.com/h7fhoqj #cpbr4”

e tomou uma invertida, retuitada por muita gente:

“RT @mirandanilo que tal aprender a fazer humor RT @marcelotas Campus Party está sem luz e internet. Alô nerds, que tal aprender beijar ou ler um bom livro?”

O embate se estendeu a um “bate-boca via Twitter” (se é que isso é possível) com um dos co-fundadores da Campus Party, @pacoragageles, a quem Tas chamou de “espanholzinho”.
Desgaste desnecessário. Marcelo Tas poderia ter passado sem essa, e com certeza seu “Ibope” perante os “Nerds” está mais baixo.

#fato 2 – Apagão no “flashmob” da AMD no #cpbr4

A AMD até que tentou, mas o pessoal da #cpbr4 não aderiu ao seu “flashmob“.
Ao invés de interagir, as pessoas ficaram somente filmando ou tirando fotos com seus celulares.
Aparentemente, só dançou quem foi contratado.
Isso não configura um flashmob e sim uma mera apresentação, um show ao vivo.
Um flashmob requer mais atração, mais envolvimento, mais sinergia. Um flashmob é um “viral ao vivo“, e isso a AMD definitivamente não conseguiu realizar.
Tanto que o vídeo do suposto flashmob ainda não atingiu a marca dos 10.000 views (muito pouco frente ao investimento realizado).
Pior do que o não envolvimento do público, foi a escolha do rapper Dark Sorcerer (Cauê Moura) para liderar a ação.
Cauê Moura publicou um vídeo falando horrores sobre os flashmobs. O link está aqui, mas não me responsabilizo pela linguagem nele utilizada. Assista por sua conta e risco de seus ouvidos…
Não funcionou e ficou chato…

#fato 3 – Fotógrafo “tuíta” coisa errada, no lugar errado, na hora errada

Depois de Alex Glikas (ex-Locaweb) e de Mayara Petruso (“ex-tagiária” de Direito), agora é a vez do [ex]fotógrafo do Agora, Thiago Vieira perder seu emprego e comprometer sua reputação.
Flávio estava cobrindo as eleições da diretoria do Palmeiras, nas dependências do próprio clube, quando tuitou:

“Enquanto os porcos não se decidem poderiam mandar mais lanchinhos e refrigerante pra imprensa q assiste ao jogo do timão na sala de imprensa.”

Não satisfeito, ainda escreveu:

“esperando os porcos decidirem se são porcos ou gente” e “E o corinthians não aprendeu nada com o segundo tempo contra a Lusa…enquanto isso nem porcos nem gente”

Por pouco escapou de uma grande surra, pois os torcedores presentes no local não gostaram nem um pouco dos tweets do fotógrafo.
A experiência não termina aí. Uma das coisas mais importantes nas Redes Sociais é ser transparente: assumir seus erros, tornar público seu aprendizado com eles e comprometer-se a não repeti-los. É a melhor atitude após uma eventual falha.
No entanto, algumas vezes a soberba não permite às pessoas assumir seus erros. E parece que temos mais um caso aqui…
Vejam aqui a “desculpa” que o fotógrafo inventou para tentar tapar um sol desértico com a peneira: esconder-se atrás do clássico de George Orwell.
Pois é. Erro em cima de erro, né? Agora, quer a cerejinha no bolo?
Repare nos comentário publicados na página. Só gente apoiando.
Alguém realmente acredita que só houve comentários de apoio? Nenhuma crítica?

Nas Redes Sociais, seja transparente!

Essa falta de transparência não pega bem nas Redes Sociais.
Foi-se o tempo que a opinião pública era formada pela “mass media“.
Hoje o público tem acesso à informação e é capaz de formar a SUA opinião. Esse tipo de ação no estilo “dono da bola” não funciona mais.
É preciso agir nas Redes Sociais com transparência, com profissionalismo e com criatividade.
Sem esses requisitos, é melhor e mais seguro continuar distribuindo uns brindezinhos bacanas, bem à moda antiga…
 

E depois do "Like"?

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Que em 2011 vamos ver, ler e ouvir muito sobre Mídias Sociais não é novidade prá ninguém.
E em 2012, 2013, 2014? O tema ainda estará na pauta?Me dê um RT que eu te dou um pirulito!
Você acertou: depende!
Pelas ações em Mídias Sociais que estamos presenciando no Brasil, há o risco do termo ser “queimado” no mercado em pouco tempo.
É triste ver o número de campanhas-clichê no estilo “me dê um RT que eu te dou um pirulito“.

Em busca dos olhos perdidos…

EyeballsNas últimas décadas, empresas e agências se acostumaram a correr atrás de eyeballs, ou seja, fazer de tudo para que o maior número de pessoas visse (ou ouvisse, ou lesse) a sua mensagem. Foi a era do Broadcast.
Quando pessoas condicionadas a esse raciocínio tiveram o primeiro contato com as Mídias Sociais, seus olhos brilharam.
Não porque tenham enxergado o verdadeiro potencial das novas mídias… mas por terem visto a ponta do iceberg que poderia lhes dar uma sobrevida na busca por eyeballs.
A primeira paixão foi a palavra “viral” – Uau! Redes Sociais, um passando a mensagem para o outro, propagando-a até o infinito, números estonteantes de eyeballs!!!
É verdade que o efeito viral existe e pode acontecer em Redes Sociais através das Mídias Sociais. Porém, não canso de repetir que “viral só é viral depois que vira viral“.
Fuja, e rápido, quando ouvir frases parecidas com “… aí a gente solta um viralzinho…”.
Claro que vídeos muito inteligentes, criativos, divertidos ou importantes podem gerar o “boca-a-boca” e tornarem-se virais. Só que da mesma forma que não é a noiva que tem que dizer se ela está bonita (são os convidados), não é você (e muito menos a agência) quem decide se algo é viral. São as pessoas que assistem, ouvem, lêem e – se acharem interessante – passam adiante. Seu último vídeo pode ser ótimo, mas quem decide são eles, portanto não compre nem venda ilusões.

Mas porque as empresas querem o RT ou o “Like”?

Facebook LikeA empolgação continua quando os Retweets (RT’s) e “Like“s do Facebook entram em ação.
A ideia de usar os RT’s é estimular o maior número de pessoas a retransmitir uma mensagem. Isso gera os desejados “eyeballs“.
No caso do Facebook, a descoberta é coletar “Like“s. Porque assim, cada mensagem que a empresa colocar em sua fan page será exibida a todos esses… eyeballs!
São técnicas interessantes, porém dependem de um estímulo para a ação. Exatamente nesse ponto que as ações estão se tornando medíocres. O estímulo é sempre o mesmo que agências e empresas estavam acostumadas a oferecer no passado: brindes, prêmios, ofertas, etc. É uma maneira de ter “reimpressões mecânicas” da sua mensagem, porém sem gerar nenhum vínculo, nenhuma CONEXÃO com o “ReTweeter” ou “Liker“. Se o seu concorrente oferecer um prêmio igual, o indivíduo retuíta os dois.
Eyeball por eyeball, sai mais barato pagar uma máquina para imprimir sua mensagem.

E o que tem de errado nisso?

Nada.
Só que é um pecado perder uma oportunidade dessas.
As Mídias Sociais permitem criar uma conexão muito mais intensa com o cliente (ou potencial cliente), estabelecer um relacionamento, criar um vínculo, formar influenciadores e criar uma comunidade energizada em torno de sua marca.
Explorá-las utilizando métodos da era Broadcast é um grande desperdício. E como tudo que é explorado sem cuidado, esgota-se.

Quantas campanhas “me dê um RT que eu te dou um pirulito” ainda vão “funcionar”?
Que tamanho terão que ficar esses pirulitos?
Como fica o pessoal do ROI?

Onde está, nessas campanhas, o relacionamento de longo prazo com o cliente? O que acontece depois que todo mundo “retuitou” ou deu Like?
Para a agência que vendeu, ou para o gerente que a contratou, até entendo: eles “cumpriram a meta” de entregar um projeto usando Mídias Sociais… mas até onde isso é uma camadinha de tinta para iludir a empresa? Até onde isso tem valor efetivo e duradouro? Esse tipo de investimento… é a coisa certa a fazer? E depois do Like?
Se não mudarmos logo; se não deixarmos claro o que o termo Social quer dizer logo atrás de Mídias, corremos o risco de “queimar o filme” com as pessoas que assinarão cheques comprando iniciativas em Mídias Sociais. E teremos que imprimir cartões diferentes em 2012.
Agora, se as Novas Mídias forem utilizadas de uma forma realmente participativa, se conseguirmos estabelecer o novo tipo de relacionamento que os clientes estão esperando, se criarmos comunidades em torno de interesses comuns, então o termo “Mídias Sociais” entrará definitivamente na pauta, da mesma forma que termos como “Marketing”, “Design”, “Governança” e “Inovação” fizeram.

A TI está virando commodity?

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Commodities

Você consome, diariamente, produtos que são denominados commodity. Seu consumo acontece sem que você perceba – aliás, você só lembra que essa categoria existe durante ou após um período de privação desses produtos. Em situações normais, você provavelmente não costuma dizer coisas como:
– “Maravilha! Um toque no interruptor e a luz acendeu!”
– “Que bom! Está saindo água da torneira!”
– “Oba, hoje tem arroz!”
– “Hoje estou contente porque vou abastecer o meu carro!”

TI – a Tecnologia da Informação

Na última década do ano passado e na primeira deste século, a Tecnologia da Informação entrou de forma definitiva em nossas vidas. Entrou pela porta da frente, e tudo que era tocado pela magia da informática passava a ter um brilho especial. A TI trazia valor para os ambientes onde era adotada.
O manuscrito passou a ser digital, e as informações impressas de forma eletrônica eram, via de regra, consideradas muito mais precisas e completas do que aquelas escritas à mão.
Os profissionais de TI foram alçados a uma nova categoria de heróis, e termos como nerd e geek surgiram para definir este seleto grupo de iluminados capazes de domar as complexidades da tecnologia.
Hoje a tecnologia evoluiu tanto que crianças de 2 anos operam os últimos lançamentos do mercado de TI  enquanto seus pais procuram o manual (veja este vídeo).
Novos sistemas operacionais como o Jolicloud são instalados por leigos em poucos minutos, e a até então tarefa de instalar aplicações resume-se a alguns cliques, que crianças e idosos são capazes de realizar sem dificuldade e sem treinamento algum.
Além disso, a experiência do usuário passa a ser sempre a mesma, não importando qual aparelho esteja sendo usado pelo usuário, pois tudo (configurações e dados) está armazenado na nuvem.
As pessoas se conectam através de novas ferramentas sociais, pelo computador, pelo celular, pela TV, pelo videogame, pelo sistema computadorizado do carro…

TI = Commodity?

Da mesma forma que você não pergunta se o aço da carroceria do seu carro vem da China ou é nacional, ou que você não deixa de frequentar um restaurante pela marca do açúcar que ele compra, a experiência de TI pode começar a se tornar independente de alguns elementos básicos, como o hardware, os serviços de telecomunicações e rede, e até o próprio sistema operacional dos equipamentos.
Um consumidor moderno vai perguntar se o novo celular permite acessar o Facebook, o Twitter e o eMail. Se a resposta for afirmativa, a marca do aparelho ou o sistema operacional que ele roda… importam?
Tudo que está “embaixo” da verdadeira experiência do usuário passa a ser intercambiável e transparente (apesar de necessário), assim como a eletricidade, a água encanada e os bens de consumo mais básicos.
A qualidade destes commodities será praticamente uniforme, e o fator de decisão de compra será o mesmo de outras commodities: o preço.

E agora?

Se você trabalha com TI e ficou preocupado com essa constatação, acalme-se. O valor do século XXI está mais próximo das pessoas do que das máquinas, então se você quiser continuar trazendo valor para seus clientes, basta fazer esse mesmo movimento: aproxime-se das PESSOAS!

Suas ações nas Mídias Sociais refletem sua Estratégia?

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A palavra “Estratégia” é muito mencionada dentro das empresas. O termo é elegante por si só, e muitos funcionários o invocam de forma pomposa, como que vestindo uma aura de poder ao fazê-lo.
No entanto, muitas vezes o discurso acaba como o do Coronel Nascimento no vídeo: impressiona, mas não chega, efetivamente, à profundidade, clareza e objetividade que uma definição de estratégia deve ter.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=G0YCkDyBhdE&w=448&h=252&hd=1]

 

Como definir uma Estratégia de Mídias Sociais?

A bem da verdade, não se deve falar diretamente em “Estratégia de Mídias Sociais”.
A Estratégia que se deve ter sempre em mente é a da empresa, aquela do negócio. A “Estratégia de Mídias Sociais” deve estar – sempre – em total sintonia com a Estratégia “mãe” (a da empresa).
Resumindo, você tem que conhecer a primeira (Estratégia da Empresa), antes de definir sua Estratégia e suas Ações (Táticas) nas Mídias Sociais.
Nos próximos sábados (27/11 e 04/12) ministrarei um Curso de Estratégias de Mídias Sociais para Empresas.
A ideia deste curso é capacitar os participantes a fazer exatamente isso: “mapear” estes dois importantes componentes da empresa para tirar proveito – com sucesso e efetividade – das Mídias Sociais.
Este tipo de mapeamento (como qualquer outro) só é possível quando você conhece os dois lados. É por isso que no pimeiro dia (27/11), discutiremos a dinâmica das Mídias Sociais – a “metodologia” dos 3 pilares para a utilização de Mídias Sociais, as plataformas e ferramentas disponíveis, assim como os conceitos de Redes Sociais que funcionam como base para que as pessoas interajam.
Este primeiro módulo é mais focado na teoria. Para exercitar os conceitos absorvidos, no segundo sábado (04/12), realizaremos uma Oficina de Mídias Sociais, 100% prática.
O objetivo do módulo prático é simular situações reais de mercado, partindo de estratégias de negócio definidas.
Os participantes realizarão o mapeamento mencionado acima, dando os primeiros passos nesse tipo de atividade “com suas próprias pernas”. A intenção é justamente criar a confiança/segurança necessária para transferir a experiência para o mundo real ao término do curso.
Se você tem interesse em interagir nessa grande discussão sobre “Estratégias de Mídias Sociais”, ainda dá tempo!
Conheça os detalhes do curso em http://curso.midias-sociais.com e inscreva-se em http://curso.midias-sociais.com/inscricao.
Até lá! Winking smile

Café com Blogueiros: Irretocável!

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Neste sábado (13/11) tive a honra de participar do Café com Blogueiros na ESPM.
O #ccbsp, como foi “hashtagueado” [sic] no Twitter, foi um daqueles eventos que deixa saudades já no instante em que termina.

imageTenho participado de muitos eventos (e com grande satisfação), mas o #ccbsp teve um toque especial.
Apesar de novo (1a edição), já é um evento maduro, e creio que o seu tempero e o seu sucesso se devem a uma coisa: o brilho nos olhos dos organizadores.

Logo que cheguei fiquei impressionado com o pique do pessoal – que graças ao Twitter, pude notar que também não dormiu na noite anterior, acertando cada detalhe para que no sábado tudo estivesse perfeito (e esteve!).

Todos eram recebidos com um sorriso no rosto, como se uma festa estivesse para começar. A preocupação com a satisfação de todos estava presente em cada gesto, cada movimento. “Em rede” através de rádio, tudo funcionava como um relógio. Já fui a muitos eventos pagos (e bem pagos) onde não vi tamanho sincronismo, empenho e eficiência.

O comprometimento era tanto que os organizadores ficaram preocupados com o atraso do café para a recepção dos participantes. Hello-ooow! Um evento grátis e de altíssimo nível, e alguém vai reclamar que não tinha café de manhã? Poupe-me! (Obs: tinha lanche, refrigerante, e após o almoço o café estava lá, quentinho!).

Essa energia esteve presente durante todo o evento. Aliás, até depois do evento, no happy-hour. O grupo estava simplesmente… FELIZ!
Era perceptível a satisfação e o orgulho de terem feito algo acontecer PARA OS OUTROS de forma irretocável.

Esse é o espírito da Rede, um espírito que precisa contaminar as empresas, que estão possuídas pelo individualismo e por números a combater. Espírito de união de verdade, onde ninguém é mais importante, porque importante é o resultado. Espírito de coesão, onde todos sabem onde querem chegar, e todos sabem que cada pequeno gesto contribuirá para chegar lá. Espírito de interação, porque todos sentem que tem algo para contribuir. Espírito de colaboração, sem preocupação de competir ou ganhar. E veja só que ironia – todos ganham muito mais dessa forma!

Durante o evento, participei de um debate muito interessante com @kakamachine, @inagaki e @pergunteaourso, onde fomos desafiados a criar uma estratégia de mídias sociais num esquema de improviso, com cliente, produto/objetivo, público-alvo e mídia social definidos pela platéia ali, na hora, sob a batuta da @julima – que se revelou uma excelente animadora nos 10 minutos que nos deram! Winking smile

Fiz também uma palestra falando sobre o impacto que um blog teve em minha carreira.

Só que nesse post, quero manter o foco na maravilhosa interação que vi entre o pessoal que organizou o Café com Blogueiros. Vocês estão simplesmente de parabéns, e saibam que sempre terão em mim um fã incondicional.

Tomo até a liberdade de usar um termo descolado para demonstrar minha admiração pro vocês: “seus lindos”: @betotercette, @krikang, @jpbraconi, @jwertheimerc, @MarcioGadoti, @diegorv, @savicentini, @wcabril, @linealves, @ogabiru, @belle_rp, @roger_carv, @ngsane, @gbvico, @thistorias, @marcel_st e @BannokiJr.

Café com Blogueiros: aula de evento, feito não por dinheiro, mas com o coração. Parabéns! Irretocável!

Eleições, preconceito e direito nas mídias sociais

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Quem ficou conectado até tarde no dia da eleição presenciou momentos de extremismo e tensão na rede.
Enquanto deveríamos estar orgulhos por nosso país ter dado um banho de tecnologia no quesito eleições (mais de 135 milhões de votos apurados em tempo recorde), o que foi parar nos Trending Topics do Twitter foi nome da estagiária Mayara, por conta de um tweet extremamente infeliz.

Durante o desenrolar da manifestação digital de indignação dos “tuiteiros”, recebi uma sugestão (via @lumanfredinni) para fazer um post sobre o ocorrido. Respondi que iria aguardar um pouco, até porque imaginava que muita gente escreveria a respeito – o que de fato ocorreu (veja exemplos aqui e aqui).

Foi produtivo adiar este post, porque ontem participei do 9o Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento, em Gramado-RS, e no painel sobre “Gestão do Conhecimento e Mídias Sociais” foram levantadas questões sobre privacidade, segurança na rede e legislação envolvendo canais digitais. Os recentes casos da Xuxa e da Mayara foram abordados na discussão.

Justica-IPadO que me levou a escrever, porém, foi uma conversa que tive depois do painel, que continuou de onde tínhamos parado na apresentação: as tecnologias e as mídias digitais mudam muito mais rápido do que a legislação, e isto conduz a cenários que não estão previstos nas leis atuais. Para ilustrar, tire suas conclusões sobre a decisão do TSE em conceder um direito de resposta via Twitter (!).

A ex-estagiária Mayara está sendo processada por por crime de racismo e incitação pública de prática de crime (coisas bem mais antigas do que as mídias sociais digitais), mas na realidade, ela já foi condenada.

E quem condenou Mayara não foi um juiz, mas sim a Rede. Provavelmente um juiz irá ratificar esta decisão, mas independente da formalização de sua condenação, de certa forma o veredito já foi dado.
E a punição também, pois Mayara já deve ter sofrido consequências que provavelmente fizeram com que ela se corrigisse. Não creio que ela cometerá o mesmo erro novamente.
(Nota: não estou, de forma alguma, sugerindo que o processo formal não deva ocorrer. Muito pelo contrário: a impunidade neste caso desmoralizaria o sistema).

Uma proposta de solução

A conversa prosseguiu com uma especulação: e se a justiça fosse realizada desta forma?
E se as “decisões populares” através das mídias sociais fossem reconhecidas pelas autoridades?

Veja só as vantagens que o mecanismo traria:

  • Muito mais democrático (qualquer um poderia participar)
  • Muito mais ágil (as pessoas absorvem a tecnologia muito mais rápido do que os criadores/aprovadores das leis)
  • Muito mais especializado (ao invés de buscar peritos, o processo estaria aberto a todos os conhecedores do assunto)
  • Muito mais barato (funcionaria com participação da comunidade, em troca de uma sociedade justa)
  • Muito mais representativo (as próprias pessoas que os governantes representam iriam se manifestar, sem o viés da cabeça do representante)
  • Isento à corrupção (como alguém corromperia todos os usuários da Internet?)

Afinal de contas, o que é uma lei? Não é a formalização de uma conduta que a sociedade que estará sujeita àquela lei concorda em seguir? Isso não tem que representar o que as pessoas pensam?

Se aplicarmos o “crowdsourcing” neste processo, talvez possamos mudar totalmente os papéis dos poderes Legislativo e Judiciário. O primeiro não precisaria mais criar leis que representem a visão da população, porque a cada “julgamento online”, esta conduta seria revista e redefinida por cada um dos “julgadores”. Mesmo que existam radicais ou pessoas tentando controlar o sistema, eles sempre serão derrotados pelo volume da maioria.

Tenho consciência que esta é uma proposta um tanto quanto revolucionária, mas gostaria de ouvir mais opiniões.

Você concorda? Acha realizável? Deixe seu comentário para que a discussão continue!

Colaboradores, Aproveitadores, Punidores e Solitários

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Lendo o excelente livro “Connected”, de Nicholas A. Christakis e James H. Fowler, tomei conhecimento de um estudo realizado pelo matemático Chris Hauert envolvendo relacionamentos entre indivíduos, consequentemente abordando o tema das Redes Sociais.
Hauert observou quatro tipos básicos de comportamento em sociedade: os “Loners” (Solitários), os “Cooperators” (Cooperadores), os “Free-riders” (Aproveitadres) e os “Punishers” (Punidores).
A partir destes perfis, algumas situações foram matematicamente simuladas:

  • Num ambiente com muitos “loners”, a cooperação evolui porque não há um número significativo de elementos que se aproveitam dos outros de forma parasitária. Os “cooperators” passam a ser a população dominante, uma vez que através da cooperação, seu desempenho supera o dos “loners”;
  • Num ambiente com muitos “cooperators”, há margem para um crescimento dos “free-riders”, que podem desfrutar dos benefícios da cooperação sem gastar energia para contribuir (a exemplo dos parasitas). Com o tempo, os “free-riders” passam a ser a população dominante;
  • Num ambiente dominado por “free-riders”, os “loners” passam a se destacar novamente, uma vez que os “free-riders” não têm mais de quem tirar proveito.

O quarto perfil então entra em jogo: os “punishers”. Estes são indivíduos que coíbem os abusos dos “free-riders”. Como os quatro perfis em ação, o que ocorre é um equilíbrio entre eles e um convívio em sociedade onde todos os elementos estão presentes.
Uma frase do livro resume a história: “Cooperadores se conectam com os outros para criar mais; Aproveitadores se conectam com os outros para sugar os que criam; Punidores se conectam com os outros para coibir a ação dos Aproveitadores”.
O estudo parece descrever com boa precisão os relacionamentos humanos.
No entanto, a contribuição que gostaria de fazer é que acredito que as pessoas não se enquadram exclusiva e definitivamente em um perfil. A mesma pessoa pode ser “loner” em uma situação, “cooperator” em outra, “punisher” ou “free-rider”, dependendo do momento e contexto em que se encontra.
Por outro lado, pode existir um perfil dominante. Você saberia dizer qual é o seu?
Continue esta discussão; deixe seu comentário!

O que a TI pode aprender com as Mídias Sociais

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iPhone 4_frente1960s-photo-computer-roomNos seus primórdios, a Tecnologia da Informação (TI) era trancada a 7 chaves.
Somente os “Informati”, aqueles que aparentavam ser escolhidos pelas divindades digitais tinham acesso às salas onde ficavam as raras e poderosas “máquinas do futuro”.
Só que… o futuro chegou!
Essas fantásticas máquinas estão nas mesas e nos bolsos dos indivíduos “comuns”. E mais: conectadas em Rede!
A mentalidade precisa se adaptar a essa democratização, porém o pessoal de TI – tão acostumado a absorver mudanças tecnológicas – parece que ainda não se adaptou a esta evolução.
A palavra de ordem, no mundo da TI, continua sendo a mesma: CONTROLE.
Controle do ambiente, controle da informação, controle das ações do usuário… qualquer solução que mencione esta palavra faz brilhar os olhos da turma de TI.
Será que tem mesmo que ser assim?
É claro que não vou incitar o abandono total do controle, desprezando casos de segredos industriais publicados em blogs ou filmagens de protótipos compartilhadas no Youtube. Como dizem as culturas mais antigas, “a virtude está no meio”.

Soluções Integradas são interessantes. Mas quão integradas?

Vejamos o exemplo das soluções integradas. Não é raro a TI “reinventar rodas” na tentativa de implementar soluções totalmente integradas. Quando uma nova capacidade precisa ser adicionada a um sistema, soluções simples podem ser descartadas por não utilizarem a mesma tecnologia, o que pode levar à invenção de uma “nova roda”, talvez menos eficiente do que aquela já disponível – testada e otimizada, mas não “integrada” à tecnologia existente.
Será que não está na hora de revermos esta forma de integração e pensarmos em integrações mais “leves”?
Porque não integrar componentes já disponíveis “da porta para fora” para melhorar os fluxos “da porta para dentro”?
Por que criar toda uma infraestrutura de armazenamento, indexação e visualização de vídeos se o Youtube está disponível para o mundo e todos já estão familiarizados com ele?
Por que criar mecanismos de microblogs se o Twitter já é mais do que um padrão – já passou a ser um hábito, para não dizer um vício…
Por que criar mecanismos de conexão entre pessoas se elas já estão conectadas no Facebook?

Os desafios

Ok, nenhuma empresa vai querer que suas operações aconteçam em público.
O cenário ideal consiste em utilizar ferramentas que são padrão “de facto”, porém mantendo o controle do acesso às informações, com mecanismos de autenticação e autorização integrados aos da sua empresa.
(Sim, eu usei o termo controle, você reparou? Rs rs)
As principais plataformas que sustentam as redes sociais através de mídias digitais já estão evoluindo bastante na questão da privacidade, ou seja, no controle do acesso à informação (autorização). Elas também oferecem mecanismos de autenticação abertos. Empresas que se empenharem para integrar seus mecanismos internos de autenticação e autorização com estes mecanismos “externos” (ex: OpenID e OAuth) dificilmente se arrependerão.
Uma vez criada essa “ponte” entre a empresa e as plataformas sociais externas, acompanhar a evolução das novas aplicações que irão surgir será muito mais fácil do que tentar “internalizá-las” à moda antiga.
Além disso, a curva de aprendizado dos funcionários será muito menor, porque eles já terão feito o “treinamento” relativo à nova ferramenta em suas casas!

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